Cada vez mais a Medicina aprofunda sua interação com a tecnologia e nesta semana o Governo dos Estados Unidos, através do Food and Drug Administration – FDA, órgão regulador dos alimentos e medicamentos no país, aprovou a venda do primeiro medicamento produzido com impressão tridimensional. Trata-se do Spritam, droga neurológica destinada ao controle de alguns tipos de crises epiléticas em adultos e crianças e que será fabricada pela empresa Aprecia Pharmaceuticals.
Sua chegada ao mercado consumidor americano está prevista para o primeiro trimestre de 2016 e, a partir de agora, as instituições médicas terão a oportunidade de ajustar a dose de cada comprimido através de um software, o que até o momento tem sido um processo extremamente dispendioso. Sua comercialização somente será feita mediante receita médica.
O medicamento não é novo, mas traz como grande novidade a utilização da técnica da impressão 3D, que permitirá a cada paciente receber a quantidade ideal de substâncias, conforme a prescrição recebida do médico. Assim, haverá uma inversão do que atualmente acontece, com o médico adaptando o tamanho do remédio às necessidades do paciente. A empresa farmacêutica assegura que seu sistema de impressão permite injetar doses maiores do medicamento em cada comprimido, que é dissolvido em água como um comprimido tradicional.
Outro ponto relevante do anúncio feito pela empresa é que a substância usada para acomodar os medicamentos é muito porosa, permitindo que dissolva rapidamente ao entrar em contato com líquidos, facilitando o consumo.
O Spritam é o primeiro medicamento controlado a utilizar este processo e a Aprecia adiantou que planeja desenvolver outros usando sua plataforma 3D nos próximos anos, incluindo outras drogas neurológicas. Esta tecnologia já é usada em outras áreas da saúde, como a criação de próteses e de implantes dentários.