Os principais erros médicos estão entre os temas recorrentes nas discussões não só entre os profissionais, mas também entre os acadêmicos. Afinal, é necessário ligar o sinal de alerta desde cedo, com o intuito de trabalhar com tranquilidade e evitá-los.
Nesse sentido, reconhecem a importância de que, além do conhecimento científico atualizado permanentemente, é preciso conhecer e seguir à risca as determinações legais. Ou seja: é necessário ter sempre em mente o que dizem o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Código de Ética Médica.
Além disso, é fundamental estar embasado sobre a possibilidade de ser processado por ter cometido um erro médico. Com toda a certeza, isso pode ferir a sua imagem profissional, de sua clínica ou consultório, e até mesmo destruir sua carreira.
Com o propósito de te deixar bem informado sobre o tema, a ProDoctor Software preparou este post. A seguir, confira os itens que poderão ajudá-lo, sendo uma fonte de consulta permanente.
- O que é considerado erro médico?
- Erros médicos – a ONU e a Segurança do Paciente
- O Código de Ética diante dos erros médicos
- Tipos de erros médicos e como evitá-los
- Principais causas de erros médicos e como evitá-los
- Principais erros médicos em clínicas e consultórios e como evitá-los
- Como um bom software médico ajuda a evitar erros médicos
- ProDoctor tem compromisso permanente com a segurança
O que é considerado erro médico?
O erro médico é caracterizado quando o dano causado ao paciente acontece pela ação ou pela inação do profissional, sem que exista a intenção de provocá-lo.
As complicações de saúde decorrentes dos procedimentos devem ser avaliadas separadamente dentre as três possibilidades que caracterizam a conduta: imprudência, imperícia e negligência.
Conforme definição do Conselho Federal de Medicina, o erro médico é:
“a falha do médico no exercício da profissão.
É o mau resultado ou resultado adverso decorrente da ação ou da omissão do médico, por inobservância de conduta técnica, estando o profissional no pleno exercício de suas faculdades mentais.
Excluem-se as limitações impostas pela própria natureza da doença, bem como as lesões produzidas deliberadamente pelo médico para tratar um mal maior.
Observa-se que todos os casos de erro médico julgados nos Conselhos de Medicina ou na Justiça, em que o médico foi condenado, o foi por erro culposo”.
CFM
Vale dizer que, por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), anunciada no final de janeiro de 2024, o termo “erro médico” está riscado do mapa jurídico.
O CNJ acolheu o pedido de diversas entidades médicas, elimando, desse modo, a categoria “erro médico” do sistema de classificação de processos em tramitação. A terminologia mudará para “serviços em saúde”, uma designação mais neutra e imparcial.
Erros médicos – a ONU e a Segurança do Paciente
Os diagnósticos incorretos estão entre os principais fatores que frequentemente provocam danos aos paciente.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esses erros acontecem em 5% da população adulta que recebem tratamento ambulatorial nos Estados Unidos.
Somente após a revelação de números estarrecedores sobre mortes de pacientes provocadas por erros médicos, em todo o planeta, é que o tema Segurança do Paciente ganhou repercussão mundial.
Então, a OMS passou a encarar a gravidade e a tratar o problema com a devida preocupação.
Assim, em 2020, determinou o dia 17 de setembro como o Dia Mundial da Segurança do Paciente. A partir daí, começaram as ações para reforçar as medidas de prevenção de eventos negativos nos serviços de Saúde de todo o mundo.
Tratamento inadequado e “cultura de segurança”
Conforme relatório da OMS de 2019, milhões de pessoas eram vítimas, muitas vezes fatais, de consequências de erros médicos.
Em Genebra (Suíça), o presidente da entidade Tedros Adhanom Ghebreyesus revelou que “morrem por minuto cinco pessoas devido a tratamento inadequado”.
Os números eram assustadores, ultrapassando 138 milhões de pacientes vítimas de danos causados por erros médicos. A cada ano, os óbitos eram de 2,6 milhões de pessoas no planeta.
O diretor geral da OMS foi taxativo: “Precisamos de uma cultura de segurança do paciente que promova parceria com os pacientes, incentive relatos e aprendizado com os erros e crie um ambiente livre de culpa, onde os profissionais de Saúde são treinados para reduzir erros”.
Em 2023, o Dia Mundial da Segurança do Paciente traz como tema “Engajando o paciente para a segurança do paciente”. Sob o “slogan” motivador “Amplifique a voz dos pacientes”.
Denúncias no Brasil
No Brasil, o erro médico acelerou as denúncias de pacientes contra os médicos e as entidades de Saúde, tanto na Justiça quanto no Conselho de Federal de Medicina e nos Conselhos Regionais.
Conforme números anunciados em 2021 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2017 foram registrados 26 mil processos em todo o País.
Em 2019 foram realizadas um total de 459.076 demandas judicializadas, indicou o Relatório Justiça em Números (2020).
No último ano antes da pandemia do coronavírus, a Justiça foi acionada em cerca de 460 mil casos de pacientes, que tiveram problemas ao procurar o sistema de Saúde público ou particular.
Em 2022, a OMS revelou que 40% dos procedimentos errados aconteciam já durante as consultas.
O Código de Ética diante dos erros médicos
Diante da possibilidade dos erros médicos e de eventuais processos a que poderão estar sujeitos, os profissionais precisam conhecer bem o que diz a letra da Lei.
O Código de Ética Médica, por exemplo, determina que “´É vedado ao médico causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência”.
Além disso, é importante destacar que a prática médica gera uma obrigação de meio, não de resultado.
Assim, compete ao médico trabalhar dentro das normas que regem a Ética da profissão, utilizando o seu conhecimento científico e as técnicas necessárias em benefício da melhoria da saúde dos pacientes.
Tipos de erros médicos e como evitá-los
Na mídia, o noticiário sobre erro médico envolve diversas causas e os exemplos são inúmeros.
Não apenas relatando erros cirúrgicos (dos mais simples aos casos mais grotescos) e tratamento inadequado das enfermidades, como também o diagnóstico incorreto, a ausência de consentimento informado pelo paciente e o mau uso de instrumentos.
Seguindo as determinações do CFM, abordamos a seguir os três tipos de erros médicos:
Imperícia médica
É detectada quando o médico, ao prestar o atendimento, revela sua total incapacidade e falta de conhecimento científico para realizar os procedimentos técnicos que cada caso necessita.
Acontece quando o profissional não é devidamente capaz de praticar o procedimento que provocou o erro. Também é comprovada pelo não cumprimento das normas técnicas exigidas para que o ato médico seja realizado corretamente.
Nesse sentido, a receita mais eficaz contra a imperícia médica é o estudo constante da especialidade, com o acompanhamento diário dos avanços da Medicina em termos de conhecimentos científicos e avanços tecnológicos.
Desse modo, o profissional estará apto para fazer o melhor diagnóstico e prestar o melhor atendimento, conhecendo a fundo e dominando as técnicas que precisará usar no combate contra cada enfermidade.
Imprudência médica
Caracteriza-se pela falta de cautela do médico ao fazer determinado procedimento sem ter conhecimento seguro dos seus atos, ignorando possíveis consequências maléficas para o paciente.
Ou seja: mesmo que saiba exatamente o que pode acontecer, ignora as determinações do saber científico e realiza o atendimento. Por exemplo, quando não tem o apoio de uma equipe completa e, ainda assim, realiza a cirurgia.
Em outras palavras: é quando o profissional, de maneira precipitada, opta pela realização do procedimento não indicado e sem comprovação científica.
Negligência médica
Resulta da falta de atenção e cuidado. Acontece depois que o profissional toma determinada decisão deixando de lado precauções que deveria levar em conta para realizar o ato.
Antes de mais nada, é preciso ter consciência da importância dos cuidados com o paciente, pois um mínimo descuido poderá ser fatal.
Com toda a certeza, em termos de negligência médica, os pontos que mais provocam a revolta dos pacientes, seus familiares e amigos são a falta de atenção, a omissão e o descaso dos médicos para com o cumprimento das normas éticas.
São incontáveis os relatos de negligência médica, que por vezes são tristemente risíveis, e também muitas vezes beiram o absurdo.
Os casos ficam evidentes não só com o esquecimento de uma pinça dentro do abdômen de um paciente, bem como quando o médico deixa de cumprir o dever de acompanhar diariamente a evolução do quadro de saúde do paciente que está sob seus cuidados.
Cada vez mais difícil, o exercício da Medicina exige não apenas acompanhamento e aperfeiçoamento científico, como também um alerta permanente diante da vigilância e cobrança crescente pelos resultados de consultas, tratamentos e procedimentos cirúrgicos.
Desse modo, os erros médicos são um dos grandes fantasmas na vida do profissional, podendo afetá-lo em termos psicológicos.
Principais causas de erros médicos e como evitá-los
Conhecer as causa é fundamental para relacionar os principais erros médicos e como evitá-los. Nesse sentido, uma das principais causas é o preenchimento incorreto e/ou com omissões no Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP).
O Prontuário Eletrônico do Paciente, utilizado corretamente, organiza todos os procedimentos relativos à terapia medicamentosa.
Além disso, também é importante documento que pode ser usado como prova documental para inocentar o médico se acaso for processado judicialmente.
É importante destacar que o profissional da Medicina possui fé pública e seus atos têm efeito legal e jurídico.
Outro ponto bastante relevante que pode resultar em erros médicos é a falta de comunicação interna na clínica ou no consultório.
Além disso, a falta de atenção, o descuido e as falhas no fundamental sigilo médico-paciente também podem levar a erros médicos, comprometendo a imagem da clínica ou do consultório.
Principais erros médicos em clínicas e consultórios e como evitá-los
Chegamos, então, aos principais erros médicos em clínicas e consultórios e como evitá-los!
São erros que vão desde a vida administrativa da empresa até a marcação de consultas e exames, culminando com descuidos cometidos pelo próprio médico.
Um dos setores mais importantes de um estabelecimento de Saúde é o de faturamento. Afinal, como toda empresa que precisa sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo, é preciso estar atento para não perder dinheiro.
Dessa maneira, é preciso evitar um dos principais erros no faturamento das clínicas e consultórios.
Com toda a certeza, o setor é uma peça-chave para evitar a falta de recursos financeiros, equilibrar as contas a cada mês e impulsionar o crescimento da empresa.
Os principais erros são:
- Desorganização e falta de registro das atividades.
- Falta de treinamento e experiência da equipe.
- Não cobrar itens que deveriam ser cobrados.
- Falta de controle sobre os atendimentos.
- Índices e contratos defasados.
- Glosas por faturamento incorreto.
Já o repasse médico é fundamental para o pagamento correto dos honorários em uma clínica ou de um consultório.
Nesse sentido, é importante destacar que os erros podem ser evitados com a utilização de um software de reconhecida qualidade e experiência no mercado.
Dentre os principais erros médicos em clínicas e consultórios estão os diagnósticos equivocados, as cirurgias desnecessárias e/ou realizadas em membros ou órgãos errados.
Também existem os deslizes de um médico provocados por mera distração e/ou cansaço.
Como, por exemplo, o caso de um angiologista que fez o pedido para o paciente realizar uma tomografia da perna direita, sendo que seu problema estava localizado na perna esquerda.
A equipe médica deve trabalhar em absoluta harmonia, com cada um desempenhando sua respectiva função com atenção e cuidado.
Só para ilustrar: é desagradável para um paciente, após realizar uma Ressonância Magnética do tórax, e já descansando em casa, receber um telefonema da clínica ou do consultório pedindo para voltar ao estabelecimento com o intuito de finalizar os exames, pois esqueceram de fazer a Ressonância Magnética da cabeça.
Como um bom software médico ajuda a evitar erros médicos
Consultor de Implantação Sênior da ProDoctor Software, Elizeu Zaquino Junior afirma que o primeiro passo para evitar erros é não fazer o repasse de maneira manual.
Segundo ele, a possibilidade de acontecerem erros cresce devido ao excesso de documentos em papel e aos inúmeros cálculos a serem feitos. Além disso, há sempre o risco de se perder algum documento.
Conforme destacou, “um excelente software de gestão médica deve ter segurança e unificação. Precisa disponibilizar assinatura digital, ter boa usabilidade e ser estável, sem interromper o trabalho diário da clínica ou do consultório”.
Segurança da empresa e dos pacientes
Elizeu Zaquino Junior enfatiza que os benefícios proporcionados pelo Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) vão muito além do fim do prontuário de papel.
Para ele, o Prontuário Eletrônico do Paciente proporcionou um grande salto de qualidade no atendimento, com “segurança, agilidade e, consequentemente, o aumento da produtividade e a satisfação do paciente”.
A tecnologia disponibilizada por softwares de reconhecida experiência no mercado da Saúde Digital garante a segurança não apenas da empresa, como também dos pacientes.
Portanto, esteja bastante atento quando for escolher o software médico para sua clínica.
Por exemplo: ao colocar o QR CODE na receita digital, o médico agiliza o atendimento e contribui para a segurança dos dados de todos os envolvidos.
É importante destacar que, ao inserir sua assinatura digital usando um software com total credibilidade, o profissional está seguindo à risca todas as normas legais exigidas.
Nesse sentido, é importante destacar que a assinatura digital no Prontuário Eletrônico do Paciente não é um mero detalhe.
Com ela, todos os dados estão sigilosamente protegidos e resguardados, sendo um respaldo legal não só para os médicos, mas também para cada paciente.
Confira como o processo de criação da prescrição médica digital é mais fácil e seguro.
ProDoctor tem compromisso permanente com a segurança
Com suas bases firmemente alicerçadas no trinômio Inovação – Estabilidade – Experiência do Cliente, a ProDoctor Software tem um compromisso permanente com a segurança dos médicos e dos pacientes.
Desse modo, antes mesmo da nova Resolução do CFM ser publicada, a empresa já estava mobilizada para garantir a segurança não só dos dados da clínica ou do consultório, como também dos pacientes.
Com isso, as funcionalidades dos aplicativos da ProDoctor seguem à risca todas as diretrizes determinadas pelo Conselho Federal de Medicina e pela Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD.
A guarda e o manuseio dos Prontuários Eletrônicos do Paciente garantem o direito à privacidade, da mesma forma que asseguram o sigilo de todas as informações que, conforme prescreve a LGPD, pertencem ao paciente.
Atender e seguir à risca as normas da LGPD tornou-se um mantra para a empresa.
É importante relembrar que o dispositivo que regulamenta o uso de dados pessoais pelas empresas é a Lei 13.709, de 14 de agosto de 2018.
|Saiba mais: Venda de dados da Saúde: o seu sistema te protege de vazamentos ou ciberataques?
Segurança reforça relação médico-paciente
Ao enfatizar seus esforços em termos de segurança, a ProDoctor Software acredita que esse é um ponto importante para reforçar a relação médico-paciente.
Compreende que a responsabilidade e a segurança de todos os dados vão além do simples concordar com os termos de consentimento ou dizer que está em conformidade com a LGPD.
Não basta dizer, é preciso assegurar tranquilidade com a segurança total para médicos e pacientes!
|Leia também: Como proteger os dados da clínica ou do consultório.
Resumo
Relacionamos para você os principais erros médicos e como evitá-los. Conforme atestamos, é imprescindível haver atenção, trabalho e equipe e, sobretudo, uma eficiente comunicação interna.
Os erros cometidos em um atendimento podem funcionar como uma péssima imagem negativa da clínica. Portanto, o treinamento e a reciclagem dos colaboradores deve ser realizada periodicamente.
Avalie isso com sua equipe! Os erros podem ser detectados e corrigidos com a atenção e o empenho em cada setor, com o auxílio indispensável de um excelente software de gestão.
Os cuidados com o paciente devem ser redobrados, pois qualquer descuido pode ser fatal.