Você conhece as Metas Internacionais de Segurança do Paciente? Elas são importantes para que as instituições de Saúde desenvolvam estratégias capazes de melhorar a assistência aos usuários. Com isso, poderão diminuir os problemas envolvendo o atendimento médico aos cidadãos.
Neste post, você encontrará informações abordando cada item das Metas Internacionais de Segurança do Paciente. Além disso, explicaremos seus objetivos específicos, formas de implantação e como uma unidade de saúde pode adotar seu sistema.
O que são e por que existem?
Criação das Metas Internacionais de Segurança do Paciente
As Metas Internacionais de Segurança do Paciente são ações que eliminam ou reduzem o risco de males ligados à saúde. Elas foram desenvolvidas a partir do momento em que se tornou uma exigência clara capaz de solucionar os problemas diários em um hospital, por exemplo.
Sua implantação não só normatiza determinadas práticas, mas também garante direitos ao paciente. Além disso, estas Metas devem estreitar a comunicação entre os profissionais de Saúde.
Dessa forma, cada organização deve estruturar e implantar seus protocolos de prevenção de riscos com base naqueles que foram identificados e priorizados para serem abordados, conforme a utilização de ferramentas específicas.
Criação das Metas Internacionais de Segurança do Paciente
O primeiro passo para a criação das Metas Internacionais de Segurança do Paciente foi dado em 2004. Com o intuito de dedicar atenção e buscar soluções para os problemas de segurança dos pacientes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou no dia 27 de outubro, em Washington (EUA), a World Alliance for Patient Safety(Aliança Mundial para a Segurança do Paciente).
Com abrangência mundial, ficou expressa a sua missão: coordenar, disseminar e acelerar melhorias para a segurança do paciente em termos mundiais.
Como resultado, em 2005, a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente identificou seis áreas de atuação, entre elas, o desenvolvimento de “Soluções para a Segurança do Paciente”.
As Metas Internacionais de Segurança do Paciente
Identificar o pacientecorretamente
Melhorar a eficácia da comunicação
Melhorar a segurança dos medicamentos de alta-vigilância
Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto
Reduzir o risco de infecções associadas a cuidados de saúde
Reduzir o risco de danos ao paciente, decorrente de quedas
Da identificação correta aos medicamentos
Identificação correta – Antes de mais nada, estabeleceu-se que o marco inicial das ações é identificar, com segurança, o paciente como sendo a pessoa para a qual se destina o serviço e/ou procedimento. Dessa maneira, o nome completo do paciente e a sua data de nascimento devem ser verificados a cada ação, como, por exemplo, na administração de medicamentos, hemoderivados e antes da coleta de exames.
Nesse sentido, é importante observar que qualquer falha cometida neste processo pode provocar graves erros, como por exemplo a administração de medicamentos e cirurgias em “pacientes errados”.
Comunicação eficaz entre os profissionais da assistência – Este item preconiza a melhoria da interlocução entre os prestadores de cuidado. O objetivo é estabelecer um diálogo efetivo, oportuno, preciso, completo, sem ambiguidade e que seja plenamente entendido. O estabelecimento desta comunicação pode se valer de um chat interno para conversação.
Com toda a certeza, quaisquer erros de comunicação entre os profissionais da assistência podem causar danos aos pacientes. A utilização de um bom software de gestão, de reconhecida eficiência, é importante para agilizar e proporcionar um trabalho seguro e sem erros.
Segurança dos medicamentos de alta-vigilância (high-alert medications) – Aqui, é relevante ressaltar que a preocupação não só se concentra em medicamentos como psicotrópicos ou quimioterápicos, bem como nas soluções de eletrólitos em altas concentrações para uso endovenoso, uma vez que são potencialmente perigosas.
Conforme destacamos anteriormente, um software de gestão com impressão de etiqueta de unitarização, por exemplo, é indispensável para o trabalho rotineiro de um consultório/clínica.
Segurança nas cirurgias e redução dos riscos
Segurança nas cirurgias – Cirurgias ou procedimentos invasivos em locais ou membros errados são erros totalmente preveníveis decorrentes de falhas na comunicação e na informação.
Risco de infecções associadas aos cuidados de saúde – Conforme dados da Organização Mundial da Saúde, entre 5% e 10% dos pacientes admitidos em hospitais contraem uma ou mais infecções.
Reduzir o risco de lesões aos pacientes, decorrentes de quedas – As instituições de Saúde devem elaborar, implementar e monitorar ações preventivas para reduzir lesões decorrentes de quedas. Dessa maneira, é importante avaliar o risco de queda em todos os pacientes, reavaliando sempre que houver alterações clínicas e descrevendo na placa do leito o nível do risco de queda.
Além disso, é fundamental implementar medidas para minimizar o risco de quedas. Da mesma forma, é preciso analisar o número de quedas de pacientes, com ou sem dano, notificadas e ocorridas durante um mês, por exemplo. Assim, será possível estabelecer comparações e elaborar gráficos com a meta estabelecida.
Dentre as principais consequências negativas estão: aumento da estadia hospitalar, aumento dos custos assistenciais, diminuição da credibilidade da instituição e complicações legais.
As Metas Internacionais de Segurança do Paciente compreendem soluções com o intuito de promover melhorias específicas em áreas que são problemáticas na assistência aos pacientes. Com estas informações, acreditamos que você está suficientemente embasado sobre o tema.