Para conseguir sucesso em qualquer atividade, é fundamental ter organização. No caso da contabilidade, isso é ainda mais importante. Saber como fazer o planejamento tributário do consultório evita (muitas) dores de cabeça.
Antes de mais nada, é preciso conhecer de fato o planejamento tributário do consultório. Entender o que é a sua importância. Tem dúvidas sobre o que é o planejamento de tributos ou então não sabe exatamente por onde começar? Confira neste post, as principais dicas para não se enrolar com a contabilidade.
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O planejamento tributário nada mais é do que a gestão do pagamento de tributos de um negócio. Da mesma forma, engloba a estudos que visem a possibilidade da redução legal da carga tributária que, nesse caso, incide nos consultórios médicos.
O planejamento tributário do consultório pode ser dividido em duas categorias:
Relacionado ao dia a dia. Pode ser considerado o mais básico. Envolve os procedimentos para que sejam cumpridos todas as exigências legais. Ou seja, realizar o pagamentos dos impostos corretos no momento certo.
Para que o planejamento operacional ocorra da forma correta, é preciso fazer o planejamento estratégico. É essa etapa que vai garantir que o médico escolha o regime tributário mais conveniente para seu consultório.
Além disso, o planejamento estratégico de tributos permite que particularidades fiscais não sejam um problema.
Essas duas categorias são complementares e de extrema importância. Isso porque, o planejamento tributário do consultório não pode estar restrito a apenas ao pagamento do tributo. É preciso analisar, estudar, identificar os melhores cenários e verificar qual a melhor estratégia para seu consultório. Enfim, é preciso realmente planejar.
Para iniciar o planejamento tributário do consultório é preciso escolher o melhor regime de tributação. Primeiramente, deve ser definido se vai recolher os impostos como Pessoa Física ou Pessoa Jurídica.
Caso opte pelo sistema de faturamento como Pessoa Física, ou seja, sem abrir uma empresa, o médico precisará fazer o recolhimento dos impostos com base no Imposto de Rede de Pessoa Física (IRPF)
A base para a tributação de uma pessoa física é uma tabela progressiva, que vai de 7,5% a 27,5%. Além disso, há a incidência de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), que é cobrado através de um valor fixo anual estipulado pela Prefeitura da sua cidade.
Mas se, ao contrário, o médico optar por abrir uma empresa como pessoa jurídica, dependendo do tipo de negóci que irá manter, ele poderá optar por três regimes de tributação:
Lançado em 2007, o Simples Nacional tem como objetivo tornar a vida dos micro e pequenos empresários mais simples, assim como o nome diz.
Ele contempla qualquer negócio cuja receita bruta anual é de até 4,8 milhões de reais (até 2018, o limite era de R$ 3,6 milhões de reais). Ao aderir ao regime, o médico consegue pagar todos os seus impostos por meio de uma única guia.
No entanto, as empresas só podem optar por esse regime se estão isentas de qualquer débito da Dívida Ativa da União ou do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
Além disso, existe outras regras para ser elegível ao regime:
Caso o médico não consiga cumprir os requisitos para se enquadrar no Simples Nacional, ele será automaticamente enquadrado no regime Lucro Presumido.
Nesse regime as guias são pagas separadamente, sendo que algumas têm vencimento mensal e outras trimestral.
O valor extraído para o pagamento dos impostos é feito através de uma tabela com a margem específica de cada área de atuação. Dessa forma, o valor do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) é obtido de maneira quase “automática”.
Isso porque, o Estado “presume” um lucro que varia de acordo com cada atividade em questão.
Para estabelecer o Lucro Real, é preciso tributar o lucro líquido da empresa em determinado período. Por consequência, a empresa precisa saber esses valores reais. De acordo com os resultados obtidos nesse período, os encargos podem aumentar ou diminuir.
Após a escolha do melhor regime tributário, é chegada a hora de criar uma rotina para não se perder. O primeiro passo é encontrar um profissional de confiança para não deixar nada passar.
Esse profissional deverá levar em consideração:
Outro ponto importante é fazer o acompanhamento do fluxo de caixa. Por meio dele você terá controle
sobre a entrada e saída do dinheiro, descobrindo o que está gerando lucro e o que deve ser pago no decorrer dos meses. E quando há um prejuízo, você consegue descobrir de onde ele vem, para tomar as medidas de segurança antes que novas perdas aconteçam.
Vale destacar que a contabilidade possui dois conceitos essenciais para o entendimento do Fluxo de Caixa:
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Ter um bom planejamento tributário é essencial para evitar que pequenos erros ponham em risco o bom funcionamento do consultório. Por isso, separar um tempo para dar atenção ao financeiro pode evitar saias justas e até mesmo problemas maiores.
Para que o planejamento seja feito de forma eficiente, é necessário não só algum conhecimento no assunto, como também de ferramentas adequadas que ajudem a fazer o faturamento do consultório. Adotar um software de gestão, por exemplo, é uma forma simples e eficaz de controlar todas as contas e se preparar para a época do Imposto de Renda.
Com esse controle o ano inteiro, as chances de que ocorram erros na hora de fazer a tributação caem de forma significativa, gerando menos dor de cabeça e economizando tempo.
Organizar as finanças significa poupar recursos para investir no que realmente precisa. Dessa forma, é possível distribuir o orçamento anual do consultório com mais tranquilidade, além de aproveitar as oportunidades de créditos e isenções de forma mais fácil e com menos burocracia.
Uma vez otimizado, os lucros do consultório podem ser aplicados em melhorias na capacitação da equipe, no corpo clínico, em infraestrutura e também na informatização do consultório, proporcionando inúmeros benefícios.
Confira mais dicas para melhorar o seu faturamento e se livrar da dor de cabeça!