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4º Episódio da série Sob Pressão

As agressões contra as mulheres foi o tema central do 4º Episódio da série Sob Pressão, exibido na noite de terça (15/08) pela Rede Globo. Logo em sua cena inicial, o Dr. Evandro (Julio Andrade), cirurgião-chefe da equipe médica, aparece testando os reflexos de Talita, que deu entrada no hospital com escoriações no rosto e o braço com muitas dores. Ela alega que caiu de uma escada, mas ele não acredita.

O episódio seguiu a linha dos capítulos anteriores, dosando diálogos e cenas fortes com momentos de bastante singeleza e explorando mais o humor com as aventuras amorosas de um dos anestesistas tentando se equilibrar entre as duas namoradas que vão até o hospital procurá-lo.

Saiba mais sobre a produção da série “Sob Pressão”.

Capítulos anteriores

Primeiro episódio de Sob Pressão

Segundo episódio de Sob Pressão

Terceiro episódio de Sob Pressão

Veja o que aconteceu no 4º Episódio da série Sob Pressão

Lei Maria da Penha

Mais que desconfiado, bastante escolado com as inúmeras vezes que atendeu mulheres que “caíram da escada”, o Dr. Evandro fala para Talita que “a violência contra a mulher é crime” e lhe pergunta se ela já ouviu falar da Lei Maria da Penha, acrescentando que existe um telefone para que as violências sofridas dos homens possam ser denunciadas. Ele diz que, como médico, após fazer o exame físico e constatar a violência, é obrigado a denunciar. Mas, mesmo apertando o cerco, seu interrogatório é em vão.

Medo de denunciar

Dra. Carolina Furtado, cirurgiã vascular e namorada do Dr. Evandro, o questiona se vai denunciar a violência contra Talita: “Você não acha que ela tem que denunciar, fazer um exame de corpo de delito, um B.O.?”.

O médico argumenta que está cansado de ver sempre a mesma cena, relembrando que já chegou a sair na porrada com o marido de uma das mulheres agredidas. Segundo ele, “o cara batia na mulher e na filha com uma corrente de motor”. Ele teve que ficar quieto depois que a mulher decidiu retirar o Boletim de Ocorrência. “O caso dela é o mais simples aqui”, disse para Talita, explicando ela não corre mais perigo e acrescentando que já havia atendido dois baleados.

Antevendo consequências tristes, Carolina insiste: A lei diz que você tem que denunciar. Alguém tem que fazer alguma coisa para impedir, para que essa mulher não volte aqui na semana que vem num estado ainda pior”. Dr. Evandro devolve: “Por que você não faz isto? Vai lá”.

O cão do Sr. Romero

As cenas fortes têm uma pausa com a entrada em cena do Sr. Romero (Matheus Nachtergaele), um cego atropelado com o seu cão-guia. “O senhor está com uma fratura cirúrgica no antebraço”, dizem para ele, que não dá a mínima, pois está mais muito preocupado com o animal:

E a câmera focaliza o animal desfalecido. O Sr. Romero não quer saber qual o problema que tem. Sua preocupação é com o cachorro: “Eu não sei viver sem ele. O Astro é meu braço, minhas pernas… o Astro, meu olho, meu faro, meu guardião. O senhor sabe quanto custa um cachorro assim? Trinta mil dólares”.

A equipe começa a brincar com o fato do cão-guia valer 30 mil dólares. “O cachorro fala?”, “Dá para comprar um cavalo de corrida”, “O que um cego vai fazer com um cavalo de corrida?”, “Torcer”. Enquanto fazem piadas, acreditando que Romero está sedado, ele dispara: “Sou cego, eu não sou surdo”.

“Ele não vai fazer mais”

Carolina conversa com Talita, que conta que há seis anos vive com Chico, que ele bebeu muito e que nunca havia feito aquilo. Tenta se esquivar das perguntas (“Você é médica ou policial?”), mas a cirurgiã insiste e tenta convencê-la a fazer a denúncia contra o companheiro: “Se você não denunciar, ele vai te agredir de novo”.

Talita comete um ato falho e diz que “foi a última vez, doutora”. Carolina então reforça sua argumentação: “Então não foi a primeira vez. Você não vai denunciar?”. E ela responde: “Ele não vai fazer mais, tenho certeza”. Carolina duvida, mas ela retruca: “Tenho sim”.

Em seguida, a cirurgiã conversa com o Dr. Evandro, que pergunta se ela denunciará. “Não, você é o médico dela”. E ele responde que o que constará será “lesões corporais por objeto contuso”.

Mas, na cena subsequente, os dois médicos estão diante de Talita e o marido. Com o semblante carregado, Dr. Evandro pergunta:

– Não vai apresentar seu marido, Talita?

– Chico, esse é o médico que me atendeu – diz Talita.

Chico agradece o médico, mas a expressão de Evandro é de pouquíssimos amigos:

– E aí, pronto para outra… – diz olhando firme para Chico, por quem passa sem tirar os olhos: “A gente se vê”.

Hospital Veterinário?

Do lado de fora do hospital, o choro contínuo de um animal chama a atenção do Dr. Evandro. É Astro, o cão-guia do Sr. Romero. “Deve estar sentindo muita dor”, diz Evandro, que conversa com o anestesista Amir (Orã Figueiredo) e relembra que na época da faculdade operou um animal. Eles operam o cachorro. No outro dia, Samuel, o diretor da instituição, explode com Evandro. Ainda sem acreditar que ele tenha feito a cirurgia, questionou por que não mandou o cão para uma clínica veterinária. E diz, receoso:

– Se esse vídeo cai na mão da imprensa eu tô ferrado, o hospital tá ferrado e você perde seu CRM. Quem vai querer ser operado pelo meu cirurgião que opera cachorro?”

Com a faca no peito

Chico dá entrada no hospital e é atendido pela Dra. Carolina. Ele diz para ela que estava dormindo quando Talita cravou a faca no seu coração. “Quero ver essa desgraçada na cadeia”, pragueja, colocando a culpa na médica por ter virado a cabeça da mulher. E ameaça matar Talita. Revoltada, Carolina retruca: “O que ela fez foi legítima defesa. Se depender de mim, quem vai para a cadeia é você”.

Processo

A mãe de Madalena (a mulher do Dr. Evandro foi operada por ele e morreu na mesa de cirurgia no 1º episódio) vai ao hospital comunicar abertura de processo pela morte da filha. Conversa com o Dr. Samuel, que afirma ser testemunha de todo esforço do médico para salvar a esposa. Constata que a mãe está irredutível em seu propósito e só lhe resta dizer que o hospital vai colaborar. “Assim eu espero”, ela devolve.

“Vou de Astro”

Sr. Romero é liberado e deixa o hospital com seu cão-guia. Recusa o táxi que lhe oferecem (“Vou de Astro”). Algum tempo depois, Astro retorna sozinho e encontra o socorro em Evandro, a quem sai arrastando pela rua. Romero está caído embaixo do viaduto, em frente ao hospital, pois teve uma queda na glicemia.

– O Astro me salvou a vida – diz.

– Obrigado pela parte que me toca – afirma Evandro.

– Desculpa, Dr., mas é “nóis” – brinca Romero.

E Talita denuncia

Um policial, mais tarde, vem tomar o depoimento de Chico, que afirma ter sido assaltado por dois homens na rua e reagiu. Carolina diz que “pode ter sido isso, mas não foi”. O policial pergunta para Talita se é a esposa dele e ela responde:

– Não. Ele chegou, foi ficando. Não teve assalto. Fui eu. Acho que eu não preciso dizer porquê. Ele me bateu muitas vezes, muitas. Mas essa foi a última.

Chico faz ameaças prometendo acertar as contas com Talita quando sair dali. O policial retruca: “Acho que não vai voltar para casa depois que sair daqui não”.

Aparece a cartela com a mensagem sobre o tema do capítulo:

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER É CRIME. DENUNCIE. LIGUE 180. CENTRAL DE ATENDIMENTO À MULHER.