CID-10 e suas aplicações na Saúde

Entenda o que é o CID-10 e qual sua importância na prática médica

O CID-10, oficialmente Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, é um termo muito frequente dentro da área da Saúde. Mas, afinal, você sabe de fato o que é CID-10 e como é aplicada sua utilização?

Em resumo, a sigla abrange a classificação e a codificação das doenças. É de uma grande variedade de sinais, sintomas, aspectos anormais, queixas, circunstâncias sociais e também causas externas para ferimentos ou doenças. Vale lembrar ainda que a sigla é utilizada mundialmente como o padrão médico para catalogar os diagnósticos médicos.

Para cada enfermidade é atribuída uma categoria única e que remete a um código com até seis caracteres. Sendo assim, tais categorias podem incluir um conjunto de doenças semelhantes. Continue lendo para saber mais!

Quais ferramentas tecnológicas auxiliam na codificação e consulta do CID-10?


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O que é CID-10 e quais suas aplicabilidades?

A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, conhecida como CID-10, foi desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e está em uso desde 1992. 

O sistema foi projetado para padronizar a coleta, a codificação e a apresentação desses dados, facilitando a comparação internacional. Essa padronização permite que profissionais de saúde do mundo inteiro se comuniquem de forma clara e objetiva sobre diagnósticos médicos, reduzindo ambiguidades e erros de interpretação.

Saber o que é CID-10 é essencial para compreender sua aplicabilidade prática: o sistema organiza e codifica doenças, sinais, sintomas, causas externas e outras condições de saúde por meio de códigos alfanuméricos.

Essa estrutura facilita não apenas o registro clínico, mas também a produção de estatísticas de saúde, a análise epidemiológica e a tomada de decisões por instituições públicas e privadas.

Além disso, a CID-10 é amplamente utilizada por órgãos governamentais, como o INSS, para a concessão de benefícios previdenciários, e por operadoras de saúde nos processos de autorização e reembolso.

De acordo com o artigo “O papel das classificações da OMS – CID e CIF nas definições de deficiência e incapacidade”, de Heloisa Brunow e Cassia Buchalla, o uso da CID-10 tem se expandido continuamente como ferramenta essencial para a organização da prática médica e da gestão em saúde.

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Histórico

Para compreender o que é CID-10, é fundamental conhecer sua origem e evolução ao longo do tempo. A Classificação Internacional de Doenças (CID) surgiu no século XIX, impulsionada pela necessidade de padronizar a coleta de dados sobre causas de morte em diferentes países.

A primeira versão foi publicada em 1893, como a Lista Internacional de Causas de Morte, desenvolvida pelo Instituto Internacional de Estatística sob a direção de Jacques Bertillon. Esse modelo inicial, com 14 grupos de causas, serviu como base estrutural para as futuras revisões da CID.

Na década de 1940, a Organização Mundial da Saúde (OMS) assumiu a responsabilidade pela classificação e, a partir de 1948, com a sexta revisão, a CID passou a incluir também dados sobre morbidade, e não apenas mortalidade. Isso marcou o início de um sistema mais completo e aplicável à prática clínica, estatística e epidemiológica.

Desde então, a CID passou por diversas revisões para acompanhar os avanços da medicina e as novas demandas de saúde pública. A décima versão (CID-10) foi aprovada em 1989 e implementada em diversos países a partir dos anos 1990, consolidando-se como o padrão global para registro de doenças.

Atualmente, a CID é essencial para a organização de registros clínicos, elaboração de políticas públicas e produção de estatísticas internacionais, permitindo uma análise comparável, segura e padronizada dos dados de saúde em todo o mundo.

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Quais são as doenças do CID-10?

histórico

A CID-10 contém milhares de códigos que agrupam doenças e condições de saúde em categorias organizadas por sistemas do corpo humano e causas específicas. 

Por exemplo, doenças do sistema circulatório estão classificadas na faixa I00 a I99, enquanto transtornos mentais e comportamentais aparecem entre F00 e F99.

Entre as doenças mais consultadas no CID-10 estão hipertensão (I10), diabetes mellitus (E10 a E14), depressão (F32), e lombalgia (M54.5).

É importante ressaltar que o CID-10 também abrange sintomas, lesões, causas externas e condições especiais, como gravidez e parto.

O uso correto desses códigos facilita o diagnóstico, o registro clínico e a comunicação entre profissionais de saúde, além de ser essencial para solicitações junto ao INSS, operadoras de saúde e órgãos públicos.

Principais categorias do CID-10

A Classificação Internacional de Doenças é dividida em 22 capítulos, cada um abordando um grupo específico de condições. 

Confira abaixo uma visão geral das principais categorias e exemplos de doenças incluídas em cada uma delas:

  • Algumas doenças infecciosas e parasitárias (A00 – B99). Exemplos: Cólera (A00), Febres tifoide e paratifoide (A01), Sífilis (A50-A53), HIV (B20-B24).
  • Neoplasias / tumores (C00 – D48). Inclui todos os tipos de câncer e tumores benignos.
  • Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunológicos (D50 – D89). Exemplos: Anemia (D50-D64), Leucemia (C91-C95).
  • Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (E00 – E90). Exemplos: Diabetes (E10-E14), Hipotireoidismo (E03).
  • Transtornos mentais e comportamentais (F00 – F99). Exemplos: Esquizofrenia (F20), Depressão (F32), Transtorno de Ansiedade (F41).
  • Doenças do sistema nervoso (G00 – G99). Exemplos: Doença de Parkinson (G20), Esclerose Múltipla (G35).
  • Doenças do olho e anexos (H00 – H59). Exemplos: Conjuntivite (H10), Catarata (H25-H26).
  • Doenças do ouvido e da apófise mastoide (H60 – H95). Exemplos: Otite Média (H65-H67).
  • Doenças do aparelho circulatório (I00 – I99). Exemplos: Hipertensão (I10), Infarto do Miocárdio (I21).
  • Doenças do aparelho respiratório (J00 – J99). Exemplos: Asma (J45), Pneumonia (J12-J18).
  • Doenças do aparelho digestivo (K00 – K93). Exemplos: Dispepsia (K30), Gastrite (K29).
  • Doenças da pele e do tecido subcutâneo (L00 – L99). Exemplos: Acne (L70), Psoríase (L40).
  • Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (M00 – M99). Exemplos: Artrite (M00-M25), Osteoporose (M80-M81).
  • Doenças do aparelho geniturinário (N00 – N99). Exemplos: Insuficiência Renal (N17-N19), Infecção Urinária (N30).
  • Gravidez, parto e puerpério (O00 – O99). Exemplos: Aborto Espontâneo (O03), Parto Normal (O80).
  • Algumas afecções originadas no período perinatal (P00 – P96). Exemplos: Asfixia Neonatal (P21).
  • Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas (Q00 – Q99). Exemplos: Fenda Labial (Q35-Q37), Síndrome de Down (Q90).
  • Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte (R00 – R99). Exemplos: Dor de Cabeça (R51), Febre (R50).
  • Lesões, envenenamento e algumas outras consequências de causas externas (S00 – T98). Exemplos: Fratura de Fêmur (S72), Envenenamento por Medicamentos (T36-T50).
  • Causas externas de morbidade e mortalidade (V01 – Y98). Exemplos: Acidentes de Trânsito (V02-V04).
  • Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde (Z00 – Z99). Exemplos: Consulta Médica de Rotina (Z00).
  • Códigos para propósitos especiais (U00 – U99). Inclui códigos para situações especiais ou emergenciais.

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Quais são as atualizações recentes do CID no Brasil e no mundo?

Quando o paciente decide abandonar o tratamento

Em julho de 2018, a OMS divulgou, oficialmente, a CID-11. Ela foi projetada para ser totalmente digital e acessível online e tem prazo previsto para ser disponibilizada nos sistemas de vigilância em saúde no Brasil a partir de janeiro de 2027, de acordo com o Ministério da Saúde.

Dessa forma, a nova versão traz uma série de novidades e novas formas de usabilidade. Isso inclui traduções, treinamento de profissionais além de outras obrigatoriedades para sua implementação, por exemplo.

A nova versão conta com mais de 55 mil códigos únicos para os mais variados diagnósticos médicos, como lesões, doenças e causas de morte. Das mudanças, há destaque para o transtorno do espectro autista (TEA), novas categorias relativas à Covid-19 e outras doenças que surgiram no cenário atual. Como é o caso do distúrbio ou vício por jogos eletrônicos, o “Gaming Disorder”.

Dessa forma, médicos de todo o mundo terão a possibilidade de compartilhar informações médicas de forma padronizada e sem a possibilidade de erros, assim como já acontece na atual versão da CID.

Novidades na versão 11

Algumas novidades também foram implementadas na versão nova. Os códigos relacionados à resistência microbiana, por exemplo, foram revisados e agora estão conforme a GLASS (Sistema Global de Vigilância da Resistência Antimicrobiana).

Outra importante atualização está na adição de dois novos capítulos. Eles foram criados para incluir a educação sexual e a medicina tradicional. 

A primeira delas tem o propósito de reunir siglas que atualmente se encontram em outros capítulos, a fim de simplificar alguns diagnósticos.

Já a medicina tradicional, por sua vez, já era amplamente utilizada pelos profissionais de saúde, mas ganhou espaço próprio apenas agora.

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Quais ferramentas tecnológicas auxiliam na codificação e consulta do CID-10?

Com o avanço da digitalização na saúde, diversas ferramentas tecnológicas surgiram para facilitar o acesso e a utilização correta do CID-10 no dia a dia clínico.

Softwares médicos com prontuário eletrônico integrado, como o ProDoctor, disponibilizam funcionalidades que agilizam a busca e o preenchimento do CID-10 diretamente na ficha do paciente, garantindo maior precisão no registro e evitando erros de codificação.

Além disso, soluções móveis, como aplicativos especializados, oferecem acesso offline à base completa do CID-10, com recursos como busca por palavras-chave, códigos favoritos, e anotações personalizadas.

Essas ferramentas não apenas aumentam a produtividade nas consultas, mas também asseguram conformidade com exigências legais e regulatórias do setor.

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ProDoctor CID

Em compromisso com a sociedade e com atenção especial aos profissionais de Saúde, a ProDoctor Software está em constante desenvolvimento de ferramentas e instrumentos para que seu dia a dia fique mais simples.

Entre essas soluções, destaca-se o ProDoctor CID, um aplicativo gratuito desenvolvido especialmente para médicos, farmacêuticos e outros profissionais da área da saúde.

O app permite consultar rapidamente qualquer código da Classificação Internacional de Doenças, mesmo sem conexão com a internet. 

A interface intuitiva e os recursos de busca por termos, códigos ou categorias tornam o processo ágil e confiável, reduzindo o risco de erros de codificação. Além disso, é possível favoritar doenças e adicionar anotações personalizadas, o que otimiza ainda mais a rotina de atendimento.

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Conclusão

Compreender o que é CID-10 e como essa classificação impacta a rotina médica é fundamental para garantir uma assistência à saúde mais segura, padronizada e eficiente.

A correta utilização do CID-10 facilita diagnósticos, agiliza processos administrativos e fortalece a comunicação entre profissionais, instituições e órgãos reguladores.

Ferramentas tecnológicas, como o aplicativo ProDoctor CID, surgem como grandes aliados nesse processo, promovendo agilidade e precisão no uso da classificação.

Para quem deseja aplicá-lo de forma eficiente, o uso de ferramentas como o ProDoctor CID é um diferencial. Disponível para Android e iOS, o aplicativo é uma solução prática e segura, que coloca nas mãos dos profissionais tudo o que precisam para uma consulta rápida, precisa e compatível com os padrões internacionais de saúde.

Enfim, estar atualizado quanto às versões da CID e contar com recursos que simplificam sua aplicação é essencial para uma gestão clínica moderna e alinhada com as melhores práticas do setor.

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