A prescrição de medicamentos é um ato de suma importância no ritual de uma consulta. Para que esta cumpra seu objetivo com sucesso é necessário que o profissional a conduza com atenção, ouvindo as queixas do paciente.
Saber ouvir é uma arte e o médico, diante da anamnese do paciente, deverá responder todas as suas dúvidas, com o intuito de tranquilizá-lo.
Então, estará apto para fazer a prescrição de medicamentos. Com sua experiência, ao mesmo tempo, poderá fortalecer a relação médico-paciente, fazendo com que este se sinta também responsável por sua recuperação.
Dessa maneira, caberá ao profissional estar bastante atento para que a receita esteja correta. Neste post, a ProDoctor Software enumerou os temas que não podem ficar de fora do documento. Confira
- Elementos essenciais de uma prescrição de medicamentos
- Advertências
- Uso do carimbo
- Erros a serem evitados em uma prescrição de medicamentos
- Prescrição de medicamentos por via digital
- Precauções que o médico deve tomar
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É obrigatório carimbo na prescrição médica?
Elementos essenciais de uma prescrição de medicamentos
Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão regulador do uso de medicamentos no Brasil. Portanto, é preciso seguir as determinações estabelecidas em suas regras e convenções.
Desse modo, toda prescrição de medicamentos deve sempre conter alguns elementos essenciais. Por exemplo: antes de tudo, informar o nome do médico que assina a receita, com o nome, endereço da clínica, consultório ou hospital, o número do Registro Profissional (seja no Conselho Regional ou Federal de Medicina), e sua especialidade.
Com relação ao paciente, é obrigatório ter o seu nome. Entretanto, conforme a necessidade, diante do tratamento proposto, tanto o endereço quanto a idade podem ser colocados na receita.
Com toda a certeza, o médico deve ser bastante específico e didático ao nomear o medicamento, explicando sua forma farmacêutica, com a dose correta, além da quantidade e concentração recomendada. Deve explicar a forma de administração e o tempo que seguirá a medicação, já preparando para rever o paciente em uma próxima consulta, a fim de analisar a evolução do tratamento.
Advertências
Além disso, deve conscientizar o paciente para que siga religiosamente o horário da medicação. Também deve alertá-lo para possíveis efeitos colaterais. Com o intuito de evitar reações adversas, antes de tudo, o médico deve conhecer bem a anamnese do paciente, se acaso teve alguma enfermidade ou passou por uma cirurgia, por exemplo. Do mesmo modo, precisa saber se o paciente é alérgico a algum medicamento.
Ainda que tenha feito todas as orientações verbais, o profissional precisa colocar na prescrição de medicamentos todas as orientações necessárias, não apenas para evitar esquecimentos do paciente, como também para se resguardar juridicamente.
Por fim, o médico colocará a data da consulta e assinará seu nome completo, com o respectivo número do Conselho Regional de Medicina.
Uso do carimbo
Segundo a legislação da Anvisa e do CFM, a utilização do carimbo em uma prescrição de medicamentos não é obrigatória, desde que o médico ou outro profissional da área de Saúde prescritor descreva manualmente e de forma legível seu nome completo e o número do CRM. Dessa forma, para que o documento tenha validade, basta a assinatura.
O uso do carimbo só é obrigatório para o recebimento do talonário para prescrição de medicamentos e substâncias entorpecentes e psicotrópicos.
Confira o parecer completo do CFM.
Evite erros em uma prescrição de medicamentos
Antes de mais nada, é importante ressaltar que a prescrição de medicamentos não pode conter rasuras, emendas ou irregularidades, pois tais erros podem prejudicar a verificação da sua autenticidade.
Alguns erros sobressaem, como por exemplo a letra ilegível do médico ou o nome incorreto da droga indicada. Da mesma forma, o não detalhamento sobre a frequência da dose e sua via de administração, além do alerta para a interação medicamentosa da prescrição com outras drogas já prescritas pelo paciente.
Todavia, outras situações também remetem ao erro na prescrição, com alguns sendo mais perigosos e, além disso, mais difíceis de serem detectados. Em um hospital, com um paciente internado, os riscos são maiores.
Conforme pesquisa realizada em 2009 no Hospital Israelita Albert Einstein, o erro mais comum apontado foi a não especificação da dosagem da medicação. Em resumo: o erro ficou patente em mais de 18% dos casos avaliados.
Prescrição de medicamentos por via digital
Com o objetivo de regulamentar e operacionalizar as medidas de enfrentamento do Coronavírus, o Conselho Federal de Medicina, o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) e o Conselho Federal de Farmácia (CFF) aprovaram o uso da Telemedicina.
Dessa maneira, os médicos brasileiros podem, com segurança, no âmbito do atendimento por Telemedicina, emitir atestados ou receitas médicas em meio eletrônico. Além disso, a medida, aprovada em caráter excepcional, objetiva reduzir a circulação de pessoas expostas ao coronavírus protegendo, assim, tanto os profissionais quanto os pacientes.
Saiba mais sobre prescrição digital.
Precauções que o médico deve tomar
A fim de se precaver de possíveis ações judiciais, o médico deve cumprir rigorosamente suas obrigações legais. Só para ilustrar: deve conhecer a fundo todos os medicamentos que prescrever para seus pacientes.
Além disso, o profissional precisa se resguardar. Por isso, é importante documentar todas as ações relativas a cada paciente. Por exemplo: deve ter em mãos as respostas de cada tratamento aos respectivos medicamentos, relacionando, também, os incidentes que tenham acontecido na evolução do tratamento.
Seus conhecimento da farmacologia, como por exemplo, os limites de dosagens de segurança dos medicamentos, são fundamentais para diminuir os riscos de intoxicações. Sem dúvida, a anamnese terapêutica auxilia a evitar possíveis interações entre os medicamentos.
Resumo
O fecho de ouro de uma consulta é, com toda a certeza, a elaboração de uma prescrição de medicamentos que permitam um tratamento eficaz e que o paciente se restabeleça o mais rápido possível. Mas, para que o sucesso seja alcançado, conforme descrevemos acima, é preciso bastante atenção e cuidado ao elaborar o documento, a fim de que não contenha erros e não deixe dúvidas. Ao retratar bem o diagnóstico e prescrever a receita, com as orientações para combater a enfermidade, o médico terá a adesão do paciente, que irá colaborar com o tratamento.