As principais especialidades médicas, hoje, no Brasil, são Oftalmologia, Pediatria, Cardiologia, Dermatologia e Ginecologia e Obstetrícia, além da Urologia. São 432.579 títulos em especialidades, com 293.064 médicos especialistas, o que corresponde a 61,4% do total com um ou mais títulos de especialista.
Por outro lado, 37,5% não têm título algum, com 169.479 generalistas. A razão é de 1,67 especialista para cada generalista. Essa foi uma das conclusões do estudo Demografia Médica no Brasil, divulgado em 2020.
Conforme o relatório, é crescente o número de médicos especialistas no País. Todavia, isso não acompanha o aumento de oferta de vagas da graduação, gerando por consequência maior competição pelas vagas de Residência Médica. Nesse sentido, quatro especialidades concentram 38% deles: Clínica Médica (11,3% do total de especialistas), Pediatria (10,1%), Cirurgia Geral (8,9%) e Ginecologia e Obstetrícia (7,7%).
É importante observar que duas são pré-requisitos para outras especialidades, destacando-se a Pediatria e a Ginecologia e Obstetrícia. Assim, a pesquisa possibilitou afirmar que o aumento do número de especialistas deve-se , sobretudo, à expansão de programas e vagas de Residência.
Também é preciso ressaltar que a Clínica Médica tem a liderança na preferência dos profissionais que buscam a especialidade, com 11,2% dos médicos brasileiros especialistas na área. Ela é pré-requisito para diversas outras especializações, como por exemplo a Cardiologia, a Neurologia e a Gastroenterologia.
Essa área médica tem grande potencial devido ao envelhecimento das pessoas, uma vez que muitos problemas da visão surgem com o avanço da idade. A Oftalmologia acompanha com firmeza os avanços proporcionados pela tecnologia, com uma verdadeira revolução na área. Só para ilustrar: o desenvolvimento de novos aparelhos e implantes oculares têm permitido que muitos pacientes tenham novamente a capacidade de enxergar.
A Oftalmologia é uma especialidade médica que estuda e trata as doenças relacionadas ao olho, à refração e aos olhos e seus anexos. Cabe ao profissional da área realizar cirurgias, prescrever tratamentos e correções para os distúrbios de visão.
Ele precisa ter uma formação de três anos, passar pelo Programa de Residência Médica em Oftalmologia pelo Sistema da Comissão Nacional de Médicos Residentes (CNRM), utilizado para o acompanhamento de processos referentes à Residência Médica. Além disso, também é obrigatório realizar o Concurso do Convênio AMB/Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
Dentre as especialidades médicas, a Pediatria representa 10,3% do total de profissionais e apresentou, em dois anos, um crescimento de mais de 10%. É a segunda maior especialidade em Medicina do Brasil, atrás apenas da Clínica Médica, com 39.234 especialistas, que obtiveram seus títulos depois de concluir os programas de Residência Médica ou de serem aprovados em exames realizados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Com as informações coletadas pela Demografia Médica 2018, realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), constatou-se que existem hoje 18,89 pediatras para cada grupo de 100 mil habitantes. Conforme levantamento feito pela SBP em 2019, há cerca de 285 mil especialistas em Pediatria no Brasil.
Com toda a certeza, os números acima atestam o grande interesse despertado nos profissionais por uma especialidade que exige muita dedicação, conhecimento e amor pelos pequenos pacientes, que são acompanhados pela adolescência e até à vida adulta.
A Pediatria é a especialidade médica dedicada à assistência à criança e ao adolescente, nos seus diversos aspectos, sejam eles preventivos ou curativos. Exige uma formação curricular de três anos, passando pelo Sistema da Comissão Nacional de Médicos Residentes (CNRM), pelo Programa de Residência Médica em Pediatria AMB e pelo Concurso do Convênio AMB/Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Conforme o estudo Demografia Médica no Brasil, divulgado em 2020, a especialidade de Cardiologia tem 17.802 profissionais titulados. Segundo os dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), revelados no ano passado, é a especialidade médica que se ocupa do diagnóstico e tratamento das doenças que acometem o coração, assim como os outros componentes do sistema circulatório.
A Cardiologia estuda o coração, os grandes vasos e as doenças relacionadas a essas estruturas, tais como Hipertensão, Insuficiência Cardíaca, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Doença Cardíaca Coronária.
A lista é extensa, incluindo uma conhecida como “Síndrome do Coração Partido“, que tem sintomas semelhantes ao infarto e é desencadeada por situações de estresse agudo emocional ou físico. Por exemplo: a morte de um parente ou amigo, a perda do emprego ou o término de uma relação amorosa.
As perspectivas de crescimento na área são bastante otimistas. Prevê-se que o especialista em Cardiologia seja cada vez mais requisitado pela população, tendo em vista os desdobramentos da pandemia da Covid-19, com vários procedimentos médicos interrompidos. Segundo a SBC, até 2040 deverá acontecer um aumento de até 250% de doenças cardiovasculares no Brasil.
Também é importante destacar que a Cardiologia permite aos médicos empreenderem em estruturas e serviços especializados, além de optarem pela Telemedicina, o atendimento virtual que ganhou ainda mais força e que se consolidou após a pandemia da Covid-19.
Além disso, verifica-se uma carência de profissionais em relação ao aumento de incidências de doenças cardiológicas diretamente ligadas ao envelhecimento da população mundial.
A área de atuação do especialista em Cardiologia é vasta e envolve a prevenção, a investigação diagnóstica e os cuidados clínicos, além de procedimentos intervencionistas e reabilitação. Sua formação dura dois anos e o profissional tem que passar, em seguida pelo CNRM: Programa de Residência Médica em Cardiologia e pelo Concurso do Convênio AMB/Sociedade Brasileira de Cardiologia.
No País, cerca de 14 milhões de pessoas apresentam algum tipo de enfermidade cardiovascular, sendo que pelo menos, 400 mil morrem por ano, número equivalente a cerca de 30% das mortes de brasileiros.
A Residência em Cardiologia não é um programa de acesso direto, uma vez que, para ingressar na Residência em Cardiologia, o profissional deverá passar pelo pré-requisito de dois anos de Clínica Médica. Ou seja, para ganhar o título de Cardiologista, deve fazer dois anos de Clínica Médica + dois anos de Cardiologia, completando uma carga horária de pelo menos 2.880 horas por ano (60h semanais).
Já os residentes que optarem por uma subespecialidade terão de passar por novo processo seletivo depois que concluírem o curso regular e cumprir mais dois anos de subespecialidade.
Por fim, é importante destacar que a distribuição da carga horária na Residência em Cardiologia varia conforme as características de cada instituição. Ela abrange a vivência em ambulatórios, interconsultas, avaliação de métodos diagnósticos e plantões em unidades de pronto atendimento, UCOs e pós-operatório de cirurgia cardíaca.
Também é preciso lembrar que, nos grandes centros, os plantões noturnos fazem parte da rotina de aprendizado dos residentes.
Com toda a certeza a Dermatologia está em alta e figura entre as principais especialidades médicas no Brasil. Apresenta um crescimento exponencial, com a indústria injetando recursos pesados para o desenvolvimento de tecnologias e procedimentos dermatológicos clínicos e estéticos.
Sem dúvida, isso é um reflexo da preocupação cada vez maior das pessoas não só com a aparência, como também com a necessidade de combater o envelhecimento precoce. Consequentemente, a área de estética tem se desenvolvido, com procedimentos complexos e de custo elevado.
Contudo, é preciso destacar que os dermatologistas também atuam no tratamento de várias enfermidades da pele, devido a vários fatores. Só para ilustrar: má alimentação, exposição intensa e em horários não recomendados ao sol e o envelhecimento precoce exigem um tratamento especial, uma vez que podem provocar danos graves na pele.
Conforme o estudo Demografia Médica no Brasil, elaborado pelo Conselho Federal de Medicina e pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, hoje existem no Brasil cerca de 6 mil dermatologistas trabalhando regularmente. O número de especialistas é de 8.317, que representa a proporção de, aproximadamente, quatro especialistas por habitante.
A Dermatologia é uma especialidade médica cuja área de conhecimento se concentra no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças e afecções relacionadas à pele, pelos, mucosas, cabelo e unhas. É também a especialidade indicada para atuação em procedimentos médicos estéticos, cirúrgicos e oncológicos.
Suas áreas de atuação definida, conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia, são: Dermatologia Clínica e Preventiva, Onicologia, Dermatologia Cosmiátrica, Dermatologia Cirúrgica e Dermatologia Oncológica.
A Dermatologia é a área especializada da Medicina que atrai muitas médicas e que é, atualmente, uma das mais concorridas no Brasil. Duas características são importantes para que o profissional possa desenvolver bem o seu trabalho: o carisma e a atenção especial à relação médico-paciente.
A formação exigida é de três anos, além do cumprimento do CNRM: Programa de Residência Médica em Dermatologia e da AMB: Concurso do Convênio AMB/Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Responsável pela reprodução da mulher e pelos cuidados com o aparelho reprodutor feminino, a Ginecologia e Obstetrícia está entre as principais especialidades médicas no Brasil, ocupando a 4ª colocação em quantidade de profissionais, atrás apenas de Clínicas Médicas, Pediatria e Cirurgia Geral, respectivamente.
Segundo os dados da Demografia Médica, publicados em 2018, existem mais de 30 mil médicos ginecologistas, sendo 56,3% médicas e 43,7% médicos. Os ginecologistas correspondem a 8% do total de médicos especialistas no País, com quase 15 profissionais ginecologistas para cada 100 mil habitantes.
Compete a este profissional cuidar da saúde do sistema reprodutor da mulher e a acompanhar no momento da gravidez. É comum começar a trabalhar em Ginecologia para, em seguida, ir migrando aos poucos para a Obstetrícia. Sua formação é de três anos, devendo cumprir o CNRM: Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia e AMB: Concurso do Convênio AMB/Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia.
A Urologia é uma especialidade cirúrgica que cuida do aparelho urinário de homens e de mulheres e do sistema reprodutor das pessoas do sexo masculino. Assim, os urologistas são capacitados para diagnosticar, tratar e acompanhar pacientes com distúrbios urológicos em consultório, acompanhar pacientes internados, realizar cirurgias e exames diagnósticos.
Tradicionalmente, tem importante papel na realização de exames preventivos e check-up para os homens. Seu trabalho é tratar dos problemas nos rins, ureteres, bexiga, uretra, próstata, adrenais, testículos, epidídimos e pênis.
Sua formação é de três anos e deve cumprir o CNRM: Programa de Residência Médica em Urologia, assim como o Concurso do Convênio AMB/Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
Para chegar ao título de especialista, deve realizar a prova formulada e aplicada pela Comissão de Seleção e Título de Especialista (CSTE), composta por urologistas titulares da SBU e que representam as diversas áreas de atuação da especialidade e as diferentes regiões do País.
Existem duas formas de obtenção do título de Especialista em Urologia da SBU atualmente: o TiSBU e o pró-Tisbu.
Obrigatoriamente, todo urologista deve ter a formação como médico, Especialização (Residência Médica) em Cirurgia Geral e Especialização (Residência Médica) em Urologia. São 11 anos de estudos que o habilitarão para tratar clinica ou cirurgicamente dos problemas de seus pacientes.
A Urologia apresenta interface com praticamente todas as especialidades médicas. Existe uma grande quantidade de enfermidades que são tratadas pelo urologista, tanto em homens quanto em mulheres, de todas as idades, como por exemplo: infecções, inflamações, tumores, cálculos, incontinência urinária, infertilidade e realização de transplante renal.
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