Como está a Medicina no mundo? Certamente, você tem absoluta consciência de que garantir assistência médica eficaz à população é um dos principais deveres do Estado. Nesse sentido, existem grandes disparidades entre os países, com seus diferentes sistemas de atendimento. Você está atualizado sobre como está sendo feito este atendimento em nosso planeta?
Para que você tenha um panorama sobre como está a Medicina no mundo, a ProDoctor Software elaborou este post. Com toda a certeza, você reforçará e atualizará seus conhecimentos. Além disso, se surpreenderá ao ver o nome de alguns países encabeçando uma lista onde a Medicina é exercida de tal maneira que é referenciada como exemplo no planeta.
A seguir, você confere os seguintes temas:
- Medicina de qualidade
- Medicina no mundo
- Medicina no Brasil
- Os 5 melhores no ranking da Medicina no mundo
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Medicina de qualidade
Exercer a Medicina não é tarefa fácil, pois exige estudo e atualização permanentes, dedicação e muito sacrifício. Nesse sentido, quando se fala em amor e sacerdócio, é preciso relembrar Hipócrates, o Pai da Medicina, cujo ensinamento número 1 é relembrado em todas as cerimônias de formatura: jamais abandonar o paciente, com o nobre compromisso de lutar arduamente para reduzir suas dores e salvar suas vidas.
Em um mundo cada vez mais complexo e que há um ano convive com os desafios da tragédia do SARS-CoV-2, a Medicina está inevitavelmente atrelada ao desenvolvimento tecnológico. Dessa maneira, procura dar aos que a ela recorrerem um atendimento de qualidade, onde sobressaem a sensibilidade e o aspecto vocacional de cada profissional.
Assim, a Slow Medicine é uma forma humanizada de exercer a profissão, estabelecendo o estreitamento na relação médico-paciente. A Medicina sem Pressa, em tradução livre, propõe um diálogo sem barreiras entre os pacientes e os profissionais da Saúde, retomando as práticas iniciais e autênticas da Medicina, tendo como um de seus pilares a Medicina Preventiva e Integrada.
Medicina no mundo
Vários critérios são analisados para se determinar a qualidade dos sistemas de Saúde espalhados no planeta. Com toda a certeza, a formação profissional é um ponto fundamental na avaliação. Entretanto, é preciso observar a forma como a população de cada país tem acesso à Medicina.
Em 2019, portanto, antes da pandemia do Coronavírus, o índice global da Bloomberg divulgou um ranking colocando a Espanha e a Itália como os ´países mais saudáveis do mundo. O topo da lista de 10 completou-se com Islândia, Japão, Suíça, Suécia, Austrália, Cingapura, Noruega e Israel.
Por outro lado, os Estados Unidos ficaram na 35ª posição, atrás de Cuba (35º), um país majoritariamente pobre, mas que sobressai no cenário mundial por ter um sistema de saúde baseado na Medicina Preventiva. A ilha do Caribe, além de ter uma das melhores faculdades de Medicina do mundo, disponibiliza para a população ótimos sistemas de assistência preventiva. Com efeito, possíveis enfermidades são detectadas ainda na fase inicial, facilitando o tratamento.
Enquanto isso, o Brasil ficou ainda mais distante, em 76º lugar, atrás dos sul-americanos Chile (33º), Uruguai (47º) e Argentina (54º).
Entre os 10 primeiros, verificou-se uma grande preocupação em dar aos cidadãos o acesso à Saúde. No caso da Espanha, além desta preocupação, destacou-se a grande quantidade de médicos especializados em atendimento familiar, além da redução recente na ocorrência de doenças cardiovasculares e mortes por câncer.
Dessa maneira, é fácil entender as enormes diferenças existentes, por exemplo, entre os gastos per capita de Inglaterra, Espanha e França e os gastos do Brasil com a Saúde.
Só para ilustrar: conforme informação da revista “Exame”, uma pesquisa realizada pelo Ibope revelou que 61% dos brasileiros consideram a Saúde como o setor mais problemático, superando a Segurança e a Educação. Na época do levantamento, o Brasil destinava aproximadamente 4% do Produto Interno Bruto (PIB) na Saúde, equivalendo a um gasto per capita de 909 dólares.
Sem dúvida, um valor bastante inferior aos 3 mil dólares destinados por França, Canadá, Inglaterra, Espanha e outros países desenvolvidos.
Medicina no Brasil
O setor de Saúde é um dos mais problemáticos no Brasil, onde a responsabilidade pela organização, elaboração e condução de planos e políticas públicas voltadas para a promoção, prevenção e assistência à população é do Ministério da Saúde.
Através do Sistema Único de Saúde (SUS), todos os cidadãos têm direito a consultas, exames, internações e tratamentos nas Unidades de Saúde vinculadas ao órgão da esfera municipal, estadual e federal, sejam públicas ou privadas.
O Brasil não está incluído entre os melhores do mundo. Todavia, o SUS oferece, gratuitamente, diversos tipos de atendimentos médicos e exames.
Com relação ao setor privado, “ele participa do SUS de forma complementar, por meio de contratos e convênios de prestação de serviço ao Estado quando as unidades públicas de assistência à saúde não são suficientes para garantir o atendimento a toda população de uma determinada região”.
Há um grande paradoxo no atendimento médico no Brasil. Sem dúvida, nos grandes hospitais do País pratica-se a Medicina do Primeiro Mundo, com os pacientes recebendo tratamento com o amparo de uma Medicina que acompanha passo a passo toda evolução tecnológica.
Só para exemplificar: as cirurgias robóticas, que entraram definitivamente no “cardápio” dos hospitais de ponta em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, os transplantes de alta complexidade e a utilização de células-tronco.
Por outro lado, a população desassistida permanece como vítima de doenças relacionadas com a pobreza. Em outras palavras: os médicos lutam contra a desnutrição e as parasitoses, sempre sob condições adversas em postos e unidades de saúde onde faltam não apenas medicamentos, como também infraestrutura para desenvolver o trabalho.
Com a pandemia do Coronavírus, todas as dificuldades e mazelas ficaram mais expostas, conforme a mídia revela diariamente. Ou seja, o Poder Público deixa muito a desejar em termos de atendimento na periferia das cidades e nas pequenas comunidades. Certamente, um cenário triste e que coloca à prova o amor do profissional pela Medicina.
Os 5 melhores no ranking da Medicina no mundo
Ao longo dos últimos anos, alguns países têm se mantido entre os principais em termos específicos de assistência médica no mundo. Surpreendentemente, a liderança ficou com Taiwan, país asiático onde foi desenvolvido – e popularizado – um sistema de cartões inteligentes, que armazenam todo o histórico médico dos cidadãos desde o nascimento. Desse modo, os médicos conseguem diagnosticar com maior rapidez possíveis problemas de saúde.
Mesmo que arque com a cobertura da assistência médica para toda a população, o governo ainda consegue diminuir custos. O sistema baseia-se em impostos sobre emprego. Por consequência, aos idosos e aqueles que não podem pagar o sistema, são concedidos subsídios.
Em segundo lugar, aparece a Suíça, que desde 1994 disponibiliza para seus cidadãos um sistema universal de saúde. Claro, trata-se de um país rico e com um sistema privado e caro, mas que funciona muito bem, com os pacientes podendo optar pelo plano que considerar ideal. Por outro lado, quem não pode pagar, recebe subsídios do governo.
Logo depois, surge a China. Curioso que nem sempre foi assim, mas agora sua assistência médica é considerada de Primeiro Mundo. O governo garante plano de saúde para pelo menos 90% da população. A mudança foi sentida após a reforma no setor, com investimento de US$ 124 bilhões para assistência médica.
O número 4 da lista é o Canadá, onde o profissional da Medicina recebe pelo governo, mas não é funcionário público. Não existe competição entre o sistema público e o privado, pois a maioria dos atendimentos financiados pelo sistema é oferecida na iniciativa privada, sendo financiado através das rendas e dos impostos pagos pela população. Os hospitais e os médicos são privados e, embora a assistência tenha um alto custo, o atendimento está entre os melhores do mundo. Ainda assim, os custos ficam abaixo de outros países, como por exemplo, os Estados Unidos.
Na quinta posição foi apontado o Reino Unido, que gasta 8,2% do Produto Interno Bruto (PIB) na área de Saúde. O sistema foi criado logo após o fim da Segunda Guerra Mundial e verifica-se uma estreita relação entre médico e paciente, uma vez que o profissional tende a estar no mesmo bairro onde mora o enfermo. Compete ao governo manter os hospitais em plena atividade, além de ser responsável pelo pagamento da assistência médica da população.
Contudo, existem algumas ressalvas. Por exemplo: quando um paciente procura assistência, todas as despesas no posto médico estão pagas, exceto os medicamentos que forem prescritos. Além disso, a utilização dos serviços tem o limite de US$ 45 mil. Com um detalhe, ainda: para utilizar os US$ 45 mil é necessário ter aprovação do Instituto Nacional para Saúde e Excelência Clínica.
Alemanha, França, Japão, Itália e Cuba, pela ordem, completam o Top 10 dos sistemas de saúde no mundo.
Resumo
Hipócrates, Galeno, Avicena, Ambroise Paré, Fleming. São vários nomes honrando, dignificando e elevando o nome da Medicina ao longo dos tempos. Mesmo com todas as dificuldades, em maiores ou menores graus, a Medicina no Mundo continua sendo exercida por profissionais que levam adiante o juramento de “não abandonar o paciente”.
Assim, com seu conhecimento científico, a vocação que corre nas veias e o amor no coração, cada profissional não se dá por vendido, lutando até onde pode para salvaguardar a vida humana.