Os dados acerca do Coronavírus publicados neste post foram colhidos na data da publicação e, portanto, podem variar conforme o tempo.
Com o mundo inteiro vivendo uma grande pandemia do Novo Coronavírus, várias perguntas surgem acerca da contaminação, do tratamento e, principalmente, da cura para a doença. Por isso, a ProDoctor irá te explicar tudo sobre o COVID-19, para que você se mantenha informado e longe das informações falsas que circulam pela internet.
Neste post, você vai encontrar:
Diferente do que muitos pensam, o nome Coronavírus remete a uma família vasta de vírus, que são bem comuns. Denominados pela sigla CoV, os principais são os Alpha (229E e NL63) e os Beta (OC43 e HKU1). Cada um deles, por sua vez, possui uma particularidade e pode infectar tanto seres humanos quanto animais.
Muito provavelmente, você já teve algum coronavírus no passado. Mas, por ser leve e comum, somente lhe causou sintomas de um simples resfriado.
Os sintomas mais presentes da família coronavírus são relacionados ao sistema respiratório. Eles podem variar desde simples resfriados até síndromes agudas que podem ocasionar a morte. Vale lembrar que estes sintomas podem variar não só com vírus ao qual a pessoa ou animal está contaminado, como também pela intensidade da doença no corpo do indivíduo.
Descobertos nos anos 60, os CoV receberam o nome de coronavírus por conta do seu formato microscópico, semelhante ao de uma coroa. Ocasionalmente, estes vírus podem sofrer mutações que causam sintomas mais fortes, como é o caso do COVID-19, que se tornou uma pandemia mundial.
Ao longo do tempo, algumas mutações da doença merecem certa atenção por conta dos surtos que ocasionaram a morte de milhares de pessoas, como a SARS e a MERS.
O surto de SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome) teve seus primeiros relatos em 2002, inicialmente na China, e foi responsável pela contaminação de pouco mais de 8 mil pessoas, espalhadas por 29 países. Por sua vez, a letalidade da SARS gira em torno de 15%, sendo menos de 1% nas pessoas com até 24 anos e mais de 50% nos idosos acima de 65 anos.
A MERS (Middle East Respiratory Syndrome) recebeu este nome por conta de sua localização. O primeiro caso da doença ocorreu na Arábia Saudita, em 2012, e infectou pessoas no Oriente Médio, África e Europa. Mais letal que a SARS, o índice de mortalidade da MERS é de aproximadamente 30%.
O COVID-19, uma das mutações recentes do Coronavírus, é o grande responsável pelo surto que se espalhou pelo mundo. Anunciado oficialmente no último dia de 2019, sua origem veio da província de Wuhan, na China.
Acredita-se que o vírus, presente no trato respiratório dos morcegos, sofreu mutações para se hospedar no corpo humano.
Os sintomas do COVID-19 podem variar. Porém, os mais comuns são febre, cansaço e tosse seca. Em alguns casos, é possível ainda que o paciente apresente dores, congestão e corrimento nasal, dor de garganta e diarreia.
Ainda que esteja se espalhando de forma abrangente em todo o mundo, cerca de 80% dos infectados se cura do Novo Coronavírus sem precisar de qualquer tipo de tratamento. Por outro lado, 1/6 dos infectados apresentam fortes sintomas, sendo a falta de ar o principal deles.
Os mais vulneráveis ao vírus são os idosos e as pessoas que apresentam problemas cardíacos, respiratórios e diabetes. Portanto, compõem o grupo de risco da doença.
Até o último domingo, o número global de mortes por coronavírus chegou a 164 mil pessoas. São mais de 2,4 milhões de casos em todo o mundo. Estes são os países com o maior número de casos:
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem, até esta segunda-feira (20), 2.575 mortes e 40.581 casos de coronavírus. O balanço divulgado hoje apontou 113 óbitos a mais que o total do dia anterior. A Taxa de Letalidade é de 6,3%.
Apesar de ter uma taxa de óbitos menor do que países com mais casos, como por exemplo, a Itália e Espanha, é preciso atenção e planejamento para que o aumento do número de infectados seja controlado.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Novo Coronavírus se espalha pelo ar. O indivíduo pode se contaminar com a doença através do contato próximo com outras pessoas, em duas principais possibilidades:
A pessoa infectada expele gotículas de fluidos corporais pela boca ou nariz, no ato de falar, tossir ou respirar. Essas gotículas contendo o vírus entram pela via respiratória de outra pessoa que esteja próxima, contaminando-a.
As gotículas expelidas por alguém com o vírus se instalam em alguma superfície. Posteriormente, outra pessoa entra em contato com o vírus alocado na superfície e logo em seguida toca o próprio olho, nariz ou boca.
É importante lembrar que o COVID-19 pode ficar suspenso no ar por um período de até três horas, de acordo com um estudo publicado na revista inglesa “New England Journal of Medicine”.
Além disso, a OMS recomenda que todas as pessoas mantenham aproximadamente um metro de distância uma das outras, a fim de evitar a troca de fluidos corporais umas com as outras.
A principal forma de se prevenir contra o Coronavírus é respeitando o isolamento horizontal, recomendado pelo Ministério da Saúde. Esta forma de isolamento abrange toda a sociedade, para que todos se mantenham em casa e evitem contato uns com os outros. Dessa forma, a curva de ascensão da pandemia é mais baixa.
Existe também o isolamento vertical, onde apenas alguns grupos etários, como os idosos, por exemplo, precisam se isolar. Esta forma, portanto, se mostra ineficaz, uma vez que lares com pessoas de diferentes faixas etárias podem transmitir a doença uns para os outros, mesmo que somente os mais velhos permaneçam em casa.
Além disso, existem ainda os pacientes assintomáticos. O organismo de algumas pessoas possui a capacidade de se infectar com o vírus, porém sem apresentar qualquer tipo de sintoma. Ainda assim, elas são capazes de transmitir a doença para outros indivíduos à sua volta.
Estas são algumas dicas para se prevenir contra o Coronavírus:
Ainda não foi encontrada a cura para o COVID-19. Por outro lado, o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina podem ser a chave para acabar com a doença, conforme defendem alguns cientistas.
A cloroquina é um medicamento antigo e costuma ser utilizado no tratamento da Malária. Já a substância derivada, a hidroxicloroquina, serve para o tratamento de doenças autoimunes, como a Artrite Reumatoide e o Lúpus. Vendidos comercialmente como Reuquinol, eles também já foram utilizados para o tratamento no surto da SARS.
Outra substância que se mostrou promissora na possível cura foi o remdesivir. Todavia, a OMS descartou sua eficácia em um estudo divulgado em meados de março.
Acerca do uso destes medicamentos para o tratamento do Coronavírus, a OMS afirmou que, apesar de ter funcionado em alguns casos, sua eficácia não é comprovada como um tratamento efetivo para a doença. Para que isso ocorra, é necessário que sejam feitos estudos e testes.
De acordo com a Universidade Johns Hopkins, o número total de casos confirmados até hoje, em todo o planeta, é de 2.463.357. No entanto, o número de mortes já ultrapassa 170 mil.
No gráfico abaixo, é possível ver a evolução do Coronavírus nas primeiras cinco semanas em cada país, comparados com o Brasil.
*O Novo Coronavírus foi anunciado pela primeira vez em 31/12/2019. Contudo, o primeiro número de confirmados na China ocorreu apenas no 23º dia.
Como é possível perceber no gráfico, as primeiras semanas da doença em cada país tiveram uma curva menos acentuada em relação ao Brasil. Atualmente, todos estes países possuem um maior número de contaminados.
Segundo estudos que incluem cientistas da PUC, Fiocruz e Instituto D’or, o pico do Coronavírus no Brasil deve ocorrer entre 25 e 30 de abril. Os responsáveis pelos estudos da doença no País concluem, ainda, que antes do isolamento social, a previsão era mais pessimista.
Em contrapartida, é possível que a subnotificação possa esconder a real situação do Brasil, uma vez que muitos casos não estão sendo registrados pela falta de testes e de equipamentos adequados para o diagnóstico correto de todos os possíveis infectados.
Em dados gerais, os pesquisadores informaram que entre os dias 21 e 22 de março, o número de casos confirmados configurou um cenário pessimista. Já nos dias 23 e 24, a situação se mostrou mais moderada. Por fim, entre os dias 25 e 30, as confirmações de novos casos deixaram um quadro otimista.