No quarto episódio da série Residentes 1, apresentado na noite de ontem, 24, pelo programa “Fantástico”, na Rede Globo, os médicos recém-formados participaram ativamente da história de vida de seus pacientes. Além de, mais uma vez, encararem sem medo e com inteligência os desafios propostos.
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Veja também:
1º episódio de ‘Residentes 1’
2º episódio de ‘Residentes 1’
3º episódio de ‘Residentes 1’
5º episódio de ‘Residentes 1’
O que aconteceu no 4º episódio de ‘Residentes 1’
Dra. Renata Kopf
Em seu primeiro ano na Faculdade de Medicina, a jovem Dra. Renata Kopf, hoje R1 em Ginecologia e Obstetrícia, desmaiou quando viu um cadáver na primeira aula de Anatomia. No episódio de ontem, ela foi incumbida de acalmar uma mulher que desejava ter um parto normal, sem cirurgia, no Instituto Central da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A paciente Marcela disse que desde muito nova acalentou o sonho da maternidade, preparando-se durante toda essa gestação para receber a Marina. Segundo Renata, o desejo de mãe conta muito no momento e uma fisioterapeuta também auxiliou nos exercícios para que tudo transcorresse normalmente. Entretanto, passaram-se mais de 24 horas e, diante das dificuldades, a futura mãe foi comunicada de que teriam que fazer a cesariana.
Renata deu a notícia e perguntou a Marcela se concordava. A R1 foi imediatamente convocada para realizar a cirurgia. Mesmo nunca tendo operado, encarou o desafio e, após o sucesso, foram delas as palavras de boas-vindas ao mundo para a pequena Marina. A R1 acredita que a magia desse momento fará parte para sempre desta família: “Eu acho que por um bom tempo eles se lembram muito do médico que fez o parto, talvez pelo resto da vida. E é muito legal fazer parte disso”.
Dr. Alan Barbosa
O R1 em Cirurgia Geral, Dr. Alan Barbosa, estava tranquilo e mergulhado em saudosos pensamentos com seus familiares e amigos. De repente, foi chamado às pressas para se apresentar no Centro Cirúrgico do Hospital Municipal M’Boi Mirim, na periferia de São Paulo. O surgimento de um paciente grave com apendicite o deixou um pouco tenso, conforme admitiu depois. Segundo ele, “o R1 passa por muitas situações pela primeira vez. Parece que vai ser fácil, mas não é”, conforme a apendicite em questão, que não era tão simples assim. A médica plantonista Camila Marcato foi fundamental para que ele desempenhasse bem a missão que lhe fora confiada: encontrar o apêndice para retirá-lo, mas só conseguiu fazer o corte com a ajuda da médica, que destacou: “Tem que treinar, treinar, treinar. Quando termina, tem que estar cem por cento”.
Alan estava cônscio de que na apendicite as dores são fortes e podem fugir ao controle a qualquer momento se não for operado rapidamente, podendo o paciente até morrer. Ele revelou que tinha lido a técnica, conforme solicitação da chefe, e guardara na mente os passos a serem dados. Entretanto, ressaltou que “a prática é diferente”. “Agora é a hora que o R1 brilha. Tem que achar o apêndice”, disse a Dra. Camila. Durante o processo, ele teve dificuldade para encontrar o apêndice, mas após a ajuda da médica fez o corte e em seguida realizou a costura do paciente.
Dra. Virgínia Moreira Braga
Antes de receber uma visita de surpresa, Dra. Virgínia Moreira Braga, R1 em Oncologia no Hospital da Beneficência Portuguesa (SP) participou de uma apresentação sobre hipotiroidismo e outras palavras de um vocabulário muito particular de quem exerce a Medicina há alguns anos. “Você entra naquele mundo novo, com termos novos e com aquelas pessoas que sabem tudo e você é o ‘Patinho Feio’ da história”, afirmou. Não podia se enrolar e sobreviveu à experiência.
Logo depois, recebeu uma visita especial: sua mãe, que fora mostrar seus últimos exames para análise do Dr. Fábio, que a salvou de um câncer. Tempos difíceis aqueles, quando a jovem então decidiu que se tornaria médica, vindo a ser aluna do Dr. Fábio. O receio desapareceu quando se confirmou que tudo estava bem com sua mãe. Mas, em sua jornada de trabalho, recebeu uma paciente que há 15 dias fora informada de que estava com um tumor no intestino. Foi um susto muito grande para a jovem, que logo imaginou ser aquela a sentença definitiva, com a possibilidade do óbito a deixando com muito medo por causa do futuro de seu filho.
Teria que ser operada ainda no final daquela tarde, guardando consigo o receio da dúvida de se abrir e ter mais alguma coisa. “Vai ser um sucesso!”, garantiu Virginia. Não tinha “mais alguma coisa”. Operada, seu estado de saúde foi considerado fora de perigo. A cena final do episódio mostrou, dias depois, a R1 recebendo flores de sua paciente. “Adorei, foi uma surpresa muito boa”, comemorou Virginia, abraçada à sua feliz paciente.