A cada dia é reafirmado o crescimento da área de E-Saúde, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) define como o uso de tecnologias de comunicação e informação para a saúde. Já a Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) considera o eHealth como qualquer aplicação de Internet, utilizada em conjunto com outras Tecnologias de Informação, tendo como objetivo central melhorar o acesso e procurar otimizar a eficiência, a efetividade e a qualidade dos processos clínicos e assistenciais necessários para o pleno funcionamento de toda a cadeia prestadora de serviços de saúde. Com inúmeros benefícios, tanto para os médicos, enfermeiros e profissionais da área médica quanto para os pacientes.
As múltiplas dimensões de E-Saúde englobam um conjunto de ferramentas e serviços que viabilizam o atendimento de forma integrada e através da Internet. As principais são: Electronic Health Records (Prontuário Digital), Hospital Information Systems (Gestão Hospitalar), National Electronic Registries (Registro Nacional de Saúde), National Drug Registries (Controle Nacional de Medicamentos), Decision Support Systems (Suporte a Tomada de Decisão), Community Health Management (Gestão da Comunidades de Saúde), Telehealth (Telessaude), entre tantos outros.
As Tecnologias de Informação e Comunicação cresceram muito e continuam se expandindo de forma vertiginosa, prenunciado que o setor de saúde seguirá seus passos com iguais velocidade e dinâmica. As TIC têm a possibilidade de reduzirem os custos e melhorarem a eficiência dos serviços, além de serem capazes de atingir maiores grupos populacionais e profissionais. E-Saúde é uma realidade sem volta e com perspectiva de desenvolvimento acentuado, melhorando cada vez mais o fluxo de informação, através de meios eletrônicos, e aprimorando a prestação de serviços e a coordenação dos sistemas de saúde.
Além de trabalhar na propagação de campanhas de saúde através de sites, blogs e redes sociais, principalmente para prevenir enfermidades como câncer, AIDS, ou doenças cardiovasculares, o médico pode desempenhar importante papel esclarecendo a população acerca de boatos alarmistas e notícias falsas.
Outro ponto importante é a utilização de aplicativos nos dispositivos móveis, que não só ampliam a assistência, facilitando o acesso dos pacientes aos médicos e provedores de saúde, mas também diminuem os custos operacionais e evitam desperdício de recursos. Estas soluções de saúde oferecidas via smartphone são úteis para o controle de doenças infecciosas ou endêmicas, tais como a dengue, principalmente por conseguir atingir locais remotos. A Medicina Móvel (m-Health), que está inserida neste conceito mais amplo, revela toda sua eficácia no treinamento de médicos e na busca do bem-estar da população.
Com a Telemedicina, o monitoramento remoto dos enfermos (Por exemplo: aqueles que apresentam diabetes, hipertensão, insuficiência cardíaca e DPOC, permitindo ainda o rastreamento de pacientes com esclerose múltipla.) ganhou maior agilidade ao colocar médicos e pacientes online, além de apresentar redução dos custos hospitalares e agilização do sistema de saúde. Economia que apresenta reflexos com a melhoria no atendimento.
O prontuário eletrônico, com isso, ganhou importância maior do que simplesmente eliminar a papelada. Agora, a maior colaboração entre equipes de profissionais é uma realidade, pois vários médicos podem acessar dados críticos em segundos para o tratamento do paciente, ainda que estejam em regiões diferentes e distantes.
O armazenamento de dados em massa (Big Data) possibilita que se estabeleça o cruzamento de informações sobre vários pacientes. Ao disponibilizar esse banco de dados de evidências clínicas, o médico poderá optar por melhores tratamentos, comparando aqueles que oferecem respostas ideais para indivíduos com o mesmo perfil.
O compartilhamento de informações com os profissionais tem comprovado a eficácia das redes sociais nesse processo. Um dos exemplos é a experiência #StopErroresDeMedicación, lançada em 2013 pelo Twitter e Facebook, chamando a atenção para a comercialização de medicamentos, mas sob diferentes marcas ou recipientes semelhantes. Uma prática usual em laboratórios devido à redução de custos, o que muitas vezes leva à confusão não só entre os pacientes, mas até mesmo entre os médicos.
As redes sociais profissionais, como LinkedIn ou de saúde específico, como Saluspot e o aplicativo Medscape, possibilitam uma interação direta via canal de mensagens privadas com os médicos de diferentes regiões ou países. Assim, os profissionais podem interagir online, compartilhando conhecimento e obtendo aconselhamento. Poderão deixar sua marca como médico ao trocar experiências, ajudando a resolver as dúvidas dos pacientes e interagindo com colegas. Ao gerar confiança, com certeza darão um passo importante para atrair novos pacientes.