Uma das mais aclamadas séries médicas, “House” foi concebida por David Shore e sua vitoriosa e longa temporada nos Estados Unidos foi transmitida pela Fox de 16 de novembro de 2004 a 21 de maio de 2012. A trama tem como palco o fictício Princeton-Plainsboro Teaching Hospital, em Princeton, estado de New Jersey. Muito do seu sucesso se deve à figura do ator inglês Hugh Laurie, na pele do infectologista e nefrologista Dr. Gregory House, famoso não apenas pelos seus diagnósticos, considerados brilhantes e com raciocínio diferenciado. A velocidade e a destreza de seus diagnósticos são impressionantes.
O personagem ficou marcado também pelo mau humor e pelo ceticismo, além do comportamento anti social, seguindo a filosofia de que não há qualquer necessidade em interagir com seus pacientes. Esnobe, sarcástico, irreverente e arrogante, porém brilhante. O polêmico Dr. House recusa o jaleco convencional por achar que não combina com sua imagem e não confia em ninguém, tampouco nos seus pacientes. Duas frases são recorrentes nos episódios: “Toda a gente mente. Todo mundo mente” (Everybody lies) e “Os sintomas nunca mentem” (The symptoms never lie). Mas, conforme seus critérios, ele garante ter montado uma equipe com os melhores médicos e, a partir daí, assume a empreitada de ir até o fim para diagnosticar pacientes com doenças e sintomas diferenciados. Então, se torna um dos melhores no campo da Medicina Diagnóstica, resolvendo o mistério das enfermidades que outros hospitais não descobriram, além das situações de urgência de Plainsboro.
Dr. House trava várias discussões com o Dr. Eric Foreman, que o considera convencido e manipulador. Ao contrário do Dr. House, a Dra. Allison Cameron se envolve com os pacientes durante o tratamento. Já o Dr. Robert Chase é rotulado pelos colegas e pelo próprio Dr. House um “puxa-saco”, pois sempre concorda com ele e aceita suas ideias. Por outro lado, a diretora do hospital, Dra. Lisa Cuddy, não corrobora com as controversas teorias de House e, muitas vezes, bloqueia as autorizações para as suas práticas, principalmente quando envolvem altos riscos. Às vezes, até mesmo por questões éticas. Porém, o astuto Dr. House consegue contrariar a Dra. Cuddy se valendo de artifícios pouco ortodoxos, como chantagem e apostas. Cuddy, a sua chefe, é amiga de House desde os tempos da faculdade. Apesar do seu relacionamento ser temperado de ciúmes, segredos, situações engraçadas e desrespeito por parte dele, existe sempre um companheirismo muito grande quando se trata da reitora proteger o médico em casos mais complicados.
Nas horas vagas, Dr. House conversa longamente com o Dr. Wilson, a quem recorre, com sua lábia e argumentos falaciosos, para atingir algum objetivo. Também gosta de música clássica ou comercial, assistir a novelas sobre casos medicinais, jogos eletrônicos e tocar guitarra eléctrica. Constantemente, Dr. House é visto ingerindo Vicodin, medicamento para controlar as dores pós-operatórias a que a sua perna direita se submeteu anos antes e que o obriga a andar com uma bengala. Ele até admite estar viciado, mas não considera isto um problema. Quando não tem acesso ao medicamento, recorre a outros narcóticos, como oxicodona ou morfina.