Comemorou-se ontem o Dia Nacional de Prevenção à Alergia, data que marca o início de uma intensa campanha para conscientizar a população acerca dos vários tipos de alergia, desde as alimentares até as respiratórias. Também tem como objetivo alertar sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento de cada tipo de alergia, principalmente com a aproximação do inverno.
Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 35% dos brasileiros são vítimas de algum tipo de alergia, que é uma resposta do sistema de defesa do organismo a agentes nocivos, como bactérias e vírus. Segundo a World Allergy Organization (WAO), as doenças alérgicas afetam de 30% a 40% da população mundial, sendo que as mais comuns são a rinite e a asma, que respondem por cerca de 10% a 20% da população; além de 80% das pessoas com asma apresentarem rinite alérgica.
O fator que mais contribui para a ocorrência de rinite alérgica é a predisposição familiar, mas a classe médica revela preocupação com o crescimento do índice de poluição nas grandes cidades. Outras causas importantes são as substâncias químicas, como os perfumes, as tintas, os produtos de limpeza e os inseticidas, ácaros e pelos de animais domésticos, que podem irritar as vias aéreas, agravar a inflamação e os sintomas que, via de regra, são os espirros, o corrimento nasal semelhante à coriza, coceira e obstrução nasal.
Reações
A alergia a medicamentos pode provocar reações diversas no corpo e até provocar a morte de um indivíduo. Até mesmo algum produto ou substância que a pessoa esteja acostumada pode provocar alergia de uma hora para outra.
Cerca de 16 milhões de pessoas no Brasil apresentam reação alérgica a algum tipo de remédio, sendo os anti-inflamatórios não esteroidais os maiores responsáveis pelas reações mais frequentes. Também em destaque, mas em menor número, aparecem os antibióticos. A reação mais grave apresentada por um alérgico é a anafilaxia, que pode acontecer durante os procedimentos com medicamentos anestésicos.
Aplicativos para alergistas e alérgicos
Allergo – Alergia Alimentar
Este app foi desenvolvido para permitir às pessoas vitimadas pela alergia o acesso às informações sobre alérgenos em qualquer lugar. A ferramenta foi disponibilizada por categorias de forma bem objetiva, facilitando a rotina do usuário. Para manter a lista atualizada, o software permite que os alérgicos contribuam efetivamente através de uma grande rede. Com o dinamismo das informações centralizadas no SAC, os usuários comentam e indicam produtos destinados a combater a alergia.
Em 2015, o Allergo foi premiado no Concurso INOVApps, realizado pelo Ministério da Ciência Tecnologia Inovações e Comunicações (MCTIC), que tem como objetivo fomentar nacionalmente a produção e a promoção de novos aplicativos e jogos eletrônicos.
Disponível para Android.
Alergia a Medicamentos
Ele é bastante útil e fácil de ser utilizado, tanto pelos médicos quanto pelos pacientes, dizendo a quais remédios o usuário é alérgico. Nele, as pessoas afetadas pela alergia podem registrar os remédios e princípios ativos aos quais é alérgico. Assim, quando for à farmácia comprar determinado remédio, basta digitar o nome do produto que o aplicativo mostra o resultado, recomendando ou não sua utilização. Em até 30 segundos, indicará outros medicamentos que têm a mesma substância e que também podem provocar alergia.
Além disso, o Alergia a Medicamentos dispõe de um espaço para registrar o nome do seu médico, com ligação automática, caso haja alguma emergência, além do telefone do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O app também é útil para os médicos, sejam especialistas ou não, pois no momento da prescrição poderão pesquisar para cada paciente quais medicações oferecem ou não perigo.
Disponível para Android.
PO-SCORAD
O PO-SCORAD, concebido European Task Force on Atopic Dermatitis em 2011, tem como meta auxiliar os pacientes na realização de autoavaliações da dermatite atópica, a inflamação crônica na pele. O aplicativo disponibiliza versões para peles brancas, asiáticas e negras, permitindo identificar o nível de severidade da irritação a partir de uma pontuação tabelada. O nome deriva do termo Patient Oriented SCORAD e, segundo o alergista Diener Frozi, funciona “como uma avaliação da gravidade do eczema, realizada pelo próprio paciente, a partir das indicações do médico”. O app possibilita ainda fazer fotos das lesões nos intervalos entre as consultas.