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Dia Mundial de Prevenção do Suicídio

Dia Mundial de Prevenção do Suicídio

Um silêncio respeitoso acompanha o desconforto e o receio de se falar a respeito, mas hoje, 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, os sinais de alerta soam mais fortes como um grito de que é possível prevenir a fatalidade.

A triste decisão de uma pessoa atentar contra a própria vida é mais comum do que se imagina em todo o mundo e as estatísticas revelam que o suicídio acomete mais de 800 mil pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). É a segunda causa de morte no planeta entre jovens de 15 a 29 anos — a primeira é a violência.

Suicídio no Brasil

De acordo com o Ministério da Saúde, o suicídio aumentou gradativamente no Brasil entre 2000 e 2016: foi de 6.780 para 11.736, uma alta de 73% nesse período e as maiores taxas de crescimento foram registradas entre jovens e idosos. Em 2015, ele foi a quarta causa de morte nessa mesma faixa etária, ficando atrás de violência e acidente de trânsito.

O maior índice de suicídio está entre os homens (79%), mas a maior incidência de tentativa de suicídio está entre as mulheres.

Embora o transtorno psiquiátrico seja condição necessária, não é suficiente para o comportamento suicida. Dados recolhidos em todo o mundo apontam que 90% dos casos de suicídio poderiam ser evitados. Além disso, um melhor acolhimento nos serviços de saúde poderia ajudar muito mais.

Prevenção do Suicídio

1 – Diretrizes

Em 2006, o Ministério da Saúde criou as Diretrizes Nacionais para a Prevenção do Suicídio, através da Portaria nº 1.876, abordando a implantação “em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de gestão”.  Alguns pontos prescritos no artigo 2º:

  • I – desenvolver estratégias de promoção de qualidade de vida, de educação, de proteção e de recuperação da saúde e de prevenção de danos;
  • II – desenvolver estratégias de informação, de comunicação e de sensibilização da sociedade de que o suicídio é um problema de saúde pública que pode ser prevenido;
  • III – organizar linha de cuidados integrais (promoção, prevenção, tratamento e recuperação) em todos os níveis de atenção, garantindo o acesso às diferentes modalidades terapêuticas.

2 – Campanhas

Através das redes sociais, o CFM e a ABP lançaram a Campanha Nacional de Prevenção ao Suicídio, com as entidades solicitando aos médicos e à sociedade para postarem fotos com destaque à cor amarela, marcando com a hastag #AcreditoNaVida. O objetivo do CFM e da ABP é sensibilizar todos para a importância e gravidade do tema, simbolizando o compromisso com a vida, uma vez que a cor amarela significa vida, luz, alegria, um contraponto simbólico ideal do problema.

ABP e CFM consideram que inexiste uma política de atenção, com infraestrutura e recursos humanos suficientes, para ajudar quem sobre com stress, depressão e esquizofrenia, transtornos que podem levar ao desejo suicida.

3 – Cartilha

Em 2014, o Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria firmaram parceria para combater os altos índices de suicídio no Brasil e lançaram o manualSuicídio: Informando para Prevenir”, com um estudo acerca do comportamento suicida do brasileiro ao longo da vida, considerando-se um habitante a cada 100. Das 17 pessoas que pensam a respeito, cinco planejam, três tentam efetivamente e uma chega ao autoextermínio.

O objetivo é orientar os médicos e profissionais da área de saúde em casos de tentativa de suicídio ou para identificarem possíveis casos em seus pacientes. O manual fala sobre como abordar um paciente, explica de que forma as doenças mentais podem estar relacionadas ao suicídio, os fatores psicossociais e contém dados atualizados sobre o tema.

 

4 – Facebook

Nas redes sociais, o Facebook, em parceria com o Centro de Valorização da Vida, lançou em junho passado uma ferramenta, com dicas simples, que atuam como prevenção e podem salvar uma vida. Caso um usuário perceba que outro está, por meio de postagens, manifestando ideação suicida, poderá acionar o Facebook e receber noções de que tipo de apoio poderá dar a quem está em sofrimento. Além disso, a vítima também pode contar com uma ajuda on-line, sem necessidade de se identificar.

5 – Jogos

Na Fiocruz, um jogo web também soma-se à luta pela prevenção. Trata-se do Depression Rescue (nome provisório), criado pelo Núcleo de Jogos Digitais do Multimeios do Icict/Fiocruz, que enfoca a questão da depressão, um dos principais gatilhos da ideação suicida.

Seu objetivo é identificar as pessoas com transtorno de espectro depressivo e tentar aproximá-las de uma rede de amigos para que recebam suporte e possam ser encaminhadas a um profissional de saúde. Cada “partida” dura apenas dois minutos e ganha quem consegue ajudar o maior número de pessoas. Ainda em fase de testes finais, já pode ser acessado e está disponível para as plataformas PC e MAC, mas ainda sem previsão de ser lançado em tablet ou celular.

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