O Dia Mundial da Luta Contra a Aids é comemorado hoje, 1, e continua marcando a intensificação de ações com os objetivos de estabelecer o entrelaçamento de comunicação, promover a troca de informações e experiências e ainda criar um espírito de tolerância social de combate do vírus.
Em 2018, a campanha de prevenção contra a Aids realiza 30 anos. Com ela, é possível promover a mobilização no Brasil e em todo o planeta contribuindo para a edificação de uma ação durável contra a enfermidade. Embora ainda sem cura, ao contrário de décadas passadas, a doença é hoje perfeitamente tratável através de medicamentos, permitindo aos pacientes uma vida sociável e de características comuns.
Muito além do estigma passado que sempre pairou sobre prostitutas, homossexuais e drogados, a Aids é uma ameaça real para qualquer indíviduo que não se preserva. A maior forma de prevenção contra a doença ainda é o uso de preservativos (camisinha) durante as relações sexuais.
No dia 27 de outubro de 1998, a Assembléia Geral da ONU e a Organização Mundial de saúde fundaram o dia de combate ao vírus HIV – causador da Aids. Para marcar a data e enfatizar as lutas e conquistas nos avanços contra o HIV em esfera global, o Ministério da saúde cobrirá a esplanada dos minstérios com mosaicos formando colchas de retalhos (quilt). A prática relembra a década de 80 que idealizou conceitos para lembrar as vítimas da Aids. Na promoção da campanha, confira o vídeo produzido na busca fortalecimento da causa: #DiaMundial30Anos
No Brasil apesar dos procedimentos avançados no combate a doença, ela ainda é uma realidade. Segundo dados do Ministério da saúde, 75% das pessoas vivem com o vírus e possui consciência do estado sorológico. Previsto pela ONU, a meta para o conhecimento da tal é para 2020 e que ate lá atinja a 90% e que dessas estastíscas as pessoas possam receber tratamento e se tornem indectáveis – estado em que a pessoa não transmite o vírus e consegue manter melhoras qualidades sem manifestar os sintomas.
De acordo com o mesmo ministério, 92% das pessoas que já estão em tratamento já atingiram o estado de indetectáveis. A conquista se deve ao fortalecimento das ações promovidas, por meio do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, Aids e das Hepatites Virais (DIHAV) que oferece os melhores tratamentos disponivéis. Em exemplo das ações de luta contra a disfunção, ressaltamos a incorporação de dolutegravir – medicamento de primeira linha para tratar os infectados.
Dos dias 23 a 27 de julho aconteceu em Amsterdã – Holanda, a 22ª Conferência Internacional de Aids (AIDS 2018) a maior e mais importante fórum global sobre a epidemia. Realizada a cada dois anos, o evento mobiliza pesquisadores, ativistas, cientistas, jornalistas e profissionais de todo o mundo para apresentar os resultados eficazes da área.
A edição deste ano trouxe como tema “Quebrando barreiras, construindo pontes”, um chamado para a prevenção mundial contra o HIV. O Brasil foi destaque em nove sessões e 12 trabalhos científicos, além de estandes e exposições fotográficas sobre o projeto de prevenção Combinada com jovens. Para saber mais, acompanhe o que aconteceu no congresso pelo site Aids2018.gov e a participação brasileira pelas redes sociais – ISTAAIDSHV.
Na Aids 2018, algumas personalidades influentes em todo o mundo confirmaram presença. Elton John, príncipe Harry e Charlize Theron estiveram presentes na 22ª edição da conferência. Preocupados com o vírus que afeta mais 37 milhões de pessoas em todo o planeta, os influenciadores contribuiram para favorecer a arrecadação de fundos na luta contra a doença.
Na cerimônia de abertura, a ganhadora do festival Eurovisão da canção de 2014, Conchita Wurst, que se declarou soropositiva em abril deste ano e seguia um tratamento antirretroviral utilizou o espaço para destacar o fato de que é necessário a democratização e acesso das pessoas aos medicamentos vitais.
Criado pela Prefeitura de São Paulo e lançado em dezembro de 2014, o Tá na Mão “é um aplicativo para orientar pessoas com uma avaliação de risco e de conduta a respeito das DSTs, principalmente, entre jovens gays e homens que fazem sexo com homens”, conforme a coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids de SP, Eliana B. Gutierrez,.
É o primeiro aplicativo de prevenção do Brasil que “calcula” os riscos de uma pessoa se infectar pelo HIV. Disponível para Android e iOS.
A Organização Nacional da Sida (NACO) criada em 1992, é uma divisão do ministério da saúde e Bem-estar Familiar da Índia. Com a parceria, a NACO laçou o aplicativo para fornecer informações sobre o HIV/AIDS e serviços relacionados.
Disponível para Android
O aplicativo Diretrizes HIV/ AIDSinfo fornece acesso móvel sobre HIV/ AIDS e diretrizes de prática médica aprovada pelo governo federal. No app, é possível ver recomendações aprovadas por panéis de especialistas para o tratamento de adultos, adolescentes, pediátrica e infecção perinatal pelo HIV. O aplicativo é fornecido gratuitamente pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Institutos Nacionais de Saúde.
No final de julho/16, o Ministério da Saúde lançou o projeto “Close Certo”, uma ação de educação sexual junto aos usuários do aplicativo de relacionamento Hornet. OMS, estabeleceu parceria com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Durante os Jogos Olímpicos e as Paralimpíadas, foram divulgadas informações sobre prevenção, teste e tratamento junto aos jovens homossexuais, um dos grupos vulneráveis à epidemia de HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis no País.
Números do Ministério da Saúde indicam que 827 mil pessoas vivem com o HIV/Aids no Brasil e a média de mortes provocadas pela doença nos últimos cinco anos alcança 12 mil. Segundo a diretora do Unaids no Brasil, Georgiana Grillard, é preciso reforçar a prevenção no mundo: “Mais de 78 milhões de pessoas foram infectadas desde o início da epidemia e 35 milhões morreram devido à Aids. Na resposta global, tivemos muitos resultados positivos. Hoje temos mais de 17 milhões de pessoas em tratamento. No entanto, o mundo estagnou em relação à prevenção do HIV. Nos últimos cinco anos, vemos que a prevenção do HIV em adultos está no mesmo nível. São 2 milhões de novas infecções por ano em nível global”.
Realizada em março/2016, a primeira edição do Hackathon Abeme – Prevenção das DSTs, uma maratona tecnológica que durou 24 horas, teve como grande desafio criar uma ferramenta de comunicação e educação para dispositivos móveis destinado para adolescentes e jovens.
Além de incentivar as novas gerações de programadores e desenvolvedores de aplicativos e games a promover a educação sexual e a prevenção do HIV e outras DSTs, com foco no público jovem.
O evento teve como grandes destaques o aplicativo Becum e o Cami Sutra. Ambos estão sendo aprimorados e adaptados ao público-alvo com o apoio técnico do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids de São Paulo (CRT-SP) e do Unaids.
O primeiro foi idealizado como uma rede social sexual, permitindo aos usuários interagir uns com os outros e discutir abertamente suas dúvidas com relação ao sexo e às DSTs. No segundo, o objetivo é erotizar o uso dos preservativos, aumentando sua importância e quebrando obstáculos para seu uso durante as relações sexuais.
Veja abaixo outras ideias que foram levantadas:
Com as fundações a frente no combate e prevenção a epidemia, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolveu o PrEP – Profilaxia Pré-Exposição. O medicamento é de uso diário e antirretroviral que consiste na precaução da infecção pelo vírus. A distribuição acontece no Sistema único de Saúde (SUS) e para entrar nessa lista é preciso passar por orientações, acompanhementos e procedimentos até o ato final de ingerir a medicação. O intuito é fornecer as populações de risco e mais vulneravéis a contrair o HIV.
Em entrevista a revista radis, a médica e chefe do Laboratorio de Pesquisa Clínica em DST/Aids do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (LaPClin-Aids/INI/Fiocruz) Beatriz Grinstejn aponta o estigma para estudos como esses. ” “A PrEP é uma opção para pessoas com vulnerabilidade aumentada, que estão sob maior risco de adquirirem a infecção pelo HIV. Nossa expectativa é que com a disponibilização da PrEP tenha uma atuação de forma sinérgica com as outras formas de prevenção já disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, especialmente o tratamento antirretroviral. O tratamento antirretroviral reduz a quantidade de vírus no sangue da pessoa que vive com HIV, diminuindo a chance de transmitir a infecção”.
Saiba mais sobre a PrEP – Profilaxia Pré- Exposição