Com o aumento e popularização dos serviços de assistência farmacêutica avançada, as farmácias passaram não somente a vender medicamentos como também a acompanhar de perto a rotina de saúde do paciente. Segundo a Abrafarma, atualmente mais de 1.700 estabelecimentos no país trabalham com esse modelo de atendimento. E, neste ano, além da vacinação, os testes laboratoriais remotos (TLR) ganharam espaço nas farmácias.
A Drogaria Araujo, as Drogarias Nissei e a Panvel foram as primeiras redes do Brasil a adotar o serviço, que contempla exames de perfil lipídico, TSH, PSA, vitamina D, gravidez, hepatites B e C, anti-HBSAG, síflis e HIV utilizando apenas algumas gotas de sangue. A Araujo realiza testes rápidos de gravidez, colesterol total, dengue, chikungunya, zika, HIV, sífilis, hepatite, hemoglobina glicada e PSA.
A Nissei, por sua vez ministra exames de gravidez (Beta HCG) e de perfil lipídico. “Em breve, vamos ampliar o rol de exames para teste de dengue e determinação de glicemia”, antecipa a coordenadora Carolina Escobar. Já a Panvel promove o exame de perfil lipídico, que permite avaliar o risco cardiovascular global.
A Drogaria São Bento conta com exames de perfil lipídico, TSH e BHCG. “Nossa pretensão é conciliar um atendimento humanizado às novas tecnologias e tendências do mercado”, comenta a superintendente Flávia Buainain. “Os clientes levam em conta a credibilidade do teste, agilidade e o laudo assinado por um laboratório, pronto para levar ao médico”, destaca.
As Farmácias Pague Menos dispõem de exames de Beta HCG (gravidez) e perfil lipídico (colesterol). Além disso, as unidades nos estados de São Paulo e Espírito Santo também oferecem coleta de material para a realização de exames toxicológicos exigidos na renovação da carteira de motorista do tipo D, para caminhoneiros.
Tecnologia une internet das coisas e inteligência artificial
Todas as farmácias realizam os exames por meio da Hilab, tecnologia que associa internet das coisas e inteligência artificial para acelerar a entrega de resultados laboratoriais. O dispositivo utiliza apenas algumas gotas de sangue da ponta do dedo e emite os laudos, já com a validação de uma equipe de biomédicos, em aproximadamente dez minutos.
“A modernização ocorre em todos os segmentos e chegou a hora do setor da saúde dar passos para aprimorar o acesso à saúde e possibilitar serviços laboratoriais de qualidade para os menos favorecidos”, ressalta Marcus Figueredo, CEO da Hi Technologies, desenvolvedora do Hilab. A expectativa da empresa é ampliar sua atuação não apenas para outras redes, como também para farmácias independentes até o fim de 2019.
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Fonte: Panorama Farmacêutico