Cada vez mais profissionais da Medicina procuram ter uma presença digital, seja através das redes sociais, seja criando um site médico. Isso porque, hoje, é indispensável estar internet. A web oferece múltiplas oportunidades para disseminar informações e expandir negócios. Portanto, o médico, assim como qualquer profissional liberal, precisa gerir a sua clínica ou consultório levando em consideração uma jornada do paciente, que pode se iniciar de forma online, através de uma busca no Google, por exemplo. Confira o que preparamos neste artigo para você saber mais sobre este assunto:
- Por que é importante ter um site médico?
- Pacientes procuram por médicos na internet
- Como criar um site médico
- Site médico: o que colocar na página da sua clínica ou consultório (e o que não colocar)
- Recursos tecnológicos indispensáveis para o sucesso do seu site médico
Por que é importante ter um site médico?
Se você deseja estar na internet, certamente é porque quer que mais pessoas te encontrem, para que conheçam o seu trabalho e venham a se tornar seus pacientes, não é verdade?
Além das redes sociais, outra forma de marcar a sua presença online é tendo um website ou, simplificando, um site.
Um site médico, voltado para profissionais de Saúde e/ou aos pacientes, pode não só atrair novos pacientes e oportunidades de negócios, como pode conferir autoridade à sua marca, seja ela o seu consultório ou o seu próprio nome como profissional.
Ter um site é indispensável para quem pensa em atrair mais pacientes, seja de forma orgânica, por meio de conteúdo, ou paga, através de anúncios. Por isso, ele é um passo importante na sua estratégia de marketing digital.
|Saiba mais: O que é a jornada do paciente
Os pacientes procuram por médicos na internet
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), 90% dos lares brasileiros já tem acesso à internet no Brasil. Isso significa 65,6 milhões de domicílios conectados.
Ainda de acordo com a pesquisa, entre os 183,9 milhões de pessoas com mais de 10 anos de idade no país, 84,7% utilizaram a internet no período de referência da Pnad TIC, em 2021. Isto é, os brasileiros usuários de Internet já formam um contingente de 155,7 milhões.
A proporção de pessoas conectadas também aumentou em todos as faixas etárias. Para o grupo de 60 anos ou mais, passou de 44,8% para 57,5%.
Portanto, é muito provável que o seu futuro paciente esteja na internet, logo você precisa estar lá.
O Google como ponte para o seu paciente
Graças a ferramentas de busca como o Google, a Internet é a principal fonte de pesquisa para pacientes sobre doenças, tratamentos e afins. Se sua marca não está presente, certamente você está perdendo oportunidades.
O site é uma ferramenta que, cada vez mais, se revela importante para que possa postar informações relevantes sobre o seu trabalho, acerca da saúde, doenças e especialidades, sendo ainda um canal de contato com os pacientes, sempre respeitando os cânones da ética médica.
Um levantamento feito pelo Minuto Saudável, empresa do grupo Consulta Remédios, mostrou que 94,4% dos brasileiros que responderam a pesquisa afirmaram que buscam informações de Saúde na internet.
Se você tem um site médico ou até mesmo um blog, usar palavras-chaves estratégicas e oferecer conteúdo relevante pode atrair este internauta que pode até se tornar um paciente.
Com o seu próprio site médico, o seu consultório vai ganhar muito mais visibilidade e poderá se estabelecer mais facilmente no mercado.
O médico deve estar atento, porém, para um detalhe de suma importância: não basta ter o site e marcar presença na internet. É preciso ressaltar que, a partir do momento em que o consultório estiver no mundo virtual, estará disponível e aberto 24 horas.
Assim, é preciso que a página seja alimentada com informações relevantes, precisas e recentes, atentando-se também para a qualidade visual e disponibilizando espaço para que o paciente possa manter um contato permanente com você.
|Veja também: Como colocar o seu consultório no Google Meu Negócio
Como criar um site médico
Bem, o indicado é sempre contratar uma empresa ou um profissional especializado em desenvolvimento de websites. Assim, a garantia de obter os resultados desejados é maior.
Mas, se o médico desejar colocar a mão na massa e criar o seu próprio site, existem algumas plataformas, como a Wix, a WebNode e a Yola, que podem ajudar no desenvolvimento do projeto. Elas não exigem que se tenha domínio de programação ou de códigos. É só escolher um tema e editar os seus elementos num gerenciador, que, geralmente, é intuitivo.
Quais os tipos de sites que existem?
Na hora de construir um site médico, é comum se deparar com algumas possibilidades. Cada tipo de site se encaixa em um objetivo comercial. Vamos descobrir qual o melhor tipo para você?
Site institucional
É um site que reúne todas as características da sua empresa, como endereço, mapa de localização, histórico da empresa, sua biografia, apresentação dos seus serviços etc.
Aqui, também é possível ter um chat, um link de marcação de consultas e outros meios de entrar em contato com o seu paciente.
Webcommerce ou e-commerce
Este tipo de site abrange todas as possibilidades de um site institucional. Mas o seu grande diferencial é a possibilidade de comercializar produtos ou serviços pela internet.
Lembrando que, na área da Saúde, há restrições em relação à propagandas, divulgação de preços pela internet. Então, este não é o tipo de site ideal para a sua clínica ou consultório.
Landing page ou one page
Normalmente, é um site que traz conteúdos institucionais condensados em uma única página. É um mais direto e objetivo, indicado para quem pretende comunicar resumidamente.
O foco de uma landing page é direcionar o internauta a tomar uma ação. Esta ação pode ser fechar uma venda, marcar uma consulta ou fazer um cadastro, por exemplo.
Blog
Este é um tipo de site que reúne textos mais robustos, como artigos e exige uma atualização constante para atrair visitantes.
O blog pode fazer parte de um site institucional ou de um webcommerce, mas também pode existir isoladamente. Porém, é mais indicado utilizá-lo dentro de um site, uma vez que ele tem um potencial grande de atração de visitas, quando feito com práticas de SEO.
Qual tipo de site escolher?
No caso dos médicos que possuem uma clínica ou um consultório, o ideal seria um site institucional com um blog. Este tipo de site te dá a possibilidade de apresentar de forma ampla o seu currículo, o seu histórico… Ele te dá ferramentas para conquistar o seu paciente e até convencê-lo a te procurar numa consulta.
Por que não recomendamos um e-commerce? Porque existem muitas restrições em relação a divulgação de preços e serviços na internet, que envolvem ética, resoluções do CFM. Por isso, esses assuntos devem ser tratados pessoalmente, num segundo contato. Para um primeiro contato, um site institucional ou até mesmo uma landing page já é o suficiente.
Site médico: o que colocar na página da sua clínica ou consultório?
A presença online permitirá maior visibilidade, o que exigirá atualização permanente, com a disponibilização de todas as informações necessárias para o paciente, juntamente com as formas de contato possíveis.
É fundamental que o site tenha uma estrutura organizacional, contendo dados de fácil compreensão, sem que o usuário tenha dúvidas e se perca ou desinteresse.
De uma forma bem feita, a página será uma importante arma de marketing em suas mãos.
Muitas pessoas acabam se impacientando por não conseguirem linha telefônica para marcar consultas, ainda que sua secretária seja muito eficiente.
Mesmo que você tenha outra linha, existem pacientes que têm dificuldade de compreensão e outros tantos são muito detalhistas. É inevitável que o sinal de ocupado e a demora no retorno de alguma ligação estejam entre as reclamações mais constantes.
O endereço online possibilita que sua agenda seja compartilhada e nela, virtualmente, agendamentos e cancelamentos poderão ser realizados em tempo real, com os pacientes ganhando agilidade e comodidade.
Com a disponibilização de informações sobre o consultório e suas formas de contato, a empresa reforça sua credibilidade, pois demonstra claramente sua transparência ao não esconder nada dos clientes.
Os pacientes terão acesso ao perfil dos profissionais de saúde, mostrando sua formação e seus registros nos conselhos profissionais.
Ter um site significa permitir que as pessoas possam entrar em contato com você de qualquer parte do planeta. Sejam seus pacientes rotineiros, ou pessoas que se interessaram pelo seu trabalho que viram exposto na internet.
Estes, poderão ser clientes em potencial, que talvez estejam procurando exatamente aquilo que o consultório disponibiliza. Neste caso, o endereço virtual permitirá o agendamento da consulta, não importando o local onde estejam.
As vantagens são inúmeras, destacando ainda que, ter um endereço virtual, não custa caro. Sem dúvida, trata-se de um investimento de baixo custo que pode trazer grandes benefícios para a saúde financeira do consultório.
Você precisará contar, apenas, com o trabalho de um profissional de qualidade para fazer sua página, uma vez que a relação custo-benefício é altamente recomendável.
O que não colocar num site médico
Como qualquer profissional, também o médico tem um nome pelo qual deve zelar, assim como uma ética a ser respeitada. Existem regras mínimas de conduta no mundo virtual e que devem ser seguidas por todos.
No caso específico do Médico, há um adendo especialíssimo e delicado, uma vez que envolve a vida de outras pessoas. Não se pode expor a outros o procedimento utilizado com determinado paciente, o estágio de alguma enfermidade que ele possua.
|Leia também: Conselho Federal impõe limites na autopromoção de médicos
É preciso sempre relembrar que a etiqueta tem como parâmetro o Código de Ética Médica, que coíbe revelar casos clínicos que possam ser identificados, ainda que com aquiescência do paciente.
Os possíveis deslizes cibernéticos podem ser ainda mais graves e resultar na cassação do registro profissional. Em seu artigo 75, o Código de Ética Médica prescreve uma norma que proíbe o médico de “Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos, em meios de comunicação em geral, mesmo com autorização do paciente”.
No final de setembro passado, o Conselho Federal de Medicina anunciou a Resolução 2.126/2015, endurecendo sua regulamentação com relação à publicidade de seus profissionais e dos serviços que prestam.
Nela, define o comportamento adequado dos médicos, tendo como meta principal fixar parâmetros para evitar o apelo ao sensacionalismo ou à autopromoção, ajustando as regras para utilização da divulgação de assuntos médicos através de entrevistas, nos anúncios publicitários e no uso das redes sociais, englobando sites, blogs e canais no Facebook, Twitter, Instagram, Youtube, WhatsApp e similares.
|Leia também: Boas práticas médicas nas redes sociais.
Recursos tecnológicos indispensáveis para o sucesso do seu site médico
Agora, vamos te mostrar três recursos técnicos que fazem toda a diferença na performance e na usabilidade: a responsividade, a velocidade de carregamento do seu site e o SEO técnico.
Responsividade
Você já percebeu que, hoje em dia, todo mundo usa o celular para acessar sites, aplicativos, redes sociais? Pois é! Pensando nisso, o seu site deve estar preparado para funcionar bem em dispositivos móveis. Isso se chama “responsividade”. E, mais do que isso. O visual do site deve ser pensado, primeiramente, para o aparelho móvel, depois para o computador de mesa, o desktop. Olha só este dado.
Desde 2015, o Google anunciou que uma boa experiência de navegação em aparelhos móveis, como tablets e celulares, é um fator essencial para se destacar quando alguém faz uma pesquisa no buscador.
No ano seguinte, 2016, o algoritmo de indexação do Google, que prioriza aparelhos móveis, passou a considerar, primeiramente, a versão mobile dos sites para o rankeamento.
Portanto, garanta que o seu site seja responsivo, oferecendo uma boa usabilidade e velocidade de carregamento em dispositivos móveis.
Se você usar uma daquelas plataformas, verá que ela irá te oferecer esta opção. Mas, se contratar um profissional desenvolvedor, não deixe de mostrar a sua preocupação com este aspecto, para que ele já inclua a responsividade no escopo do projeto.
Velocidade de carregamento
Velocidade de carregamento é um dos principais critérios para uma boa colocação nos resultados da busca no Google. Quanto mais rápido um site, seja no mobile, seja no desktop, melhor ele pode rankear.
Ou seja, foque em desempenho. Não crie uma página cheia de artifícios, que podem ser muito legais, mas que fazem a página pesar e, com isso, você ter um desempenho ruim no Google.
A velocidade não faz com que você ganhe posições, mas sem ela você jamais alcançará o topo.
Para o Google, a qualidade da experiência de busca do usuário depende da agilidade da informação, já que ninguém quer esperar mais que alguns segundos para encontrar o que deseja.
Não é por acaso que o buscador disponibilizou uma ferramenta gratuita de testes: o PageSpeed Insights.
Os relatórios trazem um diagnóstico sobre a velocidade, além de dicas para melhorar o carregamento, como a otimização de imagens e de códigos do site.
SEO técnico
Bom, já que falamos em mecanismos de busca, vamos focar, a seguir, no terceiro recurso, o SEO técnico. Ele é um dos responsáveis pelos seus resultados orgânicos, ou seja, espontâneos, que não precisam de anúncios.
Em geral, podemos dizer que o SEO técnico são as próprias técnicas de otimização para mecanismos de busca, que já vimos no módulo passado, lembra?
Sem ela, o seu site se torna inimigo dos buscadores e fica cada vez mais difícil dar visibilidade a ele e alcançar o seu objetivo de crescimento.
Aqui, mais uma vez, vale lembrar que plataformas de sites já prontos sugerem boas práticas de SEO.
Mas, se você contratou um profissional para elaborar o seu site, converse com ele sobre a sua preocupação em ter um bom SEO para ser encontrado pelos mecanismos de busca.
Com isso, você precisará apenas se preocupar com o SEO dos seus conteúdos, caso opte por ter um blog.
Gostou de saber mais sobre o uso de websites na estratégia de marketing médico? Se você deseja ir mais fundo neste assunto, indicamos o curso Marketing Médico: do Analógico ao Digital, da ProDoctor Cursos!