O registro de medicamentos genéricos tem proporcionado não apenas alternativas para os consumidores, mas também uma economia, uma vez que chegam ao mercado com um valor 35% menor que o preço de tabela dos de referência.
Na última segunda-feira (12/09) , a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União (DOU) o registro do cloridrato de fingolimode cápsula dura, droga que pode alterar a forma que o sistema imune do corpo funciona, auxiliando a combater os danos nos nervos causados pela Esclerose Múltipla (EM).
Com isso, tanto os pacientes quanto os médicos ganham uma alternativa de menor custo para o tratamento da Esclerose Múltipla remitente recorrente. A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) estima que atualmente a enfermidade atinge 35 mil brasileiros.
Sem cura, pode apresentar uma variada sintomatologia, como por exemplo: fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares e disfunção intestinal e da bexiga.
A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica, crônica e autoimune, com as células de defesa do organismo atacando o próprio sistema nervoso central e provocando lesões cerebrais e medulares.
As causas da doença ainda são desconhecidas atingindo em sua maioria as pessoas jovens, especialmente as mulheres de 20 a 40 anos. Os sinais e sintomas não podem ser explicados por uma única lesão e o seu curso clínico é caracterizado mais frequentemente por surtos, seguidos de períodos de remissões.
A Esclerose Múltipla não é fatal e, com os constantes e aprofundados estudos, muitos pacientes têm conseguido levar uma vida normal. Hoje, já se sabe sobre a imunologia da enfermidade, possibilitando a descoberta de medicamentos para controlar sua evolução.
No ano passado, a Anvisa concedeu o registro a um medicamento oral para tratar pacientes adultos com Esclerose Múltipla recorrente remitente.
O Tecfidera (fumarato de dimetila), da empresa Biogen, já é comercializado nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e União Europeia. No mercado americano, em poucos meses de comercialização, a droga tornou-se a terapia mais prescrita para o tratamento da enfermidade.