Os testes genéticos já são uma realidade e podem ser importantes aliados na prevenção e tratamento de doenças através da farmacogenética.
Testes genéticos ainda soam como uma promessa do futuro. Ainda que se escute muito sobre o tema, a população conhece pouco os efeitos práticos e benefícios que estes testes já podem trazer para as suas vidas.
O exame genético procura mudanças específicas herdadas nos cromossomos, proteínas ou genes de uma pessoa. Os exames podem ter como finalidade o tratamento e diagnóstico de doenças, nutrição, condicionamento físico e a prescrição de medicamentos. É este último ponto que vamos abordar neste artigo.
Farmacogenética para definir tratamentos mais eficazes
Já pensou poder descobrir, a partir de um teste, como seu organismo reage a uma ampla gama de medicamentos antes de tomá-los? É isso que a farmacogenética faz e é uma realidade.
Vários fatores interferem na forma como respondemos aos medicamentos, tais como idade, peso, fatores biológicos, dentre outros. Nossas características genéticas também determinam se o medicamento pode ou não funcionar para uma pessoa específica e/ou se causará alguma reação adversa.
O exame genético deve ser feito, principalmente, de forma preventiva. “Conhecer variações específicas em seus genes pode ajudar seu médico a personalizar seus cuidados de saúde e escolher quais medicamentos e dosagens funcionarão melhor para você. Passa-se a usar a farmacogenética em vez de tentativa e erro”, explica José Antonio Diniz, diretor executivo e cofundador da ConecteGene, empresa brasileira especialista em testes genéticos.
Diniz destaca ainda que, quando tomamos um medicamento, podemos absorvê-lo de quatro maneiras diferentes. A maioria das pessoas é classificada como Metabolizadora Normal, para quem a dose da bula provoca o efeito esperado. Mas há outros três tipos de metabolizadores: Intermediários, Ultra Rápidos ou Lentos. Tudo isso aparece no teste genético.
Escolhendo o medicamento adequado para cada paciente
Antes de estarem acessíveis para a população, os medicamentos passam por estudos que demonstram sua eficácia e segurança para grande parte da população.
Com os testes genéticos, é possível avaliar como nosso corpo responde às medicações e ajudam a entender porque um medicamento funciona ou não como deveria para aquela pessoa especificamente.
“Inovações como a farmacogenética têm o potencial de revolucionar a Saúde, tendo inclusive um papel fundamental na medicina preventiva. Eu acredito em tecnologias que olham para o futuro, como é o caso dos testes genéticos. Sempre digo que qualquer avanço tecnológico só vale a pena quando une segurança, ética e simplicidade de uso. E este parece ser o caso”, afirma Jomar Nascimento, CEO e Head de Tecnologia da ProDoctor, empresa líder em Saúde Digital no Brasil e proprietária do app Medicamentos, referência no mercado.
Para quem são indicados os testes genéticos dentro do âmbito da farmacogenética?
Todas as pessoas podem se beneficiar da farmacogenética, ainda que não usem medicamentos de uso contínuo. “Por exemplo, se você for se submeter a uma cirurgia, o anestesista saberá qual o anestésico que melhor funciona para você”, ressalta José Antonio Diniz.
No entanto, algumas pessoas podem se beneficiar de maneira mais imediata, caso já utilize medicamentos, especialmente os de uso contínuo, como no caso dos antidepressivos, remédios de controle de pressão arterial, colesterol, dentre inúmeros outros.
Em casos de problemas de saúde, ganhar tempo no tratamento é fundamental. Além de poder salvar vidas e trazer um tratamento mais eficiente, é uma economia financeira também.
Testes genéticos para seleção de antidepressivos
A testagem genética com o intuito de determinar o melhor antidepressivo para pacientes com transtorno depressivo maior pode contribuir para a identificação do medicamento ideal já na primeira tentativa. Consequentemente, isso reduz os gastos com saúde. Isso é o que sugere uma recente pesquisa norte-americana.
Os pesquisadores estudaram 125 pacientes com transtorno depressivo maior. Eles constataram que, em muitos casos, os exames farmacogenéticos poderiam ter previsto a resposta negativa ao tratamento inicial escolhido e também poderiam ter ajudado a orientar as escolhas subsequentes para melhorar os desfechos clínicos.
O executivo José Antonio Diniz detalha a pesquisa neste artigo: “Testes genéticos para seleção de antidepressivos podem ser precisos e economicamente vantajosos”
A LGPD e os profissionais da Saúde
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Avanços tecnológicos na Saúde guiam o futuro
Nos últimos dois anos, ficou ainda mais claro que os avanços mais notórios do conhecimento científico estão na Saúde.
A ciência e a tecnologia andam juntas para agir na redução da mortalidade, na prevenção de doenças e na melhora da qualidade de vida das pessoas. As tecnologias da informação são promissoras também para a redução dos custos com a Saúde e para a melhoria dos serviços do setor.
Avanços como os que estamos vendo no campo da farmacogenética mostram que medidas preventivas e a rápida resposta do paciente a um tratamento mais eficaz salvam vidas.
“Já podemos dizer que o poder de tecnologias avançadas e seguras como os testes genéticos mudam o mundo para melhor. Estamos no início de uma evolução sem precedentes”, finaliza Jomar Nascimento.