Os medicamentos sem prescrição médica, conhecidos como Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), são aqueles aprovados pelas autoridades sanitárias para tratar sintomas e males menores. Encontram-se disponíveis para venda sem a exigência da prescrição ou receita médica devido à sua segurança e eficácia, desde que utilizados conforme as orientações constantes das bulas e rotulagens.
Internacionalmente, os medicamentos sem prescrição médica são conhecidos pela sigla OTC (over-the-counter).
No Brasil, a Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip) atua no sistema de Saúde com o intuito de dar às pessoas as informações necessárias para “tomar decisões em relação ao autocuidado de forma responsável, consciente e segura, promovendo assim, mais saúde e maior liberdade de escolha”.
Consciente da importância desse tema, a ProDoctor Software elaborou este post, a fim de que você possa se inteirar e se capacitar ainda mais para orientar seus pacientes. Principalmente, aqueles que revelam uma grande tendência para consumir medicamentos sem necessidade.
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Uso responsável dos medicamentos
Os medicamentos sem prescrição médica devem ser utilizados sempre de maneira responsável, segura, com qualidade e eficácia comprovadas. Nesse sentido, é importante observar que somente devem ser ingeridos com o objetivo de tratar sintomas e males menores e que já tenham sido diagnosticados ou sejam conhecidos.
Desse modo, os medicamentos sem prescrição médica podem, sim, trazer benefícios como, por exemplo, a diminuição substancial de custos para o sistema de saúde e a otimização de recursos governamentais. Além disso, podem reduzir os gastos dos pacientes e dar conforto aos usuários, uma vez que não há necessidade de ir a um serviço de Saúde para tratar de um sintoma que ele já conhece.
Também é importante lembrar que as pessoas têm o direito de reger sua própria saúde e que é possível ter uma melhor qualidade de vida com o uso de produtos de caráter preventivo, como vitaminas e antioxidantes, dentre outros.
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Sintomas para tratar sem prescrição médica
Os principais sintomas que podem ser tratados mediante o uso de medicamentos sem prescrição médica são: dores de cabeça, acidez estomacal, azia, febre, tosse, prisão de ventre, aftas, dor de garganta, assadura, hemorroidas e congestão nasal.
Todavia, é importante estar em alerta para sua utilização responsável. Assim, é preciso observar quatro pontos: primeiramente, cuidar sozinho apenas de pequenos males ou sintomas menores, já diagnosticados ou conhecidos.
Depois, escolher apenas medicamentos isentos de prescrição médica, solicitando o auxílio de um farmacêutico. Além disso, leia atentamente as informações da embalagem do produto antes de ingerir o medicamento. Por fim, parar de consumi-lo.
Se acaso os sintomas persistirem, é preciso procurar imediatamente auxílio médico.
Razões para evitar medicamentos sem prescrição médica
Alimentando superbactérias – Consumir antibióticos por conta própria, sem que haja a devida prescrição médica, contribui para aumentar o risco da pessoa tomar um remédio sem necessidade, ingerir a dose errada ou por menos tempo do que deveria em um tratamento. Dessa maneira, a eficiência do antibiótico é reduzida.
Mascarando sintomas – Quando uma pessoa, por conta própria, utiliza um analgésico, anti-inflamatório ou um medicamento contra febre, por exemplo, pode mascarar os sintomas. Como resultado, poderá dificultar a investigação do médico para chegar ao diagnóstico correto.
Efeitos colaterais – É importante destacar que os anti-inflamatórios, como o Ibuprofeno, podem provocar gastrite, úlcera ou hemorragia digestiva. Também vale ressaltar que todos os medicamentos têm efeitos colaterais. Além disso, não devem ser consumidos ao mesmo tempo, uma vez que podem provocar ou aumentar as reações contrárias.
Prejudicando o fígado e os rins – A ingestão de medicamentos sem prescrição médica pode causar a intoxicação do fígado, com a sua acumulação, uma vez que precisam ser devidamente metabolizados neste órgão. Da mesma maneira, pode influir nas funções renais. Embora os rins sejam mais prejudicados em pacientes que já têm os problemas, as pessoas saudáveis também podem ser atingidas.
Risco de hemorragias – É importante alertar que os anti-inflamatórios não esteroides (de venda livre) podem provocar hemorragia digestiva, o que é, sem dúvida, um risco para pessoas com estômago mais vulnerável.
Da mesma forma, é relevante atentar para o risco das reações alérgicas ao medicamento, levando ao surgimento de vários sintomas. Outro fator de preocupação remete ao uso de medicamentos sem prescrição médica como simples analgésicos, ansiolíticos e antidepressivos. Eles podem provocar dependência, com a necessidade de tomar doses cada vez mais potentes, a fim de alcançar o mesmo objetivo.
Nesse caso, a recomendação é de que seu uso seja feito sempre sob prescrição médica, com o paciente respeitando a dosagem e a duração do tratamento.
Por fim, grande parte dos medicamentos é contraindicado no período de gestação e amamentação, pois podem ser prejudiciais ao bebê, causando má formação do feto ou problemas renais. Assim, a prescrição, nessa fase, deve ser feita diretamente pelo obstetra.