Em fevereiro de 2005, os internautas ficaram assombrados com mais um grande avanço tecnológico: o lançamento oficial do Google Maps. Dois meses depois, a empresa adicionou imagens de satélite e direções ao produto. Desde então, as pessoas ficaram maravilhadas com a possibilidade de localizar rapidamente sua própria rua, sua residência, sua escola. E até mesmo a casa de seu amigo do outro lado do planeta, visualizando rapidamente e com facilidade pequenos detalhes. Em tempo real. Mas, isso foi apenas o início da jornada. Dez anos e alguns meses depois, a viagem promete se transformar em algo ainda maior e espetacular, com a futura exploração do Google Maps ao interior do corpo humano.
Assim que o aplicativo estiver disponibilizado será possível dar um zoom em cada parte da anatomia humana para compreender melhor a estrutura e o funcionamento de cada célula, órgão, músculo e osso. Uma técnica avançada de microscópio eletrônico permitirá que, através dos algoritmos do Google Maps, sejam mapeadas todas as moléculas que colocam de pé o ser humano. A partir de uma célula individual.
A revelação da tecnologia foi feita por engenheiros da Universidade de New South Wales (UNSW), na Austrália, e o aplicativo do Google será importante ferramenta para que médicos e pesquisadores percorram todo o interior do corpo humano valendo-se de zoom e diminuição de imagens. Assim, estarão cada vez mais aptos para identificarem as assinaturas moleculares de várias enfermidades, o que tornará mais fácil e rápido seu tratamento, além de abrir portas para novas terapias e prevenções.
Segundo a engenheira biomédica da UNSW, Melissa Knothe Tate, “pela primeira vez, temos a capacidade de explorar todo o corpo e a forma como as células estão recebendo sua nutrição e como isso tudo está conectado”. As informações genéticas e moleculares recolhidas permanecerão anônimas.