O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Icict/Fiocruz) realizará no próximo dia 7, (quinta-feira) o Pré-Hackathon em Saúde, no Pavilhão Haity Moussatché, localizado na Avenida Brasil, 4365, Manguinhos (Rio de Janeiro).
O evento reunirá programadores, designers e diversos profissionais em um esforço concentrado (maratona) para o desenvolvimento de aplicativos e inovações tecnológicas para o Sistema Único de Saúde (SUS). A abertura está marcada para 9h30 e as atividades se estenderão até às 17h, no Salão de Leitura da Biblioteca de Manguinhos.
A palavra “hackathon” deriva da combinação dos termos ingleses “hack” (programar de forma excepcional) e “marathon” (maratona) e as 42 horas de duração do evento referem-se aos 42 km da maratona. A primeira edição do “Hackathon em saúde: maratona de desenvolvimento de aplicativos e inovação tecnológica para o SUS” está prevista para junho. Segundo os organizadores, esta é uma oportunidade para os participantes concorrerem a prêmios e bolsas de estudos, conhecerem outros profissionais da área, realizarem networking e participarem de um projeto colaborativo para proposição de soluções práticas relacionadas à saúde e ao bem-estar da população.
Comemorações
Esta primeira edição do Hackathon em Saúde integra as festividades do 30º aniversário do Instituto, cuja história é marcada pelo pensamento e pesquisa voltados para a promoção da saúde através da comunicação e da informação. Coordenador do Centro de Estudos do Icict/Fiocruz, pesquisador do Laboratório de Informação em Saúde e organizador do evento, Marcel Pedroso afirma que “a inovação tecnológica em saúde é uma das missões do nosso Instituto, e identificamos na proposta do Hackathon um formato apropriado para sua concretização”.
Regras do desafio
A programação do Pré-Hackathon em Saúde inclui a divulgação das regras do desafio e as modalidades de competição (aplicativos móveis e games), além dos critérios de avaliação e as premiações. Também serão revelados os temas prioritários para os desafios da saúde pública que nortearão o desenvolvimento de soluções. Dentre estes destacam-se:
- Rede Global de Bancos de Leite Humano – importante iniciativa de apoio ao aleitamento e distribuição de leite materno.
- Circuito Saudável Fiocruz – engloba ações para os trabalhadores da saúde.
- Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância – objetivando assegurar o uso apropriado desses produtos, de forma que não haja interferência na prática do aleitamento materno.
- Acesso Aberto ao Conhecimento – considerado fundamental para o desenvolvimento científico.
- Monitoramento do vetor Aedes aegypti – cuja estratégia é prioritária para a prevenção de epidemias e promoção da saúde.
Casos de sucesso
Os participantes terão a oportunidade de conhecerem experiências realizadas com sucesso em outros Hackathons, como, por exemplo, o aplicativo do Sistema de Informação em Saúde Silvestre – SISS-Geo, apresentado por Paulo Werdt, do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), e o aplicativo vencedor do Hackathon Globo 2015, apresentado por Danielle Cohen, Giovanni Marques, Fábio Antônio e Guilherme Berger.
Palestras
Para completar o Pré-Hackathon, serão oferecidas palestras e oficinas sobre aplicativos e inovação tecnológica, em diversas áreas, com a participação de projetos como o MobileTime, a Carteirada do Bem, da Casa Digital, e, a Mobile Application Fabric, da IBM. Métodos e técnicas também serão compartilhados em oficinas, como o uso da programação em Python, a metodologia Scrum para desenvolvimento ágil de softwares, o Design Centrado no Usuário, e o uso de Jogos em Saúde.
A expectativa dos eventos do Hackathon em Saúde é mobilizar e disseminar questões de saúde pública associadas aos desafios da área tecnológica que vem impactando toda a sociedade nas últimas décadas. “Ao mesmo tempo em que fomentamos a construção de aplicativos de interesse para o SUS, podemos construir uma rede de programadores e aprender sobre áreas em que temos deficiência, por exemplo, desenvolvimento de aplicativos mobile”, avalia o organizador Marcel Pedroso.
Missão da Fiocruz
O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz tem a missão de participar da formulação, implementação e avaliação de políticas públicas, desenvolver estratégias e executar ações de informação e comunicação no campo da ciência, tecnologia e inovação em saúde, objetivando atender às demandas sociais do Sistema Único de Saúde e de outros órgãos governamentais. Assim, tem investido na interface entre ensino, pesquisa e serviços, a fim de gerar conhecimentos, produtos e inovações para a saúde pública brasileira.
O Centro de Estudos do Icict é uma instância colegiada ligada à direção do Instituto, tendo como objetivo organizar, promover, coordenar e divulgar eventos técnico-científicos que contribuam para a missão da unidade.
Saiba mais sobre o Pré-Hackathon em Saúde.