Nossa história começa quando Frederick Schiller Faust, especialista em filmes de faroeste, conhecido pelo pseudônimo de Max Brand, criou a figura do Dr. James Kildare para os filmes teatrais das décadas de 30 e 40. Nos idos de 1950, o médico chegou ao rádio e, já na década seguinte, estava na televisão e nas histórias em quadrinhos. Naqueles tempos, os filmes teatrais se assemelhavam aos seriados produzidos para tevê como nos dias de hoje. Porém, com um detalhe: as histórias não eram contadas através de episódios, pois cada filme era uma teatralização independente, embora mantivesse o mesmo roteiro e os personagens. O precursor das narrativas médicas, Dr. Kildare era um jovem interno que tinha como mentor o experiente Dr. Leonard Gillespie. Após os 10 filmes iniciais, Dr. Kildare foi eliminado e a história ficou centrada no Dr. Gillespie.
Então, Dr. Kildare virou série televisiva e foi ao ar na NBC com imenso sucesso em seus 190 episódios, exibidos de 27 de setembro de 1961 até 5 de abril de 1966. Uma das razões da fama estava no ator que encarnou o personagem: o jovem Richard Chamberlain, cuja estampa seduziu o público feminino. Na época, a ABC competia com outro drama médico, “Ben Casey”, interpretado por Vince Edwards e com temática mais adulta, que também foi pioneiro no filão médico que abriu caminho para outras séries. Reza a história que Chamberlain recebia o triplo das cartas, principalmente por parte das jovens da época.
A extinta TV Excelsior apresentou no Brasil as primeiras temporadas da série, em preto e branco, Na década de 70, reapresentou a série. Apenas a última temporada da série foi produzida a cores.
A História
Dr. Kildare trabalhava no Blair General, um grande hospital metropolitano, onde era um jovem aprendiz que lidava com os problemas dos pacientes e até se envolvia com eles. Assim ganhou o respeito do Dr. Leonard Gillespie (Raymond Massey), que ao longo dos episódios passou a ter um relacionamento quase paternal com o jovem pupilo.
É importante relembrar que, logo no capítulo inicial, Kildare ouviu o conselho do Dr. Gillespie: “Nosso trabalho é manter as pessoas vivas, não lhes ensinar como viver”. Pois o jovem aprendiz ignorou a recomendação e agiu sempre de forma contrária. Na terceira temporada, foi promovido a residente.
Ben Casey
“Ben Casey” foi ao ar de 1961 a 1966, sua abertura ficou gravada na memória dos que assistiram: os desenhos em um quadro-negro, dos símbolos referenciando ao homem e à mulher, ao nascimento, à morte e ao infinito. Contou com a colaboração de um conceituado especialista em Neurocirurgia para compor o personagem.