Animais participam ativamente da recuperação de pacientes
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Animais participam ativamente da recuperação de pacientes

Animais ajudam na recuperação de pacientes

As relações do ser humano com os animais muitas vezes extrapolam a compreensão e as afinidades entre eles são utilizadas com sucesso na recuperação de pessoas enfermas. A Zooterapia, ou Terapia Assistida por Animais (TAA), é a ciência que estuda as possibilidades terapêuticas do contato com os bichos, sendo indicada para tratamentos físicos, psicológicos e cognitivos. O animal não será utilizado apenas para distrair os pacientes, mas como parte importante do processo de cura.

A TAA consiste na aplicação de técnicas de reabilitação ou reeducação de alterações tanto físicas como psíquicas, sensoriais e sociais. É preciso ver as necessidades do paciente e conjugá-las com o animal que possui melhor perfil para participar do tratamento.

Todo o tratamento é feito sob supervisão de um profissional de saúde especializado na área indicada. É importante destacar que nem todos os animais podem ser utilizados, devendo se levar em conta seu comportamento e o risco que podem trazer aos pacientes.

Com a adoção deste método psicoeducativo, os bichos atuam como um poderoso estímulo no tratamento de diversas patologias e problemas, como, por exemplo: problemas cardíacos, câncer, dor crônica, alergias, envelhecimento, artrite, depressão, Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), ressocialização de presidiários e esquizofrenia, dentre outros.

Benefícios

1-  Terapia Assistida por Animais

Ela é recomendada em casos que se mostraram eficazes, com idosos em lares de repouso; pessoas com deficiências mentais ou problemas de aprendizagem; pessoas hospitalizadas ou com problemas físicos; crianças e adultos com problemas de adaptação social e pessoas com problemas psicológicos. Os exercícios executados na TAA têm apresentado resultados positivos e ajudado no trabalho de recuperação dos pacientes. As dinâmicas desenvolvidas envolvem exercícios de fonoaudiologia, fisioterapêuticos, psicológicos e respiratórios.

2- Problemas de dicção e fisiológicos

No primeiro caso, as pessoas com problemas de dicção são estimuladas a chamar os animais pelo nome, um exercício repetido várias vezes. Para as pessoas com problemas fisiológicos são realizadas inúmeras atividades, principalmente com cães, podendo penteá-los e acariciá-los. São ações que podem fortalecer os movimentos de coordenação motora, além de contribuir para a redução do risco de doenças cardiovasculares, uma vez que a pressão arterial diminui junto com o estresse.

3- Em termos psicológicos

O benefício é ainda mais considerado, pois a interação nas atividades desenvolvidas diminui a ansiedade e dor, contribuindo para a redução da aplicação de medicamentos. Crianças e adolescentes com ansiedade ficam mais calmos na presença dos animais. Também melhora as capacidades motora, cognitiva e sensorial, podendo ser de grande ajuda na Psicoterapia, pois os animais fazem a ponte com o terapeuta e este pode alcançar o paciente mais rapidamente.

4- Auxílio no tratamento de autistas

A Zooterapia proporciona melhora na capacidade de comunicação e na sensibilidade e interação. Existem casos comprovados da diminuição dos sinais de depressão, uma vez que o contato com os animais aumenta os níveis de endorfina do enfermo. Além disso, a TAA reduz os casos de alergia e vários problemas respiratórios. Ao entrar em contato com os animais, os pacientes são beneficiados com o estímulo do sistema de defesa de suas células, pois seu organismo se torna mais tolerante a bactérias. Além disso, melhora o sistema imunológico, facilita a autoconfiança, resgata a autoestima e reduz a inibição, facilitando ainda o processo de aprendizagem através da expressão de sentimentos e motivação.

5- Auxílio na Esquizofrenia

Com relação aos portadores de Esquizofrenia, uma pesquisa realizada no Instituto Technion de Israel, no início de 2005, revelou a satisfação demonstrada pelos pacientes com os cães. Durante 10 semanas, um grupo participou de consultas com a presença de cachorros e outro apenas com o terapeuta. As pessoas que estiveram com os cães reagiram com maior satisfação aos estímulos durante as sessões. Receptivos, eles deixaram os pacientes esquizofrênicos mais confortáveis e à vontade para expressarem-se.

Atividades conjuntas

Também chamada de Hipoterapia ou Asinoterapia, utiliza cavalos e burros nas atividades com os enfermos, ajudando sobretudo em tratamentos de crianças com paralisia cerebral, Síndrome de Down, autismo, hiperatividade e dislexia.

A utilização do cavalo no tratamento de doenças físicas é, inclusive, reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina para o tratamento de diversas doenças e limitações. Dentre os benefícios, há a melhora no desenvolvimento motor, maior adequação do tônus muscular, melhora na coordenação motora e no controle da cabeça e do tronco, proporcionando maior equilíbrio.

No relacionamento do homem com o cão, por exemplo, há uma mudança química no organismo, com a produção de endorfinas no sistema imunológico. Os cães são vistos pelas crianças como amigos especiais e familiares, funcionando como estímulo para interação social, além de facilitar o processo de aprendizagem através da leitura, memorização, concentração e socialização.

Os cachorros são os mais utilizados nos tratamentos, pois são fáceis de serem adestrados. Há também os gatos, coelhos, calopsitas e até tartarugas que podem interagir com os pacientes e trazer benefícios na cura de enfermidades.

Pêlo Próximo

No Rio de Janeiro, o Hospital Estadual Anchieta, no Caju, recebe quinzenalmente as visitas do Pêlo Próximo. O projeto começou em 2010 e leva 19 cães e quatro calopsitas, com seus respectivos donos (voluntários), a diversas unidades para ajudar no trabalho de recuperação dos pacientes através da “zooterapia”.

São desenvolvidas três atividades, sendo a primeira delas livre, mais uma brincadeira, sem que haja um objetivo específico e tempo de duração determinado. Também existem a terapia que pode ser associada ainda à educação, reunindo profissionais de Saúde e de Educação, ou uma equipe multidisciplinar, para comandar as sessões de aproximadamente 1 hora.

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