Prontuário Eletrônico: pesquisa revela percepção dos pacientes sobre prontuário eletrônico em relação à segurança dos dados

A percepção dos pacientes sobre prontuário eletrônico diz muito sobre o futuro da assistência em saúde no Brasil. A partir dos dados da pesquisa nacional realizada pelo IESS em parceria com o Instituto Vox Populi, em 2025, com beneficiários de planos de saúde, nas principais regiões metropolitanas do país, é possível entender melhor esse cenário e identificar oportunidades de avanço em tecnologia, comunicação e confiança.

Índice

O que os pacientes entendem por prontuário eletrônico

Antes de analisar opiniões, a pesquisa apresentou aos entrevistados o conceito de prontuário eletrônico: um histórico digital dos dados de saúde do beneficiário, que pode ser acessado por profissionais e serviços de saúde autorizados. Mesmo assim, o tema ainda não é amplamente conhecido pelo público em geral.

Gráfico ilustra que 41% dos beneficiários de planos de saúde no Brasil disseram que já sabiam ou já tinham ouvido falar em prontuário eletrônico. 59% afirmaram que não conheciam o termo.

Esse desconhecimento não é homogêneo pelo país. Em capitais como Rio de Janeiro, o prontuário eletrônico já é mais familiar, alcançando cerca de dois terços dos entrevistados. Já em cidades como Belo Horizonte e Porto Alegre, menos de um terço declarou conhecer o conceito, o que indica que a difusão dessa informação ainda é desigual entre as regiões.

Avaliação geral: percepção amplamente positiva

Mesmo com um nível de conhecimento ainda em construção, a avaliação do prontuário eletrônico é majoritariamente favorável entre os beneficiários.

Gráfico ilustra que 67% dos beneficiários de planos de saúde no Brasil têm uma avaliação positiva do prontuário eletrônico.
18% o consideram regular. Apenas 6% possuem avaliação negativa. 9% não souberam opinar.

Quando observamos as capitais, a nota média dada ao prontuário eletrônico fica em torno de 3,8 em uma escala de 1 a 5, com algumas metrópoles se destacando com médias próximas de 4,0, como Rio de Janeiro, Salvador e Recife, o que reforça a tendência de boa aceitação entre quem já tem algum contato com a ideia de informação em saúde integrada.

Quais benefícios os pacientes enxergam no prontuário eletrônico

Quando convidados a falar espontaneamente sobre possíveis vantagens do prontuário eletrônico, os beneficiários apontam benefícios muito claros e práticos, diretamente ligados à experiência de cuidado:

  • 46% enxergam como principal benefício o fato de facilitar o histórico médico em consultas e emergências, permitindo que informações importantes estejam disponíveis com rapidez.
  • 19% destacam que o prontuário eletrônico ajuda a evitar a repetição de exames desnecessários, o que reduz gastos, desconfortos e exposições desnecessárias do paciente.
  • 15% apontam que o sistema pode agilizar o atendimento em diferentes locais, já que o histórico acompanha o paciente independentemente da unidade em que ele é atendido.
  • 14% afirmam que o prontuário eletrônico ajuda os médicos a entenderem melhor o quadro geral de saúde, por reunir informações de forma mais completa e contínua.
  • 4% mencionam que, com “tudo interligado”, o atendimento tende a ser mais prático e menos burocrático.

Por outro lado:

  • 9% dos entrevistados afirmam que não veem benefícios no prontuário eletrônico.
  • 13% não souberam responder.

Regionalmente, há nuances interessantes: capitais como Salvador e Recife aparecem com proporções ainda maiores de entrevistados que reconhecem o prontuário eletrônico como facilitador do histórico médico e do acompanhamento clínico, mostrando ambientes mais receptivos à digitalização da informação em saúde.

Segurança de dados: o ponto mais sensível da discussão

Se, por um lado, os benefícios são reconhecidos, por outro, a segurança dos dados de saúde ainda gera desconfiança para uma parcela importante da população.

Quando perguntados se se sentem seguros em ter todos os seus dados e informações de saúde integrados em um único sistema, os beneficiários responderam:

Gráfico mostra que, entre os beneficiários que já conheciam o prontuário eletrônico, 51% dizem confiar totalmente em ter seus dados integrados em um sistema.
48% não confiam totalmente, mas também não rejeitam completamente. Apenas 1% não consegue avaliar.

Ou seja: mais da metade dos beneficiários (53%) não confia plenamente no modelo de prontuário eletrônico (somando os que não se sentem totalmente seguros e os que não se sentem seguros).

Entre os indivíduos que manifestam algum nível de insegurança, o principal receio mencionado de forma espontânea por 57% deles é o vazamento de informações pessoais. Em seguida, com a mesma proporção de 11%, aparecem o medo do uso comercial dos dados por empresas sem consentimento claro e a falta de controle sobre quem acessa essas informações.

Uma porcentagem de 7% teme que os dados possam ser fraudados ou misturados com informações de outras pessoas, enquanto 4% se preocupam com o perigo de perder o histórico em caso de falhas do sistema. Além disso, 3% associam o risco à possibilidade de discriminação com base em informações de saúde. Uma parcela menor de entrevistados cita outros motivos, e 6% não souberam explicar exatamente o que os preocupa.

Esses dados evidenciam que a resistência não é, em geral, ao conceito de prontuário eletrônico em si, mas à forma como a privacidade, a confidencialidade e a governança dos dados são percebidas.

Quem conhece o prontuário eletrônico confia mais

Um dado importante da pesquisa é a relação entre conhecimento e grau de confiança no prontuário eletrônico.

Entre os beneficiários que já conheciam o prontuário eletrônico:

  • 51% dizem confiar totalmente em ter seus dados integrados em um sistema.
  • 48% não confiam totalmente, mas também não rejeitam completamente.
  • Apenas 1% não consegue avaliar.

Já entre aqueles que não conheciam o prontuário eletrônico:

  • 36% afirmam confiar totalmente.
  • 56% dizem não confiar totalmente.
  • 8% não sabem avaliar.

Ou seja: quanto mais informação, maior a confiança. A familiaridade com o conceito de prontuário eletrônico está diretamente associada a uma percepção mais positiva e segura sobre essa forma de organizar os dados de saúde.

Diferenças regionais na sensação de segurança

As capitais pesquisadas apresentam níveis variados de confiança no prontuário eletrônico. Olhando para o percentual de pessoas que se sentem totalmente seguras com seus dados integrados em um único sistema, os resultados oscilam bastante:

  • Há regiões em que menos de um quarto dos entrevistados se diz totalmente seguro, como é o caso de Porto Alegre, que aparece com um dos menores índices de confiança plena.
  • Em outras capitais, como Salvador e Recife, mais da metade dos beneficiários afirma confiar totalmente na integração dos dados de saúde.
  • Cidades como Rio de Janeiro e Belo Horizonte também apresentam patamares elevados de confiança total, superiores à média geral.

Da mesma forma, a proporção de quem não se sente seguro varia de forma importante entre as regiões, chegando a valores em torno de um terço dos entrevistados em algumas capitais.

Esses contrastes mostram que o avanço do prontuário eletrônico não depende apenas da tecnologia disponível, mas também de fatores locais: histórico de serviços, experiência do usuário, comunicação das operadoras e confiança na infraestrutura de saúde.

A confiabilidade do prontuário eletrônico do ProDoctor

A segurança do prontuário eletrônico é um dos pilares essenciais para fortalecer a confiança de pacientes e profissionais de saúde, especialmente em um cenário em que mais da metade dos beneficiários ainda demonstra algum nível de insegurança quanto ao armazenamento digital de seus dados. 

Nesse contexto, o ProDoctor se destaca por oferecer um PEP projetado com rigor técnico, governança sólida e tecnologias avançadas de proteção da informação, garantindo estabilidade, privacidade e conformidade com as normas brasileiras.

O CEO da ProDoctor, Jomar Nascimento, fez uma reflexão sobre o assunto em seu LinkedIn, e convidamos você a ler o artigo.

Com mais de 30 anos de atuação no setor e seguindo padrões reconhecidos nacionalmente, o ProDoctor adota camadas robustas de segurança, como criptografia de ponta, trilhas de auditoria, autenticação biométrica e controle granular de acesso.

Além disso, o prontuário é assinado digitalmente no padrão ICP‑Brasil, o que assegura validade jurídica, integridade dos registros e rastreabilidade completa, elementos essenciais para um ambiente clínico que exige precisão, responsabilidade e sigilo absoluto.

Outro fator determinante para a confiabilidade é que cada clínica recebe um banco de dados isolado, evitando compartilhamento indevido de informações e reforçando a governança de dados. 

Todo esse conjunto de práticas garante que o prontuário eletrônico do ProDoctor esteja plenamente alinhado à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e às resoluções do Conselho Federal de Medicina, entregando ao profissional não apenas um sistema seguro, mas um ambiente digital que inspira tranquilidade, controle e total domínio sobre as informações de seus pacientes.

Para clínicas que buscam um prontuário eletrônico seguro, estável e juridicamente confiável, o ProDoctor oferece a combinação ideal: tecnologia madura, arquitetura sólida e compromisso inabalável com a proteção dos dados, reafirmando sua liderança no cuidado à saúde digital.

Conclusão: o que esses dados indicam para o futuro do prontuário eletrônico

Os resultados da pesquisa permitem algumas conclusões relevantes:

  1. O prontuário eletrônico já é bem visto por quem o conhece: a maioria absoluta dos beneficiários avalia o sistema de forma positiva e reconhece ganhos claros em continuidade de cuidado, agilidade e racionalização de exames.
  2. Ainda há um grande espaço de educação e esclarecimento: quase 60% dos beneficiários não conheciam o conceito, e justamente entre os que não conhecem é onde se concentra a maior desconfiança em relação à segurança de dados.
  3. Privacidade e proteção de dados são o “ponto de atenção” central: medos de vazamento, uso comercial indevido e falta de controle sobre acessos precisam ser respondidos com políticas claras, transparência, boas práticas de segurança da informação e comunicação acessível ao público.
  4. A confiança varia por região: iniciativas de esclarecimento, campanhas educativas e exemplos práticos de uso seguro podem ser especialmente importantes em locais com menor nível de conhecimento e maior percepção de risco.

Em síntese, o prontuário eletrônico é visto pelos pacientes como um aliado importante para um cuidado mais integrado, ágil e eficiente. 

No entanto, para que ele se consolide como um pilar da atenção em saúde, será fundamental combinar tecnologia robusta, governança de dados e uma comunicação contínua com a população, mostrando, na prática, que é possível unir inovação digital e respeito absoluto à privacidade do paciente.

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