Google e Einstein: parceria para resultados de busca sobre saúde
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Google e Einstein: parceria para resultados de busca sobre saúde

Google e Einstein lançam parceria para resultados de busca sobre saúde

Os temores de se obter informações equivocadas através do Dr. Google estão ficando para trás. O Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo (SP), estabeleceu parceria inédita com a empresa americana Google, em Março/2016, resultando no Google Health. Ontem, 06 de fevereiro, o Google anunciou que vai exibir informações sobre as doenças também nas pesquisas feitas a partir de smartphones.

O que é o Google Health?

Trata-se de uma série de quadros de alta qualidade com informações gerais revisadas e validadas pela equipe médica da instituição a respeito de centenas de doenças e sintomas mais buscados pelos usuários na ferramenta. Os quadros estrearam nos Estados Unidos em setembro de 2015 e, em fevereiro de 2016, ganharam uma versão em espanhol.

A ideia formatada pela Google, através de seus engenheiros do escritório de Belo Horizonte (MG), tornou-se realidade. Agora, quando um usuário digitar alguma doença no Google, vai encontrar ficha em quadros que aparecerão no topo dos resultados – inclusive do lado direito da tela como destaque – trazendo os dados básicos de cada uma das enfermidades, como por exemplo, sintomas e formas de contágio

Ou seja, se alguém pesquisar por “dor de cabeça”, os resultados mostrarão quais são as doenças que podem causar esse tipo de mal estar, tanto para pesquisas feitas em desktops quanto em smartphones.

Parceria Google e Einstein

A proposta de parceria agradou em cheio à direção do Albert Einstein, instituição renomada e reconhecida por disseminar informações ao público em geral. Uma oportunidade imperdível para alcançar um público ainda maior. Segundo o presidente do hospital, Dr. Claudio Lottenberg, “é um direito do paciente ter conhecimento sobre a sua condição e acessar informação de qualidade sobre doenças e sintomas. Para o Einstein, é mais uma ferramenta para a promoção de saúde na sociedade.

Ao analisar especificamente a parceria do Hospital Israelita Albert Einstein com o Google, Marcos Knobel considera muito importante a interação e destaca o papel da instituição: “Nesse contexto serve como esclarecedor. Ele vai processar essa informação, vai dar essa informação que o paciente está procurando na internet.

Como serão exibidos os resultados da busca

Desktops

As 500 doenças mais pesquisadas na internet ganharam destaque especial. Ao se pesquisar pelo nome de alguma delas na ferramenta de busca do Google, será exibido na lateral direita da tela uma espécie de ficha médica, com informações sobre a doença, sintomas e tratamento, com a garantia de confiabilidade do Hospital Israelita Albert Einstein.

Google e Einstein lançam parceria para resultados de busca sobre saúde

Smartphones

As informações são exibidas em cartelas, acima dos outros resultados da busca, que continuam a ser dispostos em links. Esses cartões mostram características das doenças, a ocorrência delas e até os métodos de tratamento ou os primeiros socorros.

Segundo o Google, foram compilados entre 150 e 200 sintomas, que apontam para cerca de 400 doenças ou condições. O Brasil é apenas o segundo país a receber a novidade — o primeiro foi os Estados Unidos. 

A mudança no motor de busca para implantar a novidade foi feita por causa do volume de pesquisas feitas sobre saúde — uma a cada 20 — e pela forma como elas são feitas — 1% de todas as buscas gerais são sobre sintomas.

Google e Einstein lançam parceria para resultados de busca sobre saúde

Carnaval

Para a o período do Carnaval, a busca do Google vai exibir informação sobre contracepção, como, por exemplo, os diversos métodos (desde a camisinha até pílulas anticoncepcionais) e a eficiência de cada um deles.

Interesse de alguns estado do país na busca por doenças

No Brasil, alguns dos sintomas mais buscados no Google são garganta inflamada, dor de cabeça, dor nas costas, dor no peito e taquicardia.

Em Março de 2016, a pedido do programa Fantástico, da Rede Globo, o Google divulgou o resultado de um levantamento sobre o interesse relativo de cada estado brasileiro ao procurar doenças, tratamentos e medicamentos.

– “enxaqueca”: buscas maiores no Distrito Federal, seguido de São Paulo e Piauí

“paracetamol”: buscas maiores no DF, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

“zika”: Alagoas, Roraima e Mato Grosso, respectivamente, realizam as maiores buscas pela palavra

“Sibutramina”:  Santa Catarina, seguido de Minas Gerais e São Paulo

“estresse”: Santa Catarina também lidera a procura, sendo secundado por São Paulo e Piauí

“câncer de mama”: Amapá lidera a procura pelas palavras, seguido do DF e Roraima

“câncer”: Bahia, seguida de Maranhão e Sergipe.

Hábito e Cibercondria: hipocondria da era digital

Hábito e Cibercondria: hipocondria da era digital

A cibercondria é um novo termo relacionado com a hipocondria, essa “afecção caracterizada por uma grande sensibilidade do sistema nervoso com tristeza habitual e preocupação constante e angustiante pela saúde. Desta forma, a nova patologia afeta aqueles que também ficam obcecados com seu estado de saúde e consultam através da internet o que poderia estar afetando-os, fato que deriva em uma obsessão doentia.

Mas quem nunca entrou na internet para investigar a respeito de seu problema de saúde? A utilização do site de busca para pesquisar detalhes sobre saúde é um hábito que não tem mais volta, de cada 20 pesquisas feitas no Google, 1 é sobre saúde, respondendo por 5% de todo o volume de buscas do Google. O grande problema, até então, residia nas poucas garantias de credibilidade e qualidade do conteúdo disponibilizado na rede mundial de computadores.

Segundo o engenheiro Frederico Quintão, do Google, quando os engenheiros da empresa se debruçavam acerca das buscas sobre saúde, observou-se que, em sua maioria, o material disponibilizado na rede estava muito mais voltado para as doenças mais graves e os casos mais raros. A conclusão lógica foi que os quadros mais comuns estavam sendo deixados de lado, sendo justamente aqueles que deveriam merecer atenção para solucionar as dúvidas dos usuários.

Conheça mais algumas doenças psicológicas provocadas pelo usa da internet.

A nova relação médico paciente

A nova relação médico paciente

Na opinião do cardiologista Marcos Knobel, “com o advento do Google, das mídias sociais e da internet, a relação médico paciente teve algumas alterações, com muitos pacientes já chegando nos consultórios munidos de várias informações e “sabendo exatamente qual é a evolução da doença, quais são os próximos passos e também o que fazer de tratamento nesses casos”. Entretanto, ele adverte que nada substitui a consulta médica, a presença do médico com o paciente trazendo todas as dúvidas ao vivo”.

Cirurgião do aparelho digestivo e vice-presidente do Albert Einstein, Sidney Klajner afirma que o novo paciente dos nossos tempos é um paciente que deixa de ter um papel passivo no relacionamento médico-paciente e busca não só as informações pertinentes a cada caso, a cada doença, mas também busca o melhor profissional através das várias redes de busca que estão disponíveis na internet”.

Conforme acentuou no vídeo oficial do Einstein, o relacionamento médico-paciente perdeu aquele caráter paternalista, deixando de ser apenas uma consulta com toda a exposição do médico sobre determinada enfermidade. Nos novos tempos, a consulta passou a ter o caráter de uma boa discussão acerca das soluções de diagnóstico e também de tratamento. Na opinião de Sidney Klajner, parcerias como esta, do Einstein com a Google, são capazes de fornecer ao paciente informações da mais alta qualidade, respaldadas por metodologia científica e aquela que de fato importa para essa relação”.

Se antes a consulta era explanatória, agora, diante do diagnóstico, o paciente possui conhecimentos sobre quais são os tratamentos disponíveis, suas chances de cura e os exames.

Para o mastologista Antonio Luiz Frasson, o paciente que chega com as informações do Google vem trazendo as informações que ele tem como doença, do motivo da sua consulta, mas também ele conhece muito da gente. Ele já sabe quem eu sou, o que eu faço, o que eu fiz, qual é a minha área de treinamento. Isso facilita muito a nossa relação. A melhor coisa que pode acontecer na relação médico-paciente é que se estabeleça uma relação de confiança, baseada no entendimento da doença.

Saiba mais sobre os novos contornos da relação médico-paciente.

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