O formato dos seriados médicos ganhou fama com “Dr. Kildare”, em 1961, na NBC, que abriu o caminho para novas produções. Ao encerrarmos nossa “série”, relembramos outros seriados médicos que foram importantes para a fixação do gênero no gosto popular.
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“Trauma” tem em sua trama os paramédicos, profissionais que fazem o atendimento local de acidentes e outras emergências em San Francisco (EUA), para encaminhá-los aos hospitais. O personagem principal é Reuben “Rabbit” Palchuck, o piloto do helicóptero dos paramédicos. É ele quem sobreviveu à colisão entre duas aeronaves na impactante cena do episódio piloto.
Os paramédicos do EMS – Emergency Medical Services se esforçam para atender os casos, prestando um serviço essencial de primeiros socorros, e a série tinha como objetivo mostrar como são feitos os trabalhos na rua, antes dos feridos chegarem nos hospitais. Foi ao ar pela ABC, de 28 de setembro de 2009 a 26 de abril de 2010. No Brasil, foi exibida pela Rede Record.
O drama “Mercy”, que estreou na NBC em 23 de setembro de 2009, coloca suas lentes na vida das enfermeiras com suas alegrias e tristezas pessoais. A história se passa no fictício Mercy Hospital, em Jersey City (New Jersey), em torno de Veronica Flanagan Callahan, que retornou de uma missão do Exército dos Estados Unidos na Guerra do Iraque; Sonia Jimenez, sua melhor amiga; e Chloe Payne, uma novata. Voltou sem traumas e sequelas, mas a série não resistiu muito tempo: foi cancelada depois de sua primeira temporada, em 2009.
Também com uma proposta bem diferente, “Royal Pains” coloca o foco na vida do Dr. Hank Lawson (Mark Feuerstein), que após ser demitido de um hospital percebe que é um bom negócio realizar atendimentos particulares.
No caso, mirando descaradamente na classe alta e tornando-se celebridade e médico da moda. Assim, arrecada a grana necessária para exercer seu lado caridoso, atendendo também aqueles que recorrem a ele, mas sem o mesmo “caixa” dos abastados. A série da USA Network começou a ser exibida em 2009 e é transmitida no Brasil pelo canal Sony. A brasileira Sonia Braga participou do seriado no ano passado.
Em “Hawthorne”, os protagonistas não são os médicos, mas sim os enfermeiros e as enfermeiras do Richmond Trinity Hospital. Quem encabeça o elenco é a atriz Jada Pinkett Smith (“The Matrix Reloaded” e “The Matrix Revolutions”), esposa do ator Will Smith, encarnando Cristina Hawthorne, a enfermeira chefe. O seriado começou a ser exibido em 2009.
Sexo, traição e vaidade recheiam os argumentos de “Nip/Tuck”, totalmente distante dos padrões tradicionais dos seriados médicos. Donos de uma clínica de cirurgia plástica em Miami, os doutores Sean McNamara e Christian Troy protagonizam os episódios levados ao ar de 2003 a 2010, com cenas de cirurgias desde as mais simples até as mais escabrosas.
“Scrubs”, com um pé fincado na comédia, estreou em 2001 e foi exibido nos Estados Unidos pela ABC até 2010, sendo que as sete primeiras temporadas foram ao ar pela NBC. Ambientada no Sacred Heart Hospital, em uma cidade não revelada, a série tem personagens propositalmente caricatos e as situações imaginadas pelo protagonista J.D. são absurdas.
Ao final de cada episódio, o narrador, que interliga as múltiplas histórias, apresenta uma moral para provocar a reflexão do telespectador. No Brasil, foi exibida pelo canal Sony.
Na esteira do sucesso de “M.A.S.H.”, filme dirigido por Robert Altman e vencedor do Festival de Cannes – Palma de Ouro, em 1970, surgiu o seriado homônimo que misturava as características das séries hospitalares com humor negro. Foi exibido de 73 a 83 e a sigla significa “Mobile Army Surgical Hospital” (“Hospital Cirúrgico Móvel do Exército”).
De forma totalmente escrachada, o seriado narra o dia a dia da equipe médica dos Estados Unidos em plena Guerra da Coreia. Seu último episódio foi um marco de audiência da TV americana em todos os tempos. O filme que inspirou a série também recebeu, em 1971, o Globo de Ouro na categoria Melhor Comédia e o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.
De 26 de outubro de 1982 e 25 de maio de 1988 a NBC exibiu “St. Elsewhere”, com os atores Ed Flanders, William Daniels e Norman Lloyd interpretando experientes médicos que procuravam repassar seus conhecimentos para jovens pupilos. A série obteve sucesso similar a “Hill Street Blues”, também da MTM Enterprises, e durou seis temporadas, com 137 episódios, ao longo dos quais o roteiro conjugava em histórias sobrepostas e que duravam capítulos seguidos o drama da vida e da morte com pitadas de humor negro.
Em meados da década de 70 (76 a 83) surgiu “Quincy” (com o ator Jack Klugman), que trouxe à luz o mundo dos legistas, até então meros coadjuvantes. Embora com temática muito específica, eles ganhariam brilho a partir dos anos 90, principalmente com o sucesso de séries investigativas, como “Bones” e “CSI”.
“Emergency Ward”, no ar na TV britânica de 1957 a 1967, já apresentava o formato adotado pelos demais, mostrando o trabalho diário de médicos e enfermeiras no fictício hospital Oxbridge General, conjugado com seus dramas pessoais.
Na Europa, a BBC foi pioneira ao lançar ‘Finlay’s Casebook’ (1962), exibida durante nove anos.
“General Hospital” (“G.H.”) é um fenômeno da ABC nos Estados Unidos e muitos chegam a considerá-lo como uma novela. Sua estreia foi em 1963 e continua em exibição até hoje, 47 anos depois, com mais de 12 mil episódios e ganhando dezenas de prêmios Emmy.
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