Medicina e Saúde

RETROSPECTIVA DA SAÚDE EM 2021 – FINAL

Retrospectiva da Saúde em 2021 da ProDoctor Software relembra hoje, em sua última parte, os fatos que marcaram os meses de setembro a dezembro. Mais uma vez, as notícias acerca da Covid-19 foram predominantes.

Assim, convidamos você para conferir nosso post.


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Retrospectiva da Saúde relembra Setembro de 2021

A Retrospectiva da Saúde em 2021 começou setembro com uma boa notícia. O governo da Alemanha e a Organização Mundial da Saúde (OMS) inauguraram em Berlim um Centro de Inteligência da OMS, cujo objetivo é preparar e proteger a população contra pandemias e endemias..

A solenidade foi liderada pela então chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e pelo diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus. Segundo ele, é preciso estar preparado antes que uma dessas ameaças aconteça:

– O mundo precisa ser capaz de detectar novas doenças com potencial pandêmico e acompanhar as medidas de controle em tempo real para criar uma gestão eficaz do risco de pandemia e epidemia.

Parte do Programa de Emergências da OMS, o foco do Centro é gerar e analisar dados, além de ter capacidade para detectar e avaliar claramente os riscos de pandemias e eventos em seus estágios iniciais. Dessa maneira, torna-se possível evitar que alcancem uma dimensão que provoque mortes e perturbação social.

O projeto recebeu um investimento inicial de US$ 100 milhões do governo alemão e tem participação de países e parcerias de profissionais multidisciplinaress em todo o planeta. Com tecnologia avançada, o Centro de Inteligência conectará os dados armazenados, as ferramentas necessárias e as comunidades.

O Centro será dirigido pelo atual diretor-geral do Centro de Controle de Doenças da Nigéria, Chikwe Ihekweazu.

Demência em foco na Retrospectiva da Saúde em 2021

Quatro anos após a publicação do Plano de Ação Global para a Demência da Organização Mundial da Saúde, a entidade anunciou, no dia 02, que mais de 55 milhões de pessoas vivem com a demência.

E alertou que, até 2030, o número de pacientes poderá aumentar cerca de 40%, alcançando 78 milhões. Conforme o relatório, mais de 60% dos pacientes estão em países em desenvolvimento, com rendas baixa e média.

Segundo o Plano de Ação, a OMS tem concentrado esforços e realizado ações para auxiliar as pessoas que trabalham em comunidades em ações como planejar, implementar e avaliar programas de incentivo aos pacientes com enfermidades mentais.

O relatório afirma que houve progressos e desafios não só em áreas como diagnóstico, tratamento e apoio aos cuidadores, como também na pesquisa e na inovação. Com o intuito de avançar, um dos objetivos, agora, é integrar a demência a outras iniciativas.

Procurando favorecer a criação de uma sociedade inclusiva para essas pessoas, a OMS tem como grande desafio aumentar a consciência sobre o problema.

Segurança do Paciente

Nossa Retrospectiva da Saúde em 2021 relembra que no Dia Mundial da Segurança do Paciente (17), a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um apelo à garantia da segurança da paciente na hora do parto. A segurança materna e neonatal foi o tema deste ano.

Conforme relatório da OMS, todos os dias, cerca de 800 mulheres e 6,7 mil bebês morrem durante o parto ou logo após o nascimento. Além disso, o número diário de natimortos chega a 5,4 mil, com 40% dessas mortes resultando de problemas na hora do parto.

As causas são inúmeras, ocorrendo em função de inúmeros fatores, como por exemplo, os diagnósticos errados ou que chegam tardiamente, os erros médicos e os erros cirúrgicos ou ligados à anestesia.

Além disso, as transfusões inseguras, a falta de práticas de controle de infecções e as intervenções desnecessárias ou maus tratos. Por isso, a agência pediu para que os proprietários/administradores e líderes de hospitais e os trabalhadores da área da Saúde em todo o planeta adotem um conjunto de cinco metas.

Elas também têm como intuito acelerar as ações para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs). São as seguintes: Partos seguros e com respeito; Reduzir práticas desnecessárias e prejudiciais às mulheres e bebês durante o parto; Reforçar a capacidade e o apoio aos trabalhadores de saúde para cuidados seguros às mães e recém-nascidos; Melhorar o uso seguro de medicamentos e de transfusões de sangue durante o nascimento; e Reportar e analisar os incidentes que acontecem durante o parto.

Retrospectiva da Saúde em 2021 e o “fracasso global”

Durante a realização da Conferência Global sobre a Covid-19, em Nova Iorque, o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Antônio Guterres, admitiu que “a segurança da saúde global fracassou, ao custo de 4,5 milhões de vidas” ceifadas pela Covid-19.

Porém, acrescentou que, com a existência de vacinas eficazes, é possível exterminar a doença. Por isso, retomou seu discurso acerca da necessidade de colocar em ação um plano global de imunização, uma vez que o “vírus continua circulando e mesmo em locais onde os casos estão diminuindo, novas variantes causam picos perigosos”.

Segundo Guterres, é preciso dobrar a produção de vacinas e garantir que 2,3 bilhões de doses sejam distribuídas de forma igualitária através do mecanismo Covax. Conforme destacou, o objetivo é alcançar 40% da população em todos os países até o fim deste ano, e 70% até o fim do primeiro semestre de 2022.

Até aqui, 5,7 bilhões de doses de vacina foram administradas em todo o planeta. Contudo, 73% do total foram aplicadas nas populações de apenas 10 países. Para Antônio Guterres, este plano pode ser implementado por uma equipe de emergência formada pelos países que produzem as vacinas.

Retrospectiva da Saúde destaca escolha da Fiocruz

O  Instituto de Tecnologia Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foi escolhido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), braço da OMS nas Américas, para produzir vacinas de mRNA. A escolha foi justificada pela “longa tradição na fabricação de vacinas e avanços no desenvolvimento de um imunizante contra a Covid-19″. Além da Fiocruz, também foi selecionada uma empresa privada da Argentina.

Conforme afirmou o diretor-assistente da OPAS, Jarbas Barbosa, ainda há muito trabalho a ser realizado. Todavia, acredita que a agência tem a “convicção de que esse esforço resultará num acesso às vacinas nas Américas que é oportuno e justo, uma vez que a região é uma das mais afetadas pela pandemia”.

Nas Américas, os casos de Covid-19 ultrapassam 88 milhões, sendo que 2,1 milhões de pacientes morreram. Segundo a OPAS, a distribuição do imunizante continua sendo desigual, com poucos países alcançando a meta de vacinar, ainda neste ano, 40% da população.

Combate à meningite

Nossa Retrospectiva da Saúde em 2021 prossegue em Genebra, onde, sob a liderança da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi lançado no dia 28 o “Mapa Global de Combate à Meningite até 2030”. Trata-se da primeira estratégia global para combater a enfermidade, que mata milhares de pessoas todos os anos.

Segundo a OMS, os objetivos incluem eliminar surtos de meningite bacteriana até 2030, que é a forma mais fatal da doença, além de reduzir 70% das mortes no mesmo período. A expectativa é que mais de 200 mil vidas possam ser salvas todos os anos.

Também estão incluídas no plano a prevenção de infecções e a melhoria nos cuidados dos afetados. Além de buscar alcançar uma alta taxa de imunização através da vacinação, o plano global pretende aumentar o financiamento para pesquisas e estratégias inovadoras de prevenção e detecção precoce dos casos.

Nesse sentido, a OMS e as entidades parceiras darão apoio para que os países implementem o mapa através de suas estratégias regionais e nacionais. Para o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, este é “o momento de combater a meningite de uma vez por todas e de ampliar, com urgência, o acesso às vacinas”.

Nobel de Medicina é destaque na Retrospectiva da Saúde

A Retrospectiva da Saúde em 2021 volta no dia 04 de outubro, quando a Assembleia do Nobel, no Instituto Karolinska, da Suécia, anunciou os ganhadores do Prêmio Nobel 2021 em Medicina. Os agraciados foram David Julius e Ardem Patapoutian, por descobertas sobre receptores de temperatura e toque no corpo humano.

Conforme destacou o Comitê do Nobel, as descobertas explicaram como o calor, o frio e o toque podem iniciar sinais em nosso sistema nervoso, sendo “importantes para muitos processos fisiológicos e condições de doença”.

Além disso, a Academia sueca ressaltou que “essas descobertas revolucionárias lançaram atividades de pesquisa intensas, levando a um rápido aumento em nossa compreensão de como nosso sistema nervoso sente o calor, o frio e os estímulos mecânicos”.

E acrescentou que David Julius e Ardem Patapoutian “identificaram elos essenciais que faltavam em nossa compreensão da complexa interação entre nossos sentidos e o meio ambiente”.

Câncer e diabetes

Ainda em Genebra, no dia 07, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou a nova Lista Modelo de Medicamentos Essenciais, além da relação de Medicamentos Essenciais Pediátricos. A cada dois anos, essa relação é atualizada e foram incluídos na lista de medicamentos essenciais os fármacos contra vários tipos de câncer e diabetes

Com relação ao diabetes, estão entre as novidades os chamados análogos da insulina de ação prolongada: insulina degludec, detemir e glargina e seus biossimilares. Para o diabetes tipo 2, a lista inclui os chamados inibidores do co-transportador de glicose de sódio 2, SGLT2. Desse grupo, a empagliflozina, canagliflozina e dapagliflozina serão utilizados como terapia de segunda linha em adultos.

Para o tratamento de vários tipos de câncer, a OMS destacou os avanços recentes com medicamentos para abordar características moleculares específicas do tumor em diferentes tipos. Inclusive, com alguns apresentando resultados muito melhores do que a quimioterapia “tradicional”. Pela primeira vez estão na lista os seguintes medicamentos: enzalutamida, o everolimus, ibrutinibe e rasburicase.

Impacto da pandemia na saúde mental de jovens

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apresentou os resultados do maior estudo já realizado acerca dos impactos da Covid-19 na saúde mental de crianças e jovens.

Dentre os distúrbios enumerados pelo Unicef estão o Transtorno de Déficit de Atenção, ansiedade, e doença bipolar. Segundo a agência da ONU, 46 mil adolescentes cometem suicídio anualmente, sendo uma das cinco principais causas da morte entre pessoas nessa faixa etária.

Na análise da diretora executiva do Unicef, Henrietta Fore, durante a pandemia, os menores de idade foram privados do contato com familiares, amigos, do convívio na sala de aula e das brincadeiras ao ar livre. Segundo ela, esses são elementos essenciais da infância, acentuando que o “impacto é significativo, sendo apenas a ponta do iceberg”.

Retrospectiva da Saúde e o descaso com a Saúde Mental

O acesso da população que necessita de cuidados de saúde mental continua cada vez mais precário. Mesmo com a pandemia ter destacado que necessitam ainda mais de apoio, os governos continuam não investindo no setor. Assim, o relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que em todo o planeta “o cenário é decepcionante”.

O Atlas da Saúde Mental, com informações de 171 países, foi apresentado pelo diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus. Segundo ele, a situação é extremamente preocupante, destacando que, “apesar do aumento evidente da necessidade de serviços de saúde mental, as boas intenções não representam investimentos”.

Conforme revela o Atlas, em média, apenas 2% dos orçamentos dos governos para o setor da Saúde são destinados para os serviços de saúde mental. Além disso, a OMS informou que quase nenhuma das metas para o setor foram atingidas. Nesse sentido foi ampliado para 2030 o período para cumprimento de metas do setor.

Ainda a Saúde Mental

Mesmo com todas as dificuldades, no 10 de outubro foi celebrado o Dia Mundial da Saúde Mental sob o lema “Saúde Mental em um Mundo Desigual”. A OMS disse haver motivos de otimismo para buscar melhorias nos cuidados dos pacientes com enfermidades mentais.

Nas redes sociais, a hashtag #WorldMentalHealthDay enfatizou o “otimismo” da OMS e divulgou histórias positivas que podem servir de inspiração para um futuro melhor.

Mas, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, declarou que as violações dos direitos humanos de pessoas com problemas de saúde mental continuam a ser bastante comuns. 

Retrospectiva da Saúde destaca os Profissionais da Saúde

Conforme os dados da Organização Mundial da Saúde, entre 80 mil e 180 mil profissionais de Saúde podem ter morrido de Covid-19 entre janeiro de 2020 e maio deste ano. Com isso, a OMS fez um apelo urgente por ações concretas que protejam mais os trabalhadores do setor em todo o mundo. 

Embora o cálculo tenha se baseado em uma análise de 3,45 milhões de mortes por coronavírus, a OMS acredita que o total pode ser 60% menor do que o número real de vítimas. Em Genebra, o diretor-geral do organismo, Tedros Ghebreyesus, enfatizou que “a espinha dorsal de qualquer sistema de Saúde são os seus funcionários”.

Em sua avaliação, a pandemia deixou evidente “como todos nós dependemos desses homens e dessas mulheres, e como todos nós ficamos vulneráveis quando as pessoas que trabalham para proteger a nossa saúde acabam ficando desprotegidas”.

Além da preocupação com as mortes pelo coronavírus, destacou que uma proporção cada vez maior de médicos e enfermeiros sofre de stress, ansiedade, esgotamento e fadiga. Nesse sentido, a OMS voltou a pedir para que líderes e legisladores garantam acesso igualitário às vacinas.

Conforme os dados divulgados pela agência, em média, dois entre cinco profissionais do setor de Saúde estão totalmente vacinados contra o coronavírus. Todavia, existem muitas diferenças entre as diversas regiões do planeta.

Retrospectiva da Saúde 2021 relembra Novembro

A Retrospectiva da Saúde em 2021 relembra o dia 03, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou o uso emergencial da vacina Covaxin, comprovando sua qualidade, segurança e eficácia. Produzida pela farmacêutica Bharat Biotech, da Índia, ela poderá ser importada por outros países.

A Covaxin tem eficácia de 78% contra a Covid-19 e é o oitavo imunizante que recebe o aval para a prevenção da pandemia. É formulada com o vírus SARS-CoV-2 inativado e são recomendadas duas doses, com intervalo de quatro semanas, para todas as pessoas acima de 18 anos

A diretora-geral assistente da OMS para Acesso a Medicamentos, Mariângela Simão, afirmou que os imunizantes continuam sendo “as ferramentas mais eficientes para acabar com a pandemia”. E ressaltou que, “antes de declarar vitória”, é importante continuar fazendo “pressão para resolver todas as necessidades da população, dando prioridade aos grupos de alto risco que ainda estão esperando receber a primeira dose”.

Crianças deficientes

Em uma análise abrangente, o novo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelou que cerca de 240 milhões de crianças no mundo vivem com algum tipo de deficiência. O documento, divulgado no dia 10, assinala que as crianças com deficiência estão em desvantagem em vários fatores relacionados ao bem-estar, incluindo acesso à educação, à nutrição e saúde, proteção da violência e exploração.

Ao comentar sobre o documento, a diretora-executiva da agência, Henrietta Fore, disse que “as crianças com deficiência têm menos chances de inclusão e de serem ouvidas”. Conforme destacou, “na maioria das vezes, elas são simplesmente deixadas para trás”, com dificuldades para aprender, receber nutrição adequada e com muitas sendo vítimas de violência”.

Ao estabelecer comparações com crianças sem deficiência, as que apresentam algum tipo de problema tem 53% mais chances de terem infecções respiratórias. Além disso, 49% têm mais possibilidade de nunca frequentar a escola e 42% menos aptidão para ler e fazer contas. Por fim, as chances de terem problemas de crescimento e desenvolvimento físico aumentam 34%.

Como consequência, o Unicef pediu aos governantes do mundo para garantirem oportunidades iguais para as crianças com deficiência e para eliminarem barreiras no acesso à educação inclusiva, à nutrição adequada, além de erradicarem o estigma.

Conscientização Antimicrobiana

Entre os dias 18 e 24, a Organização Mundial da Saúde (OMS) endossou um plano de ação global para combater a resistência a antibióticos e outros medicamentos antimicrobianos. Aprovado em 2015, o plano inclui melhorias na informação e compreensão do problema com a ajuda de comunicação, treinamento e educação.

O objetivo foi chamar a atenção para o uso desnecessário de antibióticos e outros medicamentos, responsáveis pela resistência das bactérias. Além disso, trouxe para o público, profissionais de saúde e legisladores informações acerca dos meios de evitar emergências e a propagação de infecções resistentes que podem causar a morte.

Conforme declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, “a resistência ameaça a prevenção e tratamento de uma série de infecções causadas por bactérias, parasitas, vírus e fungos. Com a mutação desses agentes, muitos não respondem aos antibióticos e a outros medicamentos, aumentando o risco de mais contaminação, de doenças graves e até de morte”.

Ao reforçar o apelo em um vídeo, ele enfatizou a necessidade de reunir o maior número possível de pessoas para disseminar a mensagem sobre conscientização e o fim da resistência. Pessoas que possam seguir as orientações dos profissionais de Saúde sobre não abusar dos antibióticos e outros medicamentos.

A resistência antimicrobiana é considerada pela OMS uma das 10 maiores ameaças de saúde pública. Por outro lado, a resistência a antibióticos tem dificultado o tratamento de inúmeras enfermidades, como tuberculose, pneumonia, salmonela, intoxicação sanguínea e outras infecções.

Recomendações da Organização Mundial da Saúde:

  • Utilizar o antibiótico apenas sob prescrição médica.
  • Jamais exigir antibióticos se o agente de saúde diz que não são necessários no seu caso.
  • Seguir sempre o conselho médico.
  • Jamais compartilhar ou utilizar sobras de antibióticos.
  • Evitar infecções lavando as mãos regularmente, preparando os alimentos de forma higiênica, evitando contato com doentes, praticando sexo seguro e mantendo o calendário das vacinas em dia.
  • Prepare os alimentos higienicamente e de acordo com as Cinco Chaves da OMS sobre Alimentos Seguros (limpeza, separação entre cru e cozido, cozimento completo, alimentos em temperatura segura e utilização de água limpa).
  • Escolha a comida que foi produzida sem antibióticos para o crescimento ou para evitar doenças em animais sadios.

Tecnologia contra a Covid-19

Nossa Retrospectiva da Saúde em 2021 volta ao dia 23, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) autorizou um acordo de financiamento de um teste de sangue que pode identificar e quantificar diferentes anticorpos da Covid-19. Desenvolvida pelo Conselho Nacional de Pesquisa da Espanha (Csic), a tecnologia é capaz de estabelecer diferença entre anticorpos produzidos pela vacinação ou gerados pela infecção natural.

Conforme a OMS esclareceu, essa é a “primeira licença transparente, global e não exclusiva para uma ferramenta de saúde contra a Covid-19 e a primeira licença de teste assinada pelo MPP e incluída no consórcio da OMS”. O objetivo da iniciativa é facilitar a rápida fabricação e comercialização do teste sorológico em todo o planeta.

A licença inclui “todas as patentes relacionadas e o material biológico necessário para a fabricação do teste”. O Conselho Nacional de Pesquisa da Espanha está obrigado a fornecer “todo o conhecimento ao MPP e/ou licenças em potencial, bem como treinamento”. Além disso, a autorização permite que países de baixa e média rendas estejam isentos de royalties até a data de expiração da última patente.

Segundo a OMS, os testes são fáceis de usar e adequados a todos os ambientes com infraestrutura laboratorial básica, como em áreas rurais de países de baixa e média rendas.

No dia 24, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que não há urgência para vacinas contra Covid em crianças. E novamente pediu aos países que continuem dando prioridade à imunização de idosos, pessoas com doenças crônicas e trabalhadores de saúde. 

Partilha de doses

Conforme esclareceu, os países devem priorizar a partilha de doses por meio do mecanismo Covax, antes de imunizar crianças e adolescentes de baixo risco. E lembrou que esses geralmente têm sintomas menos severos da Covid-19 na comparação com os adultos e, por isso, não é urgente vaciná-los.

Entre dezembro de 2019 e outubro passado, os levantamentos mostram que as crianças com menos de cinco anos de idade representam 2% dos casos globais de Covid-19, ou 1,9 milhão. Em quase dois anos, o vírus matou 1,797 crianças menores de cinco anos, representando 0,1% de todas as mortes registradas no mundo. 

Crianças acima de cinco anos e adolescentes de até 14 anos representam 7% dos casos globais de Covid, com mais de 7 milhões afetados pela pandemia. Segundo a OMS, pessoas com menos de 25 anos de idade representam menos de 0,5% das mortes globais registradas.

Ômicron é a nova variante

Os especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) batizaram de Ômicron a nova variante da Covid-19 identificada na África do Sul como B.1.1.529 e classificada como preocupante. A OMS recomendou cautela aos países antes de emitirem proibição de entradas em suas fronteiras de passageiros da África do Sul e nações vizinhas.

Conforme estudos preliminares, foi confirmado que a Ômicron tem um número muito maior de mutações que as outras. Entretanto, a agência explicou ser preciso aguardar algumas semanas para se entender o impacto dessa variante.

A intenção dos cientistas é compreender qual o potencial de transmissão e o impacto nos diagnósticos, tratamentos e até mesmo se as vacinas disponíveis oferecem proteção.

Retrospectiva da Saúde em 2021 relembra Dezembro

Durante mensagem proferida em 1º de dezembro, para celebrar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que ainda é possível acabar com a epidemia até 2030. Porém, destacou ser preciso promover ações mais intensas e mais solidariedade para atingir essa meta.

Em todo o planeta, a estimativa é de que até o ano passado 38 milhões de pessoas viviam com HIV. Além disso, pelo menos 2,78 milhões de soropositivos são crianças e adolescentes de até 19 anos.

Guterres defendeu uma ação coletiva contra a enfermidade e que seja criada resiliência a futuras pandemias. Conforme frisou, esse tipo de atuação envolve aproveitar a liderança das comunidades para impulsionar a mudança. Para ele, é urgente combater o estigma e garantir um acesso igualitário aos cuidados de saúde, além de eliminar leis, políticas e práticas discriminatórias e punitivas.

“Salvando vidas, gastando menos: uma defesa para investimentos em doenças crônicas”. Este é o relatório divulgado no dia 14 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sugerindo que quase 7 milhões de mortes  por doenças crônicas podem ser evitadas até 2030 com o investimento em países de rendas baixa e média baixa.

Conforme o documento, no mundo, 85% das mortes prematuras entre 30 e 69 anos por doenças crônicas, conhecidas como “Best Buy”, ocorrem em países de renda baixa. 

Se acaso os governos dessas regiões fizerem um investimento no setor de Saúde, no valor de menos de um dólar americano para cada cidadão, quase 7 milhões de mortes por câncer, doenças cardíacas, diabetes e problemas respiratórios poderão ser evitadas até 2030. Essas doenças causam 70% dos óbitos em todo o planeta, sendo um pesado fardo socioeconômico para os países. 

No dia 16, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da Organização Mundial da Saúde nas Américas, afirmou que a proibição de viagens não tem se mostrado eficiente na redução da transmissão de nenhuma variante do coronavírus.

Todavia, recomendou manter apenas viagens essenciais e para pessoas totalmente imunizadas. Conforme o vice-diretor da OPAS, Jarbas Barbosa, é “praticamente impossível” ter uma proibição de voos efetiva. Além disso, enfatizou que os fechamentos não podem ser uma medida punitiva contra os países que detectam e comunicam a existência de variantes, como aconteceu com a Ômicron.

Segundo Jarbas Barbosa, a taxa de imunização completa nas Américas caminha para 60%, mas ainda há grandes lacunas na região. Confira o vídeo com a entrevista do médico brasileiro.

Nas Américas, os registros de Covid-19 triplicaram em 2021. Contudo, milhões estão protegidos por conta da vacina. A OPAS contabilizou 98 milhões de infecções e 2,3 milhões de mortes em toda a região neste ano.

Ômicron e vacinação de crianças fecham Retrospectiva 2021

2021 caminha para seu final com “evidências consistentes” de que a variante Ômicron está se espalhando mais rápido do que a variante Delta. Com isso, está causando infecções em pessoas já vacinadas ou que se recuperaram da Covid-19. Os sintomas da Ômicron são de “gripe forte”. Confira no áudio do G1. A mulher está entre os 14 diagnosticados com variante ao chegarem ao Brasil de Cancún.

Enquanto isso, no Brasil, no dia 20, o governo federal publicou uma portaria dispondo sobre regras para entrada de brasileiros e estrangeiros no País. A portaria atende às exigências estabelecidas em decisão proferida no início deste mês pelo ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF), determinando a obrigatoriedade da apresentação do comprovante de vacinação pelos viajantes que chegam ao País.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou na quarta-feira (22), os pareceres públicos de aprovação da vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos de idade. Foi uma resposta direta ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (no cargo desde 23 de março), que afirmou que o Governo só iria se manifestar sobre a imunização infantil após análise dos relatórios.

Na quinta-feira, dia 16, a Anvisa já havia autorizado a aplicação da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos.

Por outro lado, o Ministério da Saúde abriu uma consulta pública sobre vacinação infantil, que permanecerá aberta até 16 de janeiro. Segundo o texto publicado no “Diário Oficial da União”, o período é aberto para que “sejam apresentadas contribuições, devidamente fundamentadas”.

O ministro Marcelo Queiroga afirmou diversas vezes que a autorização da Anvisa não é suficiente para iniciar a vacinação. Assim, no dia 20, declarou que “a pressa é inimiga da perfeição”, assegurando que somente no dia 05 de janeiro o Ministério terá uma posição acerca do tema.

Confira a lista de países que estão vacinando crianças.

Nossa Retrospectiva da Saúde em 2021 termina com os anúncios de que FDA, agência reguladora dos EUA, aprovou o uso emergencial de uma pílula da Pfizer para tratamento da Covid-19. Conforme o comunicado do dia 22, a orientação da FDA é para que o remédio Paxlovid seja utilizado em adultos e pacientes pediátricos que tenham mais de 12 anos ou pelo menos 40 kg. Segundo a agência, a indicação é para as pessoas que testaram positivo para o SARS-CoV-2 e que correm risco de progressão severa da doença, o que inclui hospitalização e morte.

Por outro lado, o comunicado do dia 23 informa que a Food and Drug Administration aprovou o segundo medicamento contra a Covid-19, o antiviral molnupiravir. Desenvolvido pela farmacêutica norte-americana MSD, também conhecida como Merck, a pílula já foi aprovada no Reino Unido e reduz em 30% a taxa de hospitalização de pacientes infectados pelo coronavírus. O medicamento destina-se ao tratamento de casos leves e moderados da Covid, mas com risco de complicações (hospitalização ou morte). O antiviral é exclusivo para o uso em adultos.