O maior órgão do corpo humano precisa de todo o seu cuidado. Por este motivo, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promoveu no dia 26 de novembro, o Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele, denominado Dia C, e promoverá em todo mês de Dezembro o ‘Dezembro Laranja’. O objetivo é reforçar as ações da instituição contra a enfermidade.
Este ano, o tema da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele é “Se exponha mas não se queime”. A ação ganha destaque com o movimento Dezembro Laranja, que informa a população sobre as formas de prevenção com a adoção de uma série de medidas fotoprotetoras, e a procurar um médico especializado para diagnóstico e tratamento.
Desde a sua implementação, em 1999, a campanha da SBD atingiu 518.737 pessoas. Em 2009, a entidade recebeu a certificação do “Guinness World of Records” por ter promovido, em 5 de dezembro de 2009, a maior campanha médica do mundo realizada em um único dia, e a maior campanha mundial de prevenção ao câncer da pele, com mais de 34 mil atendimentos em diferentes regiões do Brasil.
O Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele foi instituído em 2012, atendendo desde então mais de 360 mil pessoas, e integra as ações do Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele (PNCCP), instituído pela entidade em 1999.
Iniciou-se hoje, 01, o Dezembro Laranja. Este é o quarto ano consecutivo que a Sociedade Brasileira de Dermatologia colore o Brasil de laranja para passar uma mensagem importante: a de que o câncer da pele pode ser prevenido.
A primeira ação do Dezembro Laranja ocorrerá amanhã, dia 2 de dezembro, das 9h às 15h, quando cerca de três mil dermatologistas voluntários prestarão atendimento, esclarecimento e aconselhamento quanto à importância de adotar medidas preventivas. O Exame Preventivo Gratuito será realizado, gratuitamente, em cerca de 130 postos de atendimento em todo o Brasil.
A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e que se dispõem formando camadas. Os diferentes tipos de câncer são definidos conforme a camada afetada e os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo. A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores cutâneos e a maioria dos casos está associada à exposição excessiva ao sol ou ao uso de câmaras de bronzeamento.
Embora apresente uma alta taxa de incidência, o câncer da pele não-melanoma tem baixa letalidade, sendo possível ser curado com facilidade caso detectado precocemente. Por isto, é recomendável que as pessoas examinem regularmente sua pele, procurando imediatamente um dermatologista se perceber pintas ou sinais suspeitos. Prevenir nunca é tarde demais.
Cada vez mais os smartphones se integram à vida diária dos profissionais, em todos os setores. Na Medicina, os recursos tecnológicos podem salvar vidas.
Desenvolvido para dispositivos móveis focados em Medicina Preventiva, o SkinVision ajuda a manter a saúde da pele e permitiu detectar o câncer de pele. Sua criação envolveu os conhecimentos de cientistas da computação, matemáticos e dermatologistas, que possibilitaram aos usuários identificar pintas, verrugas e marcas de pele possível ou potencialmente perigosas.
Disponível para iPhone ($ 0.99) e Android (gratuito), permite que a pessoa tire fotos, arquive e localize imagens de marcas na pele. É considerado como uma ótima ferramenta dermatológica.
Na Universidade de Michigan (EUA), pesquisadores criaram um aplicativo para smartphone e tablet que ajuda a detectar a existência do câncer da pele. O SkinCheck ensina, de forma didática, como tirar fotos de diferentes partes do corpo, com o objetivo de elaborar a análise. Depois de um tempo, uma nova sessão de fotos é realizada, a fim de que o aplicativo estabeleça comparações acerca das possíveis alterações. O “calculador de risco” do programa informará o índice do risco de ter câncer da pele.
O SkinCheck está disponível na App Store, da Apple.
O DermoScreen nasceu pelas mãos de pesquisadores da Universidade de Houston (Estados Unidos) e é um aplicativo desenvolvido para smartphone pela equipe do engenheiro George Zouridakis que alcançou uma taxa de acerto de 85% na detecção de casos do câncer da pele, índice similar à taxa de precisão que os próprios dermatologistas têm.
Seu funcionamento está condicionado às lentes especiais de aumento (dermoscópicas), que devem ser acopladas ao iPhone. Vem sendo desenvolvido desde 2005 e sua utilização foi idealizada para áreas rurais e países em desenvolvimento, sem acesso a médicos especialistas. Traz consigo uma ideia básica, que consiste em tirar uma foto de uma mancha suspeita na pele e rodá-la em um programa que descobre em segundos se a lesão pode ser cancerígena. O DermoScreen continua passando por mais testes no Centro de Câncer da Universidade do Texas.
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