Foram registrados avanços na Saúde mundial em 2020, embora o tema Coronavírus tenha predominado no noticiário da área da Saúde em todo o planeta. Além disso, a própria pandemia tornou-se um desafio para que progressos fossem alcançados.
Como, por exemplo, a busca incessante de cientistas e pesquisadores em instituições científicas de todo mundo por uma vacina contra o vírus ainda hoje desconhecido em suas mutações e efeitos.
Também o setor tecnológico reagiu de forma positiva, acelerando soberbamente suas formas de facilitar a comunicação entre os médicos. Dessa forma, a Telemedicina respondeu prontamente. A tecnologia não apenas permitiu a troca de experiências entre os profissionais, como também possibilitou que, nos covidários, familiares pudessem contatar seus entes queridos.
A ProDoctor Software traz hoje em seu Blog a parte final da Retrospectiva com os Avanços na Saúde em 2020. Confira os passos dados no calendário ao longo do ano.
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Finalmente, o Brasil disponibilizou no mercado a Fiasp, uma versão ultrarrápida da insulina, que pode ser utilizada pelos diabéticos na hora da refeição ou minutos depois. A droga está liberada para os portadores da doença com mais de 1 ano de idade e não apresentou efeitos colaterais dignos de nota nos estudos que antecederam sua aprovação.
Anteriormente, os diabéticos com o tipo 1 e outros com o tipo 2 geralmente obedecem um cansativo ritual antes de suas refeições. A rotina estabelecida: calcular a quantidade de carboidrato que pretendem ingerir, a fim de aplicar a dose de insulina correta para dar conta da glicose recebida dos alimentos.
Além disso, a dose estimada somente poderia ser aplicada sempre com 15 a 30 minutos de antecedência à refeição, para dar tempo de o hormônio ser absorvido e cair na circulação.
Com a Fiasp, este ritual acabou, uma vez que o fármaco tem ação ultrarrápida. Desenvolvido pela Novo Nordisk, o medicamento “pode ser utilizado imediatamente antes ou até depois de comer, o que traz mais flexibilidade para o paciente”, conforme afirmou Priscilla Mattar, diretora médica da farmacêutica.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, pela primeira vez no Brasil, os registros de terapias gênicas da Novartis. Elas são indicadas para o tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME) e da Distrofia Hereditária da Retina (DHR).
Dessa maneira, o Brasil é o primeiro país da América Latina a disponibilizar uma das terapias médicas mais inovadoras do planeta. Com toda a certeza, é um dos grandes avanços na Saúde mundial em 2020, trazendo excelentes perspectivas em relação às enfermidades raras.
A terapia gênica é estudada pelos pesquisadores há décadas. Entretanto, é um trabalho inovador, pois sua técnica consiste no fornecimento do gene saudável (também chamado terapêutico) ao paciente, a fim de que seja feita a correção da mutação causadora de doenças presentes no DNA.
Desse modo, o material genético é introduzido em tecidos e em células nos portadores de diferentes distúrbios com fins terapêuticos. No caso da DHR, por exemplo, a terapia inclui uma aplicação única do gene saudável — via injeções na veia.
Embora rara, a DHR é a segunda causa de baixa visão em crianças de até 15 anos de idade. Além disso, grande parte de seus portadores progride para a cegueira total até por volta dos 18 anos.
Os primeiros tratamentos com a terapia gênica foram aprovados para uso comercial nos Estados Unidos em 2017.
Se de um lado o Coronavírus disseminou o pânico no planeta, por outro lado, em meio à pandemia, a comunidade científica registrou pelo menos sete avanços na Saúde em 2020. Confira os aspectos da ciência que mudaram, conforme a opinião de cientistas entrevistados pela BBC: Colaboração entre equipes; Sequenciamento do vírus; Testes; A corrida da vacina; Outros tratamentos; Práticas de higiene; e A importância da ciência.
Assim, todos os dados pertencem, na realidade, às pessoas. Ou seja, as instituições têm apenas a sua guarda, devendo então zelar pela sua total integridade, segurança e confidencialidade.
No setor de Saúde, por exemplo, os registros pessoais e os prontuários médicos dos pacientes pertencem a estes. Portanto, estão sob a guarda dos consultórios, clínicas, hospitais e demais instituições de Saúde.
O dispositivo passou por várias discussões, sob intensa polêmica, uma vez que empreendedores, não apenas do setor de Saúde, mas também de outras áreas do mercado estavam preocupados e intranquilos.
Contudo, representa mais um dos avanços na área da Saúde mundial em 2020, que poderá ter reflexos positivos em seu consultório/clínica. Com toda a certeza, estar em conformidade com ela será fundamental para que seu empreendimento seja um ponto de atração para os olhares não só de pacientes, mas também de possíveis investidores.
Dessa maneira, será desenvolvido um software aplicado à realidade virtual para pacientes em reabilitação pós-Acidente Vascular Cerebral (AVC). O objetivo é aumentar a neuroplasticidade do paciente e ser mais efetivo no processo de neuroreabilitação. O aplicativo poderá ser usado para a recuperação completa dos pacientes no tratamento domiciliar. Dessa maneira, o acompanhamento remoto é feito com o auxílio da Inteligência Artificial e de profissionais do setor de Saúde.
A realidade virtual é considerada como alternativa à terapia por espelho, proporcionando maior imersão do paciente. A técnica potencializa a percepção do cérebro da existência de um membro sadio no lugar do parético.
Desse modo, pode se organizar melhor com o uso da medicação, sem o cansativo ritual a que estava acostumado, e avaliar a média de dose da insulina ao longo da semana e em diferentes refeições.
Além disso, a Smart Pen pode ficar em comunicação com os aparelhos que medem a glicose, disponibilizando curvas glicêmicas ao longo dos dias em um mesmo gráfico com as doses de insulina aplicadas.
Por fim, todos os registros ficam na plataforma de nuvem. Assim, pode-se estabelecer ajustes necessários no tratamento com o intercâmbio de informações entre os médicos e demais profissionais do setor de Saúde.
Os pacientes com DPOC, ao utilizarem o fármaco (umeclidínio, vilanterol e furoato de fluticasona), deverão aspirá-lo pela boca. Isto ajuda a manter as vias aéreas abertas, controlando, assim, a inflamação.
Anualmente, a doença causa a morte de 40 mil brasileiros por ano. Ou seja, provoca quatro mortes a cada por hora. A estimativa é de que a DPOC afete 6 milhões de pessoas apenas no Brasil e, até 2030, poderá ser a terceira principal causa de morte no planeta
A DPOC ainda está cercada de mistérios. Para desfazer inúmeros mitos e divulgar conteúdos, várias entidades, além da GSK, lançaram a campanha “DPOC: Informação Inspira“.
Enfim, depois de quase seis anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu e divulgou o novo modelo de rótulo para bebidas e alimentos industrializados. As empresas têm até dois anos para se adequar à nova regra.
Como resultado, as embalagens de produtos que apresentarem alta quantidade de açúcar, sódio e gordura saturada são obrigadas a ter um símbolo de lupa estampado na parte da frente da embalagem. Além disso, a partir de agora, a tabela nutricional também deve informar o teor de açúcar adicionado.
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Outros dois importantes avanços na Saúde mundial em 2020.
A farmacêutica Ferring e a empresa de biotecnologia Rebiotix desenvolveram fórmulas que se revelaram efetivas para a transposição de uma microbiota equilibrada, rica em bactérias que beneficiam a saúde, para o indivíduo doente. Os trabalhos estão na fase 3 de testes, último estágio antes da aprovação para uso na população. Após ser liberado nos EUA, deverá chegar ao Brasil até 2024.
Conhecido pela sigla RBX2660, o novo tratamento é feito a partir de microbioma, um conjunto de bactérias saudáveis que vivem no intestino. Com ação cirúrgica, o grupo de micro-organismos é introduzido no corpo por uma sonda retal. O objetivo é reconquistar o espaço e repovoar o trecho final do sistema digestivo.
Primeiramente, falamos sobre a imunoterapia, que a cada dia ganha mais espaço contra diferentes tipos de câncer e que tem demonstrado ser um dos grandes avanços da Saúde mundial em 2020. Conforme explica o oncologista Gustavo Fernandes, diretor do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, “uma imunoterapia estimula o próprio sistema imune a atacar as células tumorais, enquanto a segunda impede o crescimento de vasos sanguíneos que levariam oxigênio e nutrientes para o tumor crescer”.
A sequência do tratamento será prescrita nos casos em que não há possibilidade de realizar cirurgias. Ou, quando a enfermidade já se espalhou para outras partes do corpo.
Por outro lado, a semaglutida para obesidade ainda não se encontra à venda, o que deverá acontecer depois que estiverem finalizados os dossiês científicos, com a avaliação e a liberação pelas autoridades de Saúde.
Já liberado nos EUA, Canadá, em parte da União Europeia e em outros países, o fármaco foi desenvolvido pela Janssen e é indicado quando dois ou mais medicamentos contra a depressão falharam. Além disso, pode ser recomendado quando houver a presença de comportamento ou ideação suicida aguda. Ao contrário de outros antidepressivos, tem ação rápida.
Conforme estudos que antecederam sua aprovação, o Spravato reduziu os sintomas em até 24 horas após a primeira inalação. Só para ilustrar: os medicamentos atuais levam mais de três semanas para produzir alguma melhora, sendo que cerca de um terço dos portadores do transtorno não responde a eles.
Além disso, os antidepressivos utilizados atualmente tentam equilibrar os níveis de neurotransmissores ligados à sensação de bem-estar (serotonina, noradrenalina e dopamina). Por outro lado, o Spravato age nos receptores de glutamato, melhorando assim as conexões entre os neurônios.
A terapia consiste em utilizar microagulhas dissolúveis que, aplicadas diretamente sobre o tumor, entregam fármacos para combater a doença, via Terapia Fotodinâmica (TFD). O método foi testado em modelos animais. A pesquisa teve orientação do professor Vanderlei Salvador Bagnato, do IFSC, e os resultados obtidos nos testes com camundongos foram superiores aos apresentados nas aplicações tópicas, que usualmente são feitas com creme.
O artigo “Dissolving microneedles containing aminolevulinic acid improves protoporphyrin IX distribution” descreve os resultados e foi publicado no “Journal Biophotonics”.
Dezembro foi de grande importância e expectativa, principalmente, por causa das vacinas em desenvolvimento contra o Coronavírus. Confira, nos tópicos a seguir, os últimos avanços na Saúde Mundial em 2020.
Ao contrário dos anticorpos produzidos pelo organismo para combater a infecção, o fármaco utiliza anticorpos monoclonais criados em laboratório. Dessa maneira, poderia prover imunidade instantânea contra a doença, sendo ministrado como tratamento emergencial, com o intuito de conter surtos da doença em hospitais e asilos.
Além disso, seria uma forma de conter o número de mortes e complicações causadas pela Covid-19 enquanto não há vacinas para imunizar toda a população. Os cientistas estimam que o tratamento possa impedir que os pacientes tenham complicações da doença durante um ano, desde que tomem o medicamento até, no máximo, oito dias após a exposição ao vírus. Os estudos receberam o nome de “Storm Chaser”.
Um teste paralelo também é realizado com o mesmo fármaco, com o propósito de descobrir se protege pessoas com o sistema imune comprometido, conforme é a situação de quem faz quimioterapia. O estudo recebeu o nome de de “Provent” e, de maneira idêntica ao “Storm Chaser“, está na fase 3 (final) dos testes de medicamentos.
Healthtechs – O crescimento exponencial das healthtechs, startups que desenvolvem tecnologias para otimizar ações relacionadas ao sistema de saúde e bem-estar, figura também com destaque entre os avanços na Saúde mundial em 2020.
Vacinas – Em menos de um ano, a comunidade científica do planeta foi capaz de identificar, nomear, estudar e entender um vírus novo, desenvolvendo várias vacinas para combatê-lo. Sem dúvida, em um tempo recorde na história da humanidade!
A primeira delas foi aprovada na Rússia, já em agosto, ainda que sem a divulgação oficial de seus resultados finais, e já aplicada em centenas de milhares de pessoas. Desde então, outra candidata também foi aprovada e começou a ser aplicada no Reino Unido; nos Estados Unidos e no Canadá; e na Arábia Saudita. Na União Europeia, 25 dos 27 países já começaram a vacinação. Ao redor do mundo, mais de 40 países já iniciaram a imunização.