Foram registrados avanços na Saúde em 2020, embora o tema Coronavírus tenha predominado no noticiário da área do setor em todo o planeta. Além disso, a própria pandemia tornou-se um desafio para que progressos fossem alcançados.
Como, por exemplo, a busca incessante de cientistas e pesquisadores em instituições científicas de todo mundo por uma vacina contra o vírus ainda hoje desconhecido em suas mutações e efeitos.
Também o setor tecnológico reagiu de forma positiva, acelerando soberbamente suas formas de facilitar a comunicação entre os médicos. Dessa forma, a Telemedicina respondeu prontamente. A tecnologia não apenas permitiu a troca de experiências entre os profissionais, como também possibilitou que, nos covidários, familiares pudessem contatar seus entes queridos.
A ProDoctor Software traz hoje em seu Blog uma Retrospectiva com os Avanços na Saúde em 2020. Confira os passos dados no calendário ao longo do ano.
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Os cientistas encontraram uma célula-T (ou linfócito T) com um novo tipo de “receptor” que identifica e ataca as células cancerosas, ignorando as saudáveis. Embora não tenham sido realizados testes, eles declararam que os achados têm um “enorme potencial”.
Anteriormente, a equipe da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) não havia identificado evidências científicas suficientes acerca dos benefícios do tratamento com o omalizumabe.
Todavia, após realizar uma consulta pública, recebeu mais de 2.300 mensagens de pessoas relatando a melhoria dos sintomas provocados pela doença após o tratamento. Como, por exemplo, a diminuição das crises e a redução da necessidade de hospitalização. Assim, a incorporação do medicamento foi autorizada em dezembro de 2019.
Howard Burris, presidente da entidade, destacou que tratamentos medicamentosos, como por exemplo a imunoterapia e a terapia-alvo, podem ser úteis antes de uma cirurgia, diminuindo a extensão da enfermidade. Dessa maneira, os cirurgiões podem realizar procedimentos menores e pouco invasivos.
Além disso, alguns medicamentos mais recentes podem ser administradas após a intervenção cirúrgica. Com isso, é possível eliminar pequenos focos de câncer que não foram extraídos durante a cirurgia, amenizando assim o risco da moléstia retornar.
O trabalho foi realizado por uma equipe de professores e estudantes de pós-graduação, pesquisadores das universidades federais do Rio de Janeiro e de Minas Gerais e do Laboratório Nacional de Computação Científica, em Petrópolis (RJ).
Além disso, é importante destacar o fundamental apoio de profissionais da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Oxford (Inglaterra) para desvendar a sequência completa do genoma viral.
As 19 amostras eram de vírus oriundos da China e que passaram pela Europa, chegando ao Brasil vindos da França, Suíça, Bélgica, Portugal e País de Gales. Conforme as pesquisas, outros tiveram origem na China, EUA e Chile.
Entretanto, três destas amostras confirmaram em laboratório que o coronavírus está circulando pelo Brasil, que se espalhou há algumas semanas, tempo suficiente para ganhar características próprias.
Além de ajudar a entender como o vírus está se disseminando no planeta, a descoberta é útil para o desenvolvimento de vacinas e testes diagnósticos.
O pâncreas bioartificial foi criado com o intuito de medir a glicose dos pacientes e, automaticamente, aplicar a dose certa de insulina. Trata-se de uma espécie de bolsa implantável dentro do corpo, na parte mais superficial da parede do abdômen, contendo em seu interior células produtoras de insulina geradas em laboratório a partir de células-tronco embrionárias.
Em todo o planeta, há mais de 30 anos os cientistas tentam desenvolver um pâncreas artificial. O objetivo é criar um dispositivo capaz de, automaticamente, mediar as flutuações da glicose. Em seguida, o paciente receberia a insulina, sem a preocupação de fazer contas, a fim de calcular a dose de insulina.
Ao pesquisar os avanços na Saúde neste mês, o destaque fica para o alerta feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ao declarar, no dia 11, a pandemia de Covid-19. Ao mesmo tempo, os números mostravam seu crescimento assustador: 118 mil casos em 114 países, com 4.291 mortes. A informação foi confirmada pelo diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante a coletiva de imprensa naquela quarta-feira.
Logo em seguida, no dia 19, o Conselho Federal de Medicina (CFM) encaminhou ofício ao então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informando sua decisão de reconhecer a possibilidade e a eticidade de uso da Telemedicina no Brasil. Conforme o documento, além de continuar em vigor o que estabelece a Resolução CFM nº 1.643/2002, a decisão vale em caráter excepcional e enquanto durar o combate à pandemia de Covid-19.
Veja também: Como os profissionais de Saúde devem se cuidar contra o Coronavírus.
O patisirana destina-se ao tratamento das desordens neurológicas da amiloidose hereditária mediada por transtirretina. Esta é uma doença rara e progressiva que pode levar o paciente à morte em poucos anos. Além disso, encontram-se em fase final de desenvolvimento alguns produtos voltados para combater enfermidades que atingem o fígado, o sangue e os olhos.
Por outro lado, a Molécula sintética siRNA (sigla do inglês para RNA interferente) é uma fita dupla de RNA que se liga ao RNA da célula responsável pela produção exagerada da proteína e o neutraliza. A medicação deve ser feita em uma unidade hospitalar, onde o paciente receberá uma infusão na veia. A dose recomendada é de 300 microgramas por quilo de peso e deve ser ministrada a cada três semanas.
Após dois anos e meio sem tomar nenhum medicamento do coquetel antirretroviral, o paciente continua bem e sem recaídas. Todavia, o infectologista Ravindra Kumar Gupta, líder da equipe, adverte que “esse tratamento ficará destinado às situações de alto risco, como recurso quando o paciente apresenta outras doenças, caso de uma leucemia que ameaça sua vida”.
Dessa maneira, o experimento no Reino Unido deixa em aberto a possibilidade de zerar o vírus HIV nos pacientes.
Para se chegar à sua criação foram adicionadas duas moléculas (a nicotinamida e a L-arginina) a uma das insulinas rápidas já existentes no mercado (Asparte). Desse modo, a fórmula se tornou ainda mais rápida, prática e eficaz.
Conforme a farmacêutica Novo Nordisk, responsável pela inovação, a insulina ultrarrápida tem indicação ampla. Ela é potencialmente recomendada para pessoas com diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, indivíduos acima de 1 ano de idade, gestantes e mulheres que estão amamentando.
Em estudo com seguimento de 26 semanas com adultos com diabetes tipo 2, a medicação se mostrou tão eficaz quanto a clássica insulina glargina, de aplicação diária. Além disso, apresentou o mesmo nível de segurança e risco de eventos adversos. Novas pesquisas, mais longas e com maior número de pacientes, tanto com diabetes tipo 2 como tipo 1, estão em curso.
No nosso próximo post você confere a segunda parte dos principais eventos que inovaram o campo da medicina e que contribuíram para tratamentos e procedimentos em todo o mundo!