Gestão de Clínicas e Consultórios

Você está preparado para atender pacientes difíceis?

Firmeza e humildade, conhecimento e compreensão, solidariedade e compaixão. Você nunca sabe como será a próxima consulta. Quando o paciente entra em seu consultório, cada um deles representa um mundo diferente, com suas aflições e peculiaridades, sentimentos, angústias, questionamentos e reclamações.Como lidar com isto no entra e sai diário de pessoas tão diferentes e que podem remexer sua mente com um turbilhão de reações adversas? Você  realmente está preparado para atender pacientes difíceis?

Inteligência, respeito, um pouco de psicologia e muita dose de paciência. É preciso estar atento e solidário às apreensões de cada um, seja na fragilidade ou na agressividade, no silêncio ou na ansiedade.

Portanto, é preciso recebê-los igualmente, com a mesma simpatia, e atenção, para que percebam que eles têm em você um profissional que podem confiar. Daí nascem a empatia e o aprofundamento das relações entre médicos e pacientes. Conheça alguns tipos de pacientes difíceis e como atendê-los.

Os tipos de pacientes difíceis

Frágeis

Existem pessoas que são como cristais finos, com uma sensibilidade extremada e que estão permanentemente à flor da pele, que podem se quebrar diante de um quadro que julga sem chance de cura. São pacientes que geralmente, além de algum mal físico, agregam a isto preocupações do seu cotidiano. Para estes, o médico deve reservar uma atenção ainda maior, com paciência para ouvir suas queixas e tentar dirimir seu medo.

O paciente deve se sentir à vontade e quando perceber que está mais calmo é hora de falar, fazendo com que veja que você está ali, com o seu conhecimento científico, exatamente para ajudá-lo a superar as dificuldades, recuperando a confiança e o otimismo. Com a convicção de que, juntos, terão sucesso no tratamento.

Exigentes

Outro tipo bastante comum de paciente é aquele que logo no início da consulta já coloca as cartas na mesa, demonstrando que está ali para ser bem atendido. Quer resultados que justifiquem o valor da consulta. Sim, é preciso ter muita calma nestes momentos. É necessário, depois de ouvi-lo, explicar em detalhes a natureza do mal que o acomete, fazendo um diagnóstico sucinto com as alternativas para iniciar o tratamento.

Clareza e objetividade são fundamentais para que o paciente constate sua qualificação, com a certeza de que os milagres não existem. Repasse todas as informações e não se perturbe se ainda assim houver dificuldade de compreensão. Repita, dê exemplos e descreva de maneira pormenorizada os passos do tratamento, perguntando se ainda existem dúvidas. A desconfiança e a resistência cairão diante da sua demonstração de domínio científico adquirido no banco da universidade e na experiência diária.

Auto diagnosticados

São aqueles que, assim que assentam em uma cadeira diante de você, começam a fazer um diagnóstico antecipado do que estão sentindo. Sabem até como é feito o tratamento e os medicamentos a serem indicados. Extremamente informados, via Google e Wikipedia, acreditam que basta uma simples consulta na internet para constatar que a sintomatologia é aquela mesma. Então, por que foram ao médico? Na realidade, é porque necessitam da sua palavra, do seu diagnóstico, pois nada substitui, realmente, a ida ao consultório.

Controle sua emoção e não se irrite, embora estes sejam considerados pelos médicos, através de pesquisas, como os mais difíceis de atender. Esclareça todas as dúvidas e faça valer todo seu conhecimento, com uma postura firme, mas sem qualquer sombra de prepotência. Se o seu diagnóstico não é o mesmo do que ele viu na internet, explique seus motivos com convicção e segurança na argumentação, mas sem soberba.

Inseguros e desobedientes

Certamente, você poderá identificar outros tipos de pacientes, como aqueles que necessitam de maior atenção e até mesmo de certa dose de carinho. Reserve um tratamento especial para estes, demonstrando sua preocupação para com ele. Todavia, não faça do consultório um confessionário, sempre lembrando que é preciso respeitar os limites profissionais.

De outro lado estão aqueles que aparentemente seguem o tratamento que você prescreveu, pois concordam com tudo que foi dito para eles durante a consulta. Mas, os resultados não aparecem e você começa a desconfiar que algo não está nos conformes e que o tratamento talvez não esteja sendo cumprido à risca. É hora, então, de pedir para que, na próxima consulta, seu paciente venha com um acompanhante. Este familiar ou amigo deverá ser seu aliado para apoiar o paciente, a fim de que o tratamento prescrito seja recolocado nos trilhos.