Minorar o sofrimento daqueles que, pela exigência de um tratamento são obrigados a passar dias, semanas e até meses em um hospital, não é uma tarefa fácil. Além da paciência e da dedicação de médicos, enfermeiros, psicólogos e familiares, a recuperação depende muito também do psicológico daquele que está sob cuidados diários em um hospital. A chamada Terapia do Riso, ou Risoterapia, tem demonstrado efeitos bastante positivos no emocional dos pacientes para enfrentar a monotonia a que estão relegados.
A Risoterapia tem como objetivo fazer com que o enfermo retorne ao universo de sua infância para alcançar novamente a espontaneidade das crianças, proporcionando-lhe a oportunidade de rir sem esforço, pelo menos, 250 vezes diariamente. Ao mesmo tempo, quebra a rotina e dissipa a sensação das horas que nunca passam, fazendo com que sejam esquecidos os hábitos do cotidiano: horário dos remédios, das visitas, do banho, de acordar e de dormir.
Rir ainda é o melhor remédio e é uma excelente forma de preservar a saúde mental. Gargalhar é melhor ainda, pois a Terapia do Riso pode tratar o estresse, problemas cardiológicos, respiratórios e de depressão, além de atuar no sistema imunológico. De qualquer pessoa, desde a infância até a Terceira Idade. E pode ser aplicada por um Terapeuta do Riso que já tenha participado de grupos, estude o método e aprenda a prática.
Autor da obra “Terapia do Riso – A Cura pela Alegria”, o homeopata e clínico geral Eduardo Lambert defende que o riso pode ser um complemento na conquista do bem-estar físico e psíquico do enfermo, independente da moléstia que o afete. Não são raros os depoimentos de pessoas que estiveram acamadas durante meses, enfrentando uma grave doença, que sobreviveram em função do bom humor e da fé na cura.
O riso é considerado um grande estimulador, sendo responsável por enviar a ordem para cérebro, através do hipotálamo, que sintetiza as endorfinas, mais precisamente as betas endorfinas. Essas substâncias, elaboradas nos momentos de bom humor e consequentemente do riso, são analgésicas, similares às morfinas, mas com potência 100 vezes maior.
A risada faz com que o nível dos hormônios responsáveis pelo estresse baixe. Com menos cortisol e adrenalina circulando no organismo, o sistema imunológico se fortalece. A produção de células de defesa do organismo aumenta e elas se tornam mais ativas. O efeito anestésico de uma risada aumenta a imunidade do organismo, acelera o processo de cura e diminui o tempo de internações. Além disso, rir também pode proporcionar um gasto calórico relativamente bom. Em 15 minutos de gargalhadas, são eliminadas 40kcal.
Pesquisadores da Universidade de Navarra (Espanha) e Stanford (Estados Unidos) descobriram que rir diminui em 40% as probabilidades de infarto. Além disso, estimular o riso de 100 a 200 vezes por dia tem o mesmo impacto cardiovascular que 10 minutos de corrida.
O riso faz com que todo o corpo vibre, proporcionando relaxamento e sensação de bem-estar. Em um processo terapêutico, a pessoa é levada a rir para que ocorra a liberação de substâncias como a serotonina e a endorfina, eficientes no combate à depressão e na proteção contra Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs), problemas cardíacos e ansiedade.
Quanto mais intensa a risada, maior a produção de neurotransmissores benéficos à saúde. Quando uma pessoa gargalha, coloca em ação quase todos os músculos do rosto e do abdômen, promovendo maior oxigenação do cérebro e estimulando a liberação da endorfina (substância que ameniza a dor e promove o prazer).
Confira alguns passos sugeridos por Eduardo Lambert: