Os pacientes millennials, aqueles da chamada Geração Y, nascida a partir da década de 80, carregam consigo o DNA da revolução tecnológica. Cada vez mais o relacionamento médico-paciente é considerado de grande relevância para o sucesso de um tratamento.
Mas, quem são, afinal de contas, os pacientes millennials? A nomenclatura tem sua origem nos Estados Unidos e designa os jovens que mesclaram suas vidas e experiências pessoais com os computadores, atrelando sua vida diária aos dispositivos eletrônicos de última geração em um mundo sem fronteiras.
A imensa carga de informações disponíveis na internet tem influenciado o comportamento tanto dos pacientes millennials quanto dos mais velhos, da geração pós-guerra.
É perceptível que a geração mais antiga ainda mantém uma reverência para com o que o médico diz durante a consulta, pois é como se a sua palavra fosse lei.
De outro lado, os pacientes millennials já trazem para o ambiente da consulta todo o conhecimento armazenado via Dr. Google. Este é um ponto importante para o qual todos os profissionais da Medicina precisam estar atentos.
Não se trata de estabelecer um duelo, ainda que os pacientes “millenials” possam transparecer arrogância com tanta sabedoria.
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Mesmo que já tragam consigo um diagnóstico dos sintomas e até mesmo possam sugerir o tratamento, é preciso ouvi-los. O comportamento é variável, mas, se acaso o diálogo entre médicos e pacientes da geração Y possa soar mais tranquilo, é importante que os médicos mais experientes tenham maleabilidade para conduzir uma consulta em que o paciente quer demonstrar que já sabe tudo.
O importante na relação médico-paciente é que todo o conhecimento armazenado, principalmente via Dr. Google, seja uma troca de informações.
Sem dúvida, aí está a importância da permanente atualização dos profissionais da Medicina, utilizando os recursos tecnológicos disponíveis. Primeiramente, é preciso ouvir o paciente, com suas queixas e angústias.
Em seguida, estabelecer o diálogo para esclarecer, sucintamente e com paciência, suas dúvidas. Cabe ao médico verificar e analisar a credibilidade que os pacientes millennials relataram.
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Da mesma forma, verifica-se uma contraposição de ideias entre os médicos anteriores ao advento e aqueles mais modernos.
O importante é que ambos estejam irmanados no propósito de dar aos pacientes millenials ou não o bálsamo que necessitam para suas aflições.
Que tanto em uma geração quanto em outra, acima de tudo, sejam resguardados o respeito e a ética. Em resumo, não se pode ignorar a experiência de um médico “antigo” e rotulá-lo como “ultrapassado”. Assim como não se deve rotular os da geração Y como “prepotentes”.
Para se ter uma consulta producente, tanto para o paciente quanto para o médico, é importante observar dois pontos. Primeiramente, que os pacientes millenials estejam atentos e se desliguem do celular assim que chegarem à sala de espera do consultório/clínica.
De maneira idêntica, é importante que o médico aja no sentido de sugerir aos pacientes millennials aplicativos e artigos importantes que possam ajudar no seu tratamento.