“Medicina sem pressa” ou “Slow Medicine”, você já ouviu falar?
O mundo em constante e rápida transformação acelera o ritmo das pessoas que, ao entrarem na roda viva, constantemente reclamam da falta de tempo para realizar o que precisa.
Quantas vezes você já ouviu um paciente reclamar da velocidade com que os médicos atendem seus pacientes? E quantas vezes você teve que acelerar uma consulta porque o relógio estava correndo e a fila de pessoas aguardando não andava?
Um quadro dramático tanto para os profissionais quanto para os que necessitam de atendimento, principalmente no sistema de saúde.
Com relação específica aos médicos, a vida cotidiana tem colocado o profissional muitas vezes como potencial vítima da “Síndrome do Burn Out”.
Em contraposição a isto surgiu o movimento “Slow Medicine” (“Medicina sem Pressa”), que há cerca de três anos começou a ser praticado e agora começa a ganhar maior visibilidade no Brasil.
A expressão deriva de uma filosofia cuja origem está na Gastronomia, em 1986, na Itália, sendo mundialmente disseminada em 2004, quando o jornalista Carl Honoré lançou o livro “Devagar – Como um Movimento Mundial está Desafiando o Culto da Velocidade”.
Foi o bastante para conquistar adeptos nos mais diversos setores em todo o planeta, agora sob o lema de que é possível ter uma melhor qualidade de vida se o velocímetro das atividades do dia a dia for reduzido.
As recomendações iniciais que os acadêmicos de Medicina recebem, assim que começam a ter contato com pacientes, são as mesmas e permanecem inalteradas em sua essência.
Deve analisar detidamente as informações recebidas e investigar o histórico, detalhando quais os medicamentos que usa e questionar se já realizou cirurgias, assim como as enfermidades que possa ter tido. O histórico familiar também deve ser alvo de observação.
Após a realização de um exame físico e de posse das informações, torna-se possível elaborar um diagnóstico.
O passo seguinte será confirmar ou não a hipótese aventada, através dos exames necessários. A partir daí pode ser solicitada uma avaliação de especialistas, assim como a prescrição de medicamentos, com os devidos esclarecimentos acerca das queixas que o paciente relatou.
Os passos finais são o acompanhamento do tratamento, com avaliação dos resultados dos exames requisitados e dos remédios receitados.
É o que você deve estar se perguntando agora! Mas não é exatamente isto que você faz todos os dias? Sim!, mas o grande diferencial da “Slow Medicine” reside na velocidade deste passo a passo.
O movimento preconiza o resgate da “Arte de Cuidar”, essência da sua profissão. Assim, recomenda muita calma e atenção do profissional em cada resposta dada pelo paciente. É desta forma que poderá criar um painel consistente e que lhe forneça os dados necessários para chegar a um diagnóstico mais correto possível.
Além disso, durante a conversa será fortalecido o relacionamento médico-paciente, com o profissional atento a detalhes acerca de sua família de sua cultura e do ambiente em que vive.
Ao respeitar os valores individuais dos pacientes, a “Medicina sem Pressa” cria uma aura de compromisso, cumplicidade e colaboração. Um trinômio consistente que dará ao médico conhecimento e condições de fazer os diagnósticos e pedir apenas os exames que julgar necessários, agindo da mesma forma com relação aos medicamentos.
A prática médica (assim como o decantado sacerdócio da profissão) sempre se caracterizou pelo conhecimento do paciente e o relacionamento criado e sedimentado ao longo dos anos.
Um vínculo que se quebrou e se distanciou com a profusão de pedidos de exames e testes. O que era um círculo virtuoso transformou-se em um círculo vicioso, com o médico solicitando exames para depois receber os resultados, analisá-los e então friamente fechar seu diagnóstico com a prescrição de remédios cada vez mais caros. Ou com o pedido de novos exames.
A cena é sintomática, evidenciando que, embora os pacientes reclamem da frieza, rapidez e “falta de tempo” dos médicos, também eles estão presos a esta ciranda. Ao chegar no consultório com seus resultados de exames, a primeira coisa que fazem é colocá-los sobre a mesa do médico.
O sucesso do diagnóstico, para os defensores da filosofia “Medicina sem Pressa” depende muito da empatia e da interação estabelecida entre o médico e o paciente.
Resgata um tempo em que o médico ainda examinava o paciente sem medo de tocá-lo e lança um novo olhar, de forma holística e mais humanista.
Para aprofundar o conhecimento sobre os fundamentos e aplicações da “Medicina sem Pressa” recomendamos o acesso ao site slowmedicine.com.br.
Nele estão detalhados os princípios e o conceito do movimento, além da divulgação do Manifesto multilíngue produzido pelo grupo italiano de “Slow Medicine” e de um relato sobre o panorama mundial de um conceito que ganha adeptos progressivamente.
Também há uma extensa lista de filmes e livros abordando a “Slow Medicine”.
Bom, a partir do momento que você gasta menos tempo procurando um prontuário, consultando o histórico ou prescrevendo uma receita, esse tempo pode ser dedicado exclusivamente para dar atenção ao seu paciente. E é ai que entra os softwares de gestão de consultório!
Além desses benefícios citados acima, eles proporcionam outras facilidades que lhe permite focar no que realmente importa, o seu paciente! Conheça um software de gestão de clínicas e consultórios completo e seguro.