Médicos e pacientes já contam com os benefícios da assistência de robôs superprecisos nas salas de cirurgia no tratamento de diversas patologias. A evolução tecnológica tem proporcionado a cura para doenças antes letais e salvado vidas em operações de alta complexidade.
As novas técnicas integram os projetos de medicina de ponta e apresentam mais segurança, sendo minimamente invasivas e caracterizadas por pequenas incisões, com redução do tempo dos procedimentos e diminuição do sangramento. Com a recuperação mais rápida, cai a ocupação de leitos dos hospitais e o enfermo ainda corre menos risco de sofrer infecções.
Sentado em um console de computador, o médico utiliza o robô para efetuar movimentos de 360 graus nos instrumentos cirúrgicos, reproduzindo dentro do corpo humano as manobras estabelecidas nas cirurgias abertas.
As cirurgias são realizadas em vários países e o Brasil também entrou na onda robótica, ao menos nos grandes centros de excelência hospitalar. Dentre as especialidades médicas, os procedimentos de maior uso são na Ginecologia (casos de endometriose já estendida para outros órgãos), Urologia e Gastrocirurgia (cirurgias para diverticulite, câncer de pâncreas, de intestino ou estômago).
Centenas de sistemas DaVinci e Zeus encontram-se instalados em hospitais em todo o planeta. Em São Paulo, unidades do Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Hospital Sírio-Libanês usam os robôs nos procedimentos com sucesso.
A primeira cirurgia robótica na Região do ABC aconteceu no dia 11 de maio, quando o robô Da Vinci S auxiliou os médicos do Hospital e Maternidade Brasil. O procedimento realizado foi a retirada completa da próstata de um paciente.
No robô Da Vinci por exemplo, são três unidades que compõem o sistema cirúrgico: no local onde fica o médico existem um console de comando com binoculares e “joysticks” para controle dos braços; uma torre de vídeo une as informações do sistema; e o console do paciente, com os braços mecânicos equipados com câmera e instrumentos cirúrgicos.
Para manipular o Da Vinci, o médico senta-se de frente para um console com dois controles semelhantes às pinças utilizadas em cirurgias. Em seguida, encaixa a cabeça em um visor 3D para ver as imagens aumentadas do interior do corpo, captadas por câmeras controladas por pedais, iniciando a cirurgia.
É quando acontece a primeira grande diferença do procedimento comum: em vez dos grandes cortes nos moldes tradicionais para operar um órgão, são feitas apenas pequenas incisões de 1 a 2 centímetros para inserir os braços mecânicos no interior do corpo.
A liberdade e precisão das pinças do cirurgião aumentam, pois funcionam como um punho. Além disso, a qualidade das imagens em três dimensões da região a ser operada é muito melhor.
As pinças da máquina são mais articuladas, principalmente em suas extremidades, e a hipótese de qualquer tremor do cirurgião é eliminado pelo sistema, não sendo transmitido para o campo operatório, pois um software filtra seus gestos.
Quanto ao médico, seu posicionamento é mais ergonômico, minimizando bastante a possibilidade de erros provocados pela fadiga, além de criar a perspectiva de Telecirurgia, com o cirurgião e seu paciente interagindo em locais diferentes. A máquina não elimina o profissional, apenas auxilia o contato, estabelecido através da Telemedicina, nos momentos em que houver necessidade.
Em Cirurgia Robótica, o Centro Cirúrgico do Sírio-Libanês foi precursor em diversos procedimentos: