O atendimento infantil requer do médico não só conhecimentos científicos, mas também sua experiência com os pacientes. Além disso, o pediatra deve apresentar como credencial todo seu carinho e dedicação, uma vez que será o responsável pelo desenvolvimento da criança até a fase adulta.

Os anos de convivência criam laços que perduram por toda a vida. Assim, é necessário dar a estes pequenos pacientes um atendimento em que se sintam confortáveis e seguros.

Neste post, a ProDoctor Software traz para você aspectos importantes deste relacionamento, a fim de que possa estabelecer um diferencial em seu consultório/clínica em termos de atendimento infantil. Confira o que encontrará no texto:

  • Faixa etária da Pediatria
  • Como é possível melhorar o atendimento infantil?
  • Pediatra responsável
  • Uma boa conversa
  • Parceria com os pais
  • Atendimento infantil ao desacompanhado
  • Atendimento aos pré-adolescentes
  • Como prestar atendimento infantil em tratamentos difíceis
  • Como o ambiente influencia no atendimento infantil

Faixa etária da Pediatria

Antes de mais nada, é importante saber, legalmente, qual é a faixa etária da Pediatria. Conforme dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu Artigo 2º, “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até 12 (doze) anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

Parágrafo único – Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre 18 (dezoito) e 21 (vinte e um) anos de idade.”

Como é possível melhorar o atendimento infantil?

Em primeiro lugar, você deve ter uma equipe preparada para atender os pacientes infantis. As crianças requerem um atendimento especializado, para que não tenham medo e insegurança antes da consulta. Dessa maneira, é de suma importância que todos os colaboradores de sua clínica/consultório estejam devidamente preparados para deixá-las à vontade.

Em outras palavras: sua equipe tem que saber como lidar com as características peculiares do atendimento infantil.

Pediatra responsável

É essencial que sua clínica/consultório tenha um profissional de Pediatra como responsável pelas orientações a serem repassadas para os integrantes do quadro clínico. Desse modo, todos estarão aptos para um trabalho coeso e que assegure um tratamento de qualidade, conforme as práticas recomendadas para o atendimento infantil.

É importante proporcionar às crianças um ambiente, que não as intimidem e provoque temores. Pelo contrário, procure dar a elas aconchego e tranquilidade. Vivemos tempos difíceis com a pandemia do Covid-19, que determina o distanciamento social.

Entretanto, logo após passar o pesadelo, aprimore sua experiência, a fim de que a criança não se aflija com a espera da consulta. Você pode, por exemplo, disponibilizar espaços para brincadeiras, jogos e leitura, ambientes em que médicos e profissionais habilitados possam conversar de tal forma que elas se sintam acolhidas e possam ficar à vontade.

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Uma boa conversa

Em uma consulta, é importante não apenas saber ouvir, mas também conversar. Se os adultos carecem de informações e inclusive as discutem com os médicos, com as crianças você deve ter uma atenção redobrada. Desse modo, deixe que expressem o mal que estão sentindo e as tranquilize. Por isso, explique qual é o procedimento a ser feito e que é necessário para melhorar sua saúde.

Assim que você ganhar sua confiança, seu pequeno paciente estará mais tranquilo e receptivo, podendo colaborar para o tratamento. Da mesma forma, elogie seu comportamento, pois esta é uma forma de estreitar a relação médico-paciente. Por conseguinte, a criança não criará obstáculos para os pais e nem ficará emburrada quando tiver que retornar ao seu consultório/clínica.

O bom comportamento pode ser estimulado através de pequenos mimos. Você pode dar-lhes, só para ilustrar, pequenos brinquedos para levarem para casa, histórias em quadrinhos, desenhos para colorir, adesivos de times de futebol e super-heróis.

Parceria com os pais

O atendimento infantil não se resume às consultas com os pequenos pacientes. Uma excelente maneira de ter um bom relacionamento com as crianças é estabelecer uma parceria com seus pais e responsáveis. Com o intuito de que isto se torne realidade, converse também com eles acerca do tratamento da criança, pergunte sobre seu desenvolvimento escolar, alimentação e preferências.

Esta demonstração de apreço reforçará os laços. Com toda a certeza, eles sentirão conforto, segurança, confiança e apoio para que seus filhos estejam entregues aos seus cuidados e de sua equipe.

Atendimento infantil ao desacompanhado

E com relação ao menor desacompanhado, como deve ser o atendimento médico? Deve seguir as determinações da legislação vigente no Brasil e aos preceitos éticos balizadores da profissão.

De acordo com o Parecer número 25/2013, do Conselho Federal de Medicina (CFM), em caso de urgência/emergência, o atendimento deve ser realizado, cuidando-se para garantir a maior segurança possível ao paciente. Em seguida, o médico deve entrar em contato com os responsáveis o mais rápido possível.

Atendimento aos pré-adolescentes

Conforme o Conselho Federal de Medicina (CFM), os pré-adolescentes em condições de comparecimento espontâneo ao médico poderão ser atendidos. Entretanto, enfatiza que, simultaneamente, os responsáveis deverão ser comunicados.

Com relação aos pacientes adolescentes, a lei brasileira acompanha a norma internacional, estabelecendo que entre os 12 e 18 anos estes já têm sua privacidade garantida, principalmente se com mais de 14 anos e 11 meses, sendo considerados maduros quanto ao entendimento e cumprimento das orientações recebidas.

Por outro lado, entre os 12 e 14 anos e 11 meses, o atendimento pode ser prestado. Contudo, se houver necessidade, os responsáveis deverão ser comunicados.

Além disso, você precisa atentar para o que dispõe o artigo 74 do Código de Ética Médica, vedando ao profissional: “Revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente”.

Clique aqui e confira a orientação do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre atendimento médico a crianças e adolescentes.

Como prestar atendimento infantil em tratamentos difíceis

É preciso um cuidado ainda maior no atendimento de crianças com doenças graves como, por exemplo, o câncer. É necessário ir além da aplicação das técnicas que privilegiam a higiene e a alimentação, da medicação utilizada e da coleta de material para os exames diários na luta para controlar a enfermidade.

Além disso, a utilização de brincadeiras tem sido um recurso fundamental e motivador, não apenas da parte delas, mas também abrangendo os profissionais da clínica/consultório e hospitais. Portanto, é importante ir um passo adiante dos aspectos do corpo biológico.

Confira em nosso Blog o post Brincadeiras ajudam crianças em tratamentos difíceis. Nele você saberá mais sobre, por exemplo, Oncologia Pediátrica e Risoterapia.

Como o ambiente influencia no atendimento infantil

Ter um ambiente que transmita conforto, tranquilidade e segurança é importante para todos os pacientes, pois muitas pessoas são propensas à ansiedade antes de uma consulta ou exame. Em se tratando de crianças, é preciso um cuidado com maior atenção.

Confira nossas dicas para a decoração de seu consultório/clínica de atendimento infantil.

Resumo

Com estas informações e dicas, acreditamos que você poderá aprimorar o atendimento infantil em sua clínica/consultório. Aliar carinho e dedicação ao conhecimento científico propiciará ao seu empreendimento uma imagem ainda mais positiva perante a sociedade.