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Fitoterápicos como alternativa de tratamento

Você, profissional de saúde, já tomou ou receitou algum suco ou um chá feito à base de raiz para acalmar ou curar algum problema de saúde? É cada vez maior a utilização dos fitoterápicos como alternativa de tratamento de diversos sintomas, como queimaduras, gastrite e úlcera, dentre outros.

Se os conhecimentos passados através das gerações vieram acompanhados por preconceitos, muitos destes vêm caindo com o estudo científico e o reconhecimento de sua eficácia comprovada pelos estudos em laboratório. Tanto que o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou um notável crescimento no setor, com um índice de 161% nos medicamentos fitoterápicos entre 2013 e o ano passado.

Segundo o Ministério da Saúde, há três anos, cerca de 6 mil pessoas foram receber estes insumos em alguma farmácia de atenção básica e, em 2015, a procura chegou perto de 16 mil. Cerca de 3.250 estabelecimentos de 930 cidades do País oferecem os produtos.

Nas comemorações de uma década de implantação da política Nacional de Fitoterápicos, o ministro Ricardo Barros afirmou: “Os fitoterápicos são medicamentos de baixo custo aos quais parte da população está habituada. É importante que possamos ampliar o acesso a fitoterápicos no SUS”.

Fitoterápicos como alternativa de tratamento: Indicações

A cada ano, a política desenvolvida pelo Ministério da Saúde beneficia aproximadamente 12 mil pessoas, que fazem uso regular de medicamentos fitoterápicos industrializados ou manipulados, drogas vegetais e plantas medicinais frescas.

O SUS disponibiliza 12 medicamentos fitoterápicos, que são indicados para uso ginecológico, tratamento de queimaduras, auxiliares terapêuticos de gastrite e úlcera, além de medicamentos com indicação para artrite e osteoartrite.

Os fitoterápicos mais utilizados são o guaco, a espinheira-santa e a isoflavona-de-soja, indicados como coadjuvantes no tratamento de problemas respiratórios, gastrite e úlcera e sintomas do climatério, respectivamente.

Fitoterápicos como alternativa de tratamento: Alerta

Recentemente, o Comitê Técnico Temático de Apoio à Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira da Anvisa publicou o “Memento Fitoterápico”, um dos Compêndios da Farmacopeia Brasileira com 28 monografias com informações detalhadas sobre a família, nomenclatura popular e a parte utilizada da planta.

Também traz contraindicações, precauções de uso, efeitos adversos, interações medicamentosas, vias de administração e posologia. Dezessete destes trabalhos estão na Lista de Plantas Medicinais de Interesse do SUS (Renisus).

Para a professora Elfriede Marianne Bacchi, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, incentivar a utilização dos fitoterápicos e das plantas medicinais é importante. Porém, adverte que “a medida é positiva a partir do momento que haja padronização dos fitoterápicos e que suas atividades sejam estudadas clinicamente ou que se tenha uma tradição reconhecida de uso popular e que sua segurança tenha sido comprovada”.

Ela enfatiza que alguns fitoterápicos têm maior toxicidade, só devendo ser vendidos sob prescrição médica, havendo a necessidade da realização de estudos químicos, farmacológicos e clínicos, além de também possuir uma padronização e controle de qualidade desses produtos. Confira aqui a matéria “Anvisa orienta prescrição e estimula uso de fitoterápicos”.

Cursos para médicos

O Ministério da Saúde realizará neste ano a segunda edição do curso de Fitoterapia para Médicos, na modalidade de Educação a Distância (EAD). A previsão é que tenha a participação de 600 profissionais de todo o Brasil.

O objetivo é ampliar o conhecimento acerca do tema e sensibilizar profissionais de saúde e população para essa opção terapêutica, permitindo assim o acesso da população aos fitoterápicos com eficácia, segurança e qualidade. Em 2012, o primeiro curso capacitou 300 médicos.

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